terça-feira, 2 de abril de 2013

Mente Aberta


O que eu digo é uma coisa. O que você entende é outra coisa. Cada pessoa tem uma percepção diferenciada da outra. Por isso essa distinção de gostos, posições e atitudes. Assim como a variação de cores, uma pra cada gosto. Você, em hipótese alguma deve se sentir culpado pelo o que disse. A culpa é do outro, que não entendeu o que você queria dizer, distorceu as palavras.

E assim o mundo vai seguindo, cheio de contradições, mal entendidos e divergências. Com muralhas sendo levantadas, por uma pontuação inadequada em determinada frase, uma palavra mal colocada, pelo tom de voz não alinhado.

Para muitos, entender o outro é baixar a cabeça e dizer amém para tudo. Errado. Entender o outro, é expressar sua opinião sem ofender a dele. É mostrar que, na vida não há só as portas de empurre e puxe, há outras tantas espalhadas por ai, estrategicamente escondidas, loucamente ansiosas para que sejam descobertas e abertas. Que portas são essas? A mente!

A mente precisa de novidade, inovação, audácia. Precisa diariamente receber estímulos inusitados, informações variadas, desde uma matéria banal na revista Caras, quanto um conteúdo enigmático de um livro de medicina, direito, administração, ou seja lá o que for. E a revista Caras talvez nem seja tão banal assim, quando você a lê apenas quando vai ao salão de beleza pintar as unhas, é uma distração, um momento de liberdade para a alienação.

Um colega, todo certinho, que só lê revistas importantes como Veja e Exame, me surpreendeu ao revelar que, leu uma matéria sobre como terminar com a namorada sem ser grosseiro. Uma das dicas era simples: Comer muito feijão. Como assim, comer feijão? Pois é, algumas pessoas têm um sério problema conjugal com o feijão, flatulências seria apenas um dos pequenos problemas. Se ele, tão certinho se permitiu a tal banalidade, porque você não?

São distrações assim que precisamos. Ler piadas, rir das piadas. Sair um pouco da trilha principal e descansar um pouco. Permitir-se não ser tão certo sempre, seguir todas as regras estabelecidas. Pouco importa o que as pessoas vão entender, embora muitas vezes a má interpretação ocasione problemas um tanto complicados.

Viva mais sem pensar no pensamento e opinião alheia. Seja brega quando achar conveniente, tiete o artista sem pensar no que as pessoas ao redor acharão. Eu mesma perdi oportunidades de ganhar um autografo por vergonha de parecer infantil, levando em consideração a opinião alheia, e não minha satisfação pessoal.

Coma feijão independente de querer terminar um namoro, leia Caras independente de sua religião, quebra regras independente das leis. Viver é necessário, expressar sentimentos e opiniões também. Mesmo que em muitas vezes tenha que ser como um grito de independência, de que a criança cresceu e tem pensamentos próprios.

Abra a mente, ultrapasse fronteiras, saia da rotina. Icerbergs existem em todos os lugares. A escolha é sua: Ser navio ou mergulhador.

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