quarta-feira, 31 de julho de 2013

Só por hoje...


Só por hoje....

... eu queria uma esfiha de carne bem suculenta;
... eu queria um sanduíche de presunto que nem do Chaves;
... eu queria que celular não existisse;
... eu queria que todas as crianças amassem livros;
... eu queria ter bilionária e viajar o mundo inteiro;
... eu queria que não existisse racismo;
... eu queria comer sem engordar;
... eu queria que o dinheiro não existisse;
... eu queria que a Lua fosse mais acessível;
... eu queria que os tubarões fossem bonzinhos;
... eu queria a eternidade;
... eu queria ser dentista;

Só por hoje...

... Não sentirei raiva;
... Perdoarei meus próprios erros;
... Viajarei através de livros;
... Pensarei antes de falar;
... Ajudarei o próximo;
... Serei grata a tudo e a todos;
... Não terei medo da idade;
... Não pensarei no amanhã;
... Não desistirei. 

Só por hoje acreditarei que tudo poderá ser melhor, que a maldade não existe, e com a minha contribuição, por mais miúda que seja, é capaz de grandes feitos e transformações no mundo. 

terça-feira, 30 de julho de 2013

Outro rumo


Já pensou em transformar sentimentos? Focar sua raiva em outra coisa ao invés de tomar doses homeopáticas de veneno? Não só a raiva, como a tristeza, inveja, indiferença. Sempre há dois caminhos. Sempre há o melhor caminho.

Há palavras que são como cacos de vidro, e sabendo que podemos ferir as pessoas com tais palavras, preferimos em determinado momento engolir e se cortar por dentro, do que colocar pra fora e ferir alguém. Isso é uma atitude grandiosa, porém, perigosa também. Pois, quanto mais estivermos machucados por dentro, mais vulneráveis ficamos aos nossos próprios sentimentos. Vamos cada dia acumulando mais e mais frustrações que chega uma hora estouramos e espalhamos todos os cacos de vidro engolidos por anos, com tanta velocidade e força, que machucamos inocentes, que nada tem haver com nossos problemas e decepções. 

Está com raiva? Lave roupas, faça um bolo, arrume o quarto, faça um exercício físico, leia um livro. Está infeliz? Faça o mesmo. Sentindo inveja? Trabalhe para conquistar seu espaço. Cada um tem um antídoto diferente. Cada um, no seu tempo, vai descobrindo a sua própria fórmula secreta de bem-estar.

O que não vale é se autodestruir, colocar a culpa em quem está ao lado por todos os sentimentos que são despertadores da sua câmara secreta. Sentir -se raivoso é normal, o importante é encontrar um outro rumo para sua raiva que não seja socar alguém ou quebrar tudo. Sentir-se triste também é normal, mas se há possibilidade de focar em uma atividade do que render-se ao poço fundo e negro da depressão, agarre essa possibilidade com unhas e dentes.

A força do nosso pensamento é poderosíssima. Nosso pensamento cria todos os infortúnios e todas as glórias. Pensamento positivo faz bem a alma e ao coração.

Encontre um outro rumo quando tudo parecer ruim demais. Pare, feche os olhos e mentalize. O importante é acreditar acima de tudo que, você tem competência e garra para reverter uma situação ruim em boa. Uma tristeza em alegria. Um raiva em serenidade. Ninguém no mundo é responsável por nossas ações e nossos sentimentos. Somos nós que, conduzidos por nossas emoções que propagamos o bem e o mal.

O outro rumo talvez seja a qualidade de vida almejada, a paz de espírito tão sonhada. O outro rumo talvez seja a solução.


sábado, 27 de julho de 2013

Olha quem voltou!


Depois de quase 4 dias sem dar as caras, hoje quando acordo vejo aquela estrela linda e toda brilhante sorrindo pra mim. Sim, o Sol depois de umas férias do Sudeste do Brasil, resolveu regressar. E isso me deixou estupidamente feliz.

O frio amenizou, a temperatura já aumentou, e a felicidade voltou a reinar para os paulistas. Nada de sair de casa parecendo um robô de tantas camadas de roupas. Nada de preguicite aguda na hora de levantar bem cedo. Nada de banho de gato, com receio de virar pedra de gelo debaixo do chuveiro. Sem medo de lavar os cabelos, sem medo de encarar o dia lá fora. O protetor está de volta!

O frio é uma delícia, mas dias em tons de cinza é deprimente quando contínuo. Os raios de sol permite que, o verde das árvores ganhem vida, o azul do céu seja vivo, e até o cinza, de opaco passe a ter mais brilho.

Passear no parque, sentar no banco de uma praça e apreciar os minutos passarem, ousar em um trilha, passar o dia visitando pontos turísticos, com o sol, as fotos ficam melhores, o humor mais elevado, a disposição mais acentuada.

O Sol é uma fonte de energia essencial, para dar um up na motivação humana, para conseguir sempre um pouco mais, ir além do esperado, superar as próprias limitações. Dias nublados é como dia de folga - desistimos e nos permitimos uma trégua, um dia de descanso. 

Que o brilho magnífico do sol que reina em nosso céu hoje, possa te atingir e fazer você brilhar e lutar por seus sonhos. Ter habilidade para contornar as adversidades. 

Deus Sol, obrigada por retornar e encher minha vida - e de todos - com toda alegria que seu amarelo vibrante transmite! Trazendo o bom-astral de volta, assim como, a vontade louca de aproveitar o dia.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O inverno atrasado


Hoje Atibaia amanheceu com a temperatura - dependendo da localidade - apontando nos 5ºC. A neblina densa no ar. O vento gélido cortando a pele. Casacos, gorros, luvas e cachecóis recebendo a liberdade provisória e mostrando toda sua elegância e sintonia em um passeio.

O que falta é apenas uns flocos de neve caindo para a festa ser garantida. O inverno que no calendário começou em junho, por aqui deu as caras apenas ontem. 

Sopas, fondues, cobertores e filmes em casa. Vinhos no lugar da cerveja. Cappuccino no lugar na soda italiana. Chá no lugar do refrigerante. Muito chocolate quente para aquecer o corpo. Um chimarrão para viajar na imaginação até o Rio Grande do Sul. Um banho bem quente para mergulhar nos Thermas de Goiás. 

Narizes vermelhinhos, bochechas também. Casais agarradinhos, como um isolamento térmico para evitar que o frio esfrie o relacionamento. Inverno lembra hibernação. Hibernar em casa e aproveitar o calor do lar para economizar dinheiro, estreitar laços familiares, curtir mais a zona de conforto.

Inverno me remete à elegância, comilança, preguicinha e a reclusão. Me causa saudades do calor, mas uma saudade que eu sei que, logo menos, matarei. Saudades essas que é cessada com cada relato de amigos que fugiram do frio como foragidos da guerra. De fotos de viagens anteriores. 

Inverno, o senhor chegou bem depois do previsto, mais seja muito bem-vindo. Todos lhe aguardavam para começar a festa. Faça parte dessa comemoração. Que as temperaturas baixas que traz, traga também aquecimento aos corações. 

Zoo da Rosa



A Sandrinha, a toda colorida é na dela, azedinha, territorialista, encrenqueira. A neguinha só quer saber de comida e um excelente lugar para dormir. A pretinha é completamente indiferente a tudo. O netuno é o mais jovem: tudo quer ver, tudo quer comer, tudo quer enfrentar. Três gatas e um gato.

O Kiko é falador, gozador, barulheiro e colorido. Verde selva com amarelo sol. Vive a pedir café, a latir como os cães, a gritar como um fanático por futebol. O papagaio de pirata.

O xereta já é um xereta de nome, curioso que ele só, quer saber quem chegou, o que estão comendo, o que há em cada canto do quintal, e ele tem medo de tudo. Já tem a idade avançada. O cão branco com preto de barba branca.

O pingo é o el macho do século. Adversário do xereta, se odeiam mas não se desgrudam. Bravo, curioso, medroso. O cão preto que abre a porta.

O tatá, de poucas palavras, estatura formosa, olhos arregalados e um passado obscuro. O papagaio que causa ciúmes no Kiko.

No zoo da Rosa, tem bicho pra todo mundo. Bicho com personalidade forte, bicho que cuida da família, bicho que gosta de algazarra, bicho que só quer paz e água fresca.

E a Rosa ama cada um em tal proporção, que seria inviável colocar uma porcentagem. É amor incondicional, de mãe mesmo. Sem distinção alguma.Um amor aos animais que deveria ser pego como exemplo.



terça-feira, 23 de julho de 2013

Felicidade - Parte 01


Nos últimos tempos tenho feito um treinamento psicológico intenso - Pensar só em coisa boa. Estou triste, pensar em momentos felizes, e assim por diante.

O resultado, a principio, me pareceu muito engraçado. Toda vez que eu me sentia triste, irritada, sem foco, fechava os olhos e começava a pensar em algo bom e alegre, quando eu dava por mim, eu estava gargalhando. O por quê? Eu só conseguia, alias, consigo ver pessoas rindo.

A primeira vez gostei da sensação, a segunda vez senti uma melhora, e quando dei por mim, estava sendo feliz por nada, e foi espetacularmente maravilhosa essa sensação. Estar simplesmente feliz, sem motivo algum. Foi ai que percebi que, eu estava transformando esses sentimentos dentro de mim, transformando sentimentos negativos em positivos. 


Meu nível de estresse baixou drasticamente, minha irritação deve estar curtindo as férias em Bahamas e meus medos... Esses continuam, mas não na mesma intensidade.

Para melhorar como pessoa, devemos começar de dentro para fora, e para sermos boas pessoas com o próximo, precisamos estar bem consigo, aprendo. Quando aprendemos a respeitar nossos sentimentos, sejam eles raiva, egoismo, inveja, tristeza, aprendemos a transformá-los em energia motivadora que transforma o bem, que tira o peso das costas e impulsiona a diante.

Parece que tudo flui com mais facilidade quando estamos satisfeitos com o que o mundo nos proporciona, corrigindo, quando aceitamos de bom grado o que o mundo quer nos dar.

Ao invés de tomar veneno esperando que o inimigo morra, é fazer bolos deliciosos, arrumar o guarda-roupas e tirar o que não serve mais, dedicar-se com afinco em um esporte, e assim por diante.

Ser feliz por nada, é aceitar e usar ao seu favor tudo que está disponível:  sentimentos, ferramentas, livros, viagens, conversas. 


sábado, 20 de julho de 2013

Falta de quê


Falta de alguma coisa. Falta de não sei o quê. Vazio que aumenta a falta. E assim seguimos ocos – em busca de preenchimentos instantâneos – para o vazio da falta indefinida.

Falta de amor, dinheiro, paz, saúde, trabalho, amigos, família, tempo, ar, estudos, filmes, chocolate, água. Falta do complemento, da realização, da motivação, da satisfação.

Uma falta que, também faz falta. Uma falta que faz a procura ser insaciável e insana. A falta de bom senso que, insiste em fantasiar uma realidade não real.

Falta de coragem de publicar um livro, de seguir a dieta a risca, de pulso  ao impor decisões finais. Falta de ar por presenciar tanta coisa errada. Falta de tempo para ser feliz. 

E sempre a falta estará presente. Como alternativa ou desculpa. Como solução ou apenas pela falta da falta.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Calando-se



A primeira etapa: Silêncio. Choramos para avisar que estamos com fome, sujos, com dores. Dormimos. Silêncio.

A segunda etapa: Começamos a emitir sons, as palavras vão começando a ser pronunciadas. Silêncio sai de cena. Começamos a ser barulhentos.

A terceira etapa: Nos tornamos tagarelas, perguntadores, curiosos. Queremos saber tudo sobre tudo.

A quarta etapa: Volta-se o silêncio, com ele a reclusão, o mau humor, os hormônios em ebulição.

A quinta etapa: O verbo é solto, as opiniões nascem de forma veloz e raivosa. A palavra é o martelo da decisão. Tudo sei, tudo posso, tudo tenho.

A sexta etapa: Pensamos. Falamos. Calamos. Não de forma equilibrada. A balança pende para um lado vez em outra.

A sétima etapa: Pensamos. Pensamos. Falamos. Calamos. Calamos. Pensamos mais do que falamos. Calamos mais do que devíamos.

A oitava etapa: A inteligência começa dar espaço para a sabedoria - as duas começam a trabalhar juntas. Pensamos. Escutamos. Calamos. Falamos o necessário. Aprendemos a falar com os olhos.

A nona etapa: Escutamos mais. Falamos menos. Observamos mais. As atitudes começam dizer mais que as palavras.

A décima etapa: Calamos. Saímos de cena. De protagonistas de nossa própria história, começamos a ser apenas observadores. Aprendemos a sentir o calor do sol, a brisa do vento, o tic tac do tempo. 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Planeta Terra chamando...


Planeta Terra chamando....
Planeta Terra chamando....
Planeta Terra chamando....
Planeta Terra chamando....
Planeta Terra chamando....

Aqui é Bruna de Albuquerque, que não tem Silva no sobrenome, mas que vive no mundo da Lua, ou viajando na maionese, seja de forma solitária ou coletiva.

Vira e mexe, eu me teletransporto para outra dimensão. Seja dirigindo, conversando com alguém, vendo TV, ou fazendo sei lá o que. Quando me pego, já estou voltando para a Terra, e mal me lembrando do que eu vi na Lua. 

Esses meus espasmos de ausência física  que vem acontecendo com uma certa frequência - deixo bem claro: não uso substancias proibidas - tem sido positiva. Meu sono está mais tranquilo, eu tenho encontrado meu equilíbrio, e minha vida tem entrado nos eixos. Lógico que, todas as responsabilidades eu continuo assumindo, e tento sempre me tornar cada dia melhor que o dia anterior, mas aquele nervosismo, necessidade de saber absolutamente tudo sobre tudo - passou. Talvez eu tenha deixado cada porçãozinha em cada viagem que eu tenha feito, nessas abduções instantâneas que tenho.

Talvez uma fuga para um planeta vizinho seja necessário quando as emoções forem maiores que o controle. Em vez de dar chilique, mergulhe na organização do guarda-roupas. Vontade de socar alguém? Vá correr em volta de um lago. A conversa está, digamos, um saco? Acione o modo sem volume da sua audição e viaje sem medo para outra dimensão.

Ligue menos para o que os outros dizem, se preocupe menos com as atitudes alheias, foque um pouco mais em você, viva no mundo da Lua, faz um bate-e-volta para Saturno, aposte uma corrida com os cometas, exale calor como o sol, fique simplesmente relaxado como as estrelas.

O Planeta Terra é o seu lar nessa sua vida, ele vai te chamar muitas vezes de volta para a real e as obrigações, mas isso não te impede em nada de desvendar os outros mundos.

Permita-se desligar. Permita-se viajar. Permita-se ao bem-estar. Não viva em função do que a sociedade estabelece, não se aprofunde em temas que não te chama a atenção nem a quilômetros de distância . Antigamente ser diferente que era legal, hoje é ser igual. Mas ser igual é muito chato, essa diversidade de personalidade entre as pessoas é que faz o interesse aparecer e a interação acontecer.

Eu posso ter viajado na maionese escrevendo esse texto, que começou com o pressuposto de uma nostalgia da infância e partiu para outro completamente distinto. Até o sem nexo é legal. Contar uma história sem pé nem cabeça, e ela causar a curiosidade dos ouvintes. 

Bom, eu preciso ir nessa e voltar para meu planeta. E a moral da história, se é que tem uma moral, é fazer o que satisfaz.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Pro dia terminar bem


Visitando um blog de decoração me deparei com um dilema: Que cor é azul tiffany??? Pra mim azul só tem três tonalidades: claro, normal e escuro. Assim como verde, rosa, vermelho,e por aí vai. Mais azul tiffany???

Tudo bem, o Google respondeu minha dúvida cruel. Mas a busca pela resposta gerou a maior concentração no escritório. O porquê da cor azul tiffany ter esse nome, procura daqui, fuça dali, e descobrimos que, o nome é em homenagem a marca de jóias Tiffany, que entrega as jóias dentro de uma caixinha azul (claro), eis aí a resposta para a tal cor desconhecida.

E por mais que aqui seja um escritório de engenharia, e não de decoração, gostamos de estar a par das novas tendencias de cores. Eis que, essa bendita cor não tinha nos sido apresentada antes, surgiu assim, do nada.

Isso gerou muita risada. Uma falou que então gosta do vermelho prada, e a outra, para fechar com chave de ouro, disse que, uma cor bonita mesmo é verde selva. 

Explosão de risos, quase 17:30h, pro dia terminar feliz, uma gargalhada coletiva tinha que ser compartilhada e aproveitada. Ninguém esperava uma resposta dessa de uma menina tão quietinha, levando em conta que, o trocadilho pertence a uma rotina de trabalho.

Ânimos controlados, foco no serviço, porque sou princesa e não rei.  


Zilhó


Na minha última viagem, conheci um cara, esse cara é muito popular, o nome dele é Zilhó. Ele simplesmente é a cereja do bolo, o arroz da festa, o DJ da balada. Tudo melhora quando ele entra em cena.

Minha prima cultiva uma relação extraconjugal com ele; a sogra dela também. O marido dela, vez em outra também, se rende aos encantos do Zilhó. Conheci ele no meu penúltimo dia na Bahia. Ele é o cara!

Mas peraí... Deve estar surgindo em você um pensamento do tipo: "Que que essa garota está falando? Infidelidade à torto e a direita? Assim, na cara dura?". Eu explico melhor.

Zilhó, seria, digamos, um amigo imaginário da minha prima, que caiu na boca e gosto do povo. Tanto ela, quanto o marido, levantam bem cedo para trabalhar, só que, ele sempre levanta bem antes dela, e quando ele vai acordá-la, ela vira pro outro lado da cama e resmunga: "Me deixa, estou com Zilhó... sono...". Putz, e ela capota novamente.

Zilhó é o melhor. E convenhamos, todo mundo quer um "tiquim" do Zilhó por dia. Aproveitar o zilhó sono, filme,  piada,  livro,  comida, viagem, carro, música, etc e tal.

Eu trouxe comigo um pedaço do Zilhó, pra aplicar no dia a dia, tirar as tensões que determinados sentimentos causam, para realmente ver as coisas com "zilhó" olhos. 


terça-feira, 16 de julho de 2013

As princesas cresceram


As princesas de hoje são completamente diferentes de 20 anos atrás. 


A Bela não quer mais saber do Fera, ela quer saber de estudar, ser uma executiva de sucesso; ser prisioneira de um casamento e viver reclusa no seu castelo encantado não faz mais parte do plano.

A Branca de Neve é toda valente, curte pegar onda, preserva a natureza, não tem medo da bruxa malvada, e só fica nos embalados. Comida de estranhos? Não, muito obrigada.

A Ariel não quer mais saber dos setes mares, ela quer desvendar a galáxia, viajar pelo espaço. Ok, ela pode até querer desenvolver submarinos mega modernos, mas é no céu que ela quer viver.

A Bela Adormecida vive a base de cafeina, quer ser advogada, promotora, delegada, juíza, presidenta da república. Não tem tempo para dormir eternamente. Quem dorme no ponto, perde a vida assim, um piscar de olhos.

Ela cresceram, tornaram-se feministas, não se submetem mais a maldade alheia, sabem bem a distinção do bem e do mal, mas continuam no caminho do bem, príncipes encantados não são mais motivos para viver somente para o lar, elas querem fazer a diferença no mundo, querem deixar sua marca, sua inteligencia propagar com a velocidade da luz, elas querem reconhecimento, conhecimento, cultura. Elas querem sempre mais.

Princesas de salto alto, ou de tênis. Princesas ruivas, morenas, loiras, mulatas. Princesas de calça jeans e chinelo de dedo. Princesas sem brincos. Princesas com tatuagens. Princesas sem filhos. Princesas de mestrado. Princesas sabichonas. Princesas estrelas.

E por mais que seja difícil ser princesa no mundo de hoje, onde há mais determinação do que submissão, as princesas do século 21 dão um show de graciosidade mesmo sem aqueles vestidos longos, aquela meiguice extrema, inocência exagerada. Todo veneno tomado lá atrás virou antídoto. 

Tudo o que não mata, fortalece. E as princesas estão mais guerreiras do que mocinhas, mais autênticas do que sombras. Mais princesas do que nunca.  

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Profissão: Carteiro


Tem dias que bate aquela vontade de mudar de ramo de atividade, cair de cabeça em outra profissão. Isso me ocorreu no sábado, após assistir o filme "Homem de Aço", bem na saída do cinema.

O carteiro é o cara mais informado do planeta. Ele sabe o nome de todo mundo, e onde cada pessoa mora. Isso seria bem bacana. Lógico que, há a negatividade da profissão, o sol escaldante, as chuvas que vem com aquela ventania sem fim, e os cachorros metidos à La Macho. 




Mas a vontade me deu quando eu vi todo aquele povo (o cinema estava lotadíssimo), indo embora e deixando suas latas de refrigerante nas cadeiras, assim como os pacotes de pipoca vazios. 

Me deu uma vontade louca de ser carteiro naquele momento e remeter todo aquele lixo para a casa de cada pessoinha que, supostamente "esqueceu" seu lixinho ali. 

Além de falta de respeito, isso se torna de certa forma porquice. É aquela velha história que, querem dar o que fazer para os funcionários. Tudo bem, mas dar serviço pro coveiro ninguém quer né? 

Cada pessoa tem uma função na sociedade, mas independente disse, colaboração sempre é muito bem-vinda. Lixo é no lixo, e não no chão. A mão não cai se quando você sair do cinema pegar seu lixinho e jogar na lixeira, assim, ajudando que o funcionário do cinema tenha oportunidade de adiantar um outro serviço. 

Estou farta de falta de educação, falta de respeito ao próximo. E talvez, eu tendo um dia de carteiro, eu pudesse devolver a cada pessoa os "pertences" esquecidos na ruas, nos cinemas, nas janelas, nos parques. 

Passou da hora das pessoas acordarem pra vida, e "cair na real" de que, a mundo não gira na órbita do umbigo.


E aí, furou?


Uns 15 dias atrás, estava conversando com meu namorado sobre minha boa sorte de nunca ter tido um pneu furado do carro (da moto eu já tive, mas moto não tem estepe, né?). E o sapo morre pela boca... Na sexta-feira, meu lindo pneu traseiro do lado esquerdo, furou! E se minha vida andava sem emoção, ali, naquele instante, começou uma.

Fui ao cinema com uma amiga, assistir "Meu Malvado Favorito 2", depois de pipoca, risadas com o Bundovisk, Agnes, Minions, resolvemos que, pra noite fechar bacana, precisávamos de um temaki do Sushi do Alberto (Melhor temaki do Universo você encontra lá). Na ida, eu comentei: "Cá... o carro está com um barulho estranho.", e ela logo respondeu: "Bru, acho que é por causa do paralelepípedo".

Já na porta da casa dela, eu fui olhar o carro, ver que barulho era aquele, e eu me deparei com um pneu murcho, na roda já. Olhei pra cara dela, ela olhou pra minha, caímos da risada e falamos juntar: "Bora trocar!". 

Abre porta malas, procura o macaco e a chave de roda, tenta tirar o estepe. Acha o macaco, mas cadê a chave de rodas? E como é que desparafusa esse estepe? 

Meia hora depois...

Ligamos pro marido dela, para dar um help. Achamos tudo, menos a solução para tirar o estepe. (No Ka, o estepe fica embaixo, não se tira pelo porta-malas). O marido dela chega, também não acha o alternativa para tirar o estepe, meu namorado ligando querendo saber como andava a tal troca de pneu. Ligamos pra prima dela, que também tem um Ka, pra saber se lá tinha mais ferramentas (Nessa altura do campeonato, eu já estava achando que tinham tirado e esquecido de colocar, ou que, quando comprei, cerca de 03 anos atrás, a concessionária tinha me dado um olé).E como, três cabeças pensam melhor que uma, achamos um fecho do estepe - mega ultra blaster escondido-, que liberou o estepe, e assim, poderíamos seguir em nossa missão.

Tenta encaixar o macaco, e começa a levantar o carro. Opa, não encaixou direito. Começa tudo de novo. Na terceira tentativa, deu certo. Dai começa a sessão tortura, desparafusa daqui, e outro daqui. Meu Deus... porque apertam tanto esses parafusos? Até que, por fim, o pneu furado é retirado e o estepe é colocado.

Agora começa a apertar os parafusos na roda. E marido da Carla disse que ia apertar bem, por precaução. Um novo pneu, cheinho, pronto para rodar. Um prego minusculo foi que causou todo o estrago. 

Existem coisas na vida que precisam ser subdivididas entre homens e mulheres, sem entrar em pauta machismo ou feminismo. Sim, toda mulher e homem que se preze, tem que saber trocar um pneu - mas isso não é uma tarefa nada fácil. Requer força, discernimento, força e mais força. Eu, ontem percebi que, de carro eu entendo absolutamente quase nada - principalmente em trocar pneu. Não é como calibrar os pneus, trocar o óleo, as pastilhas de freio, verificar água, trocar as velas, limpar freios de bico, alinhar e balancear, fazer rodizio dos pneus, entre outras coisas. 

Tudo é questão de conhecimento na área. Saber o que fazer - e como fazer - com as ferramentas que tem em mão. Lógico que, hoje é muito mais fácil chamar o seguro, pedir um help para o frentista do posto, pro namorado/marido, ou pra qualquer outro homem que de disponha a ajudar (que não mostre sinais de perigo).

Como não sou clinica geral, eu prefiro ficar só nos papéis e deixar meu pneu ser trocado por quem entende do assunto - não quero meus pneus rolando rodovia a baixo por falta de parafusos presos. 

O primeiro pneu furado ninguém nunca esquece - principalmente quando, vira uma sessão de risos e jogo de adivinhação.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

O "X" da questão


Há aproximadamente um ano atrás, li o livro “O X da questão” de Eike Batista. Naquela época, o cara era um dos 7 homens mais ricos do mundo, genial no assunto de multiplicar dinheiro, com uma biografia sobre como passou de vendedor de apólices de seguro para um mega empresário especialista em tudo, que transformava em dinheiro idéias abandonadas pelas grandes empresas.

Dono das melhores idéias e empresas, invejado pela sua alta desenvoltura no mundo financeiro, ações de suas empresas só subindo, Eike se vangloriava pela atual posição. O X era o segredo de seu sucesso.

Ele era – pretérito perfeito – um empresário invejável. Hoje, as ações estão desmoronando na Bolsa de Valores, seus milhões evaporaram que nem água, sua posição de um dos 7 homens mais ricos caiu gritantemente, e hoje ele não ocupa nem o ranking dos 100 primeiros.

Eike que patrocinava tudo, hoje, de forma desesperada, conta com o patrocínio para suas dividas – que, por grande ironia do destino – se multiplicaram. A volta por cima não acontece, os aliados sumiram e o socorro está vindo do governo, graças a uma troca de favores acontecida tempos atrás com o ex-presidente aquático. Os números hoje se tornaram negativos.

A galinha de ovos de ouro teve um pirepaque ou pediu a aposentadoria antecipadamente por invalidez. Eike também optou pela reclusão, de meias palavras nesse momento tão conturbado da vida de suas empresas e da sua. Lei do silêncio.

A mente alheia já é difamatória demais, não se deve dar vazão à curiosidade, assim como, alimentar a inveja alheia. Não há necessidade de sair gritando ao mundo o quanto você ganha, é genial, feliz e inteligente; sobre suas conquistas, patrimônios, ideias e visões. Mantenha-se na casinha, foque em você e só. O Eike é um belo exemplo de autodestruição, ele deu as coordenadas passo a passo no livro. 

Minha avó já dizia, que a palavra vale prata, e o silêncio vale ouro. Se Eike tivesse ficado de bico calado, e não revelado seus segredos, quem sabe hoje, dormiria tranquilo.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Segredo


Quem não gosta de saber de um segredinho cabuloso? Quem não tem um segredo guardado? Que já não deu com a língua entre os dentes e deixou um segredo escapar? E quando alguém diz: “É pra guardar segredo, hein?”, a língua coça pra sair gritando aos quatro ventos.

E todo segredo envolve um grande mistério – e logo mais, logo menos, será desvendado – descoberto. E tem segredos que se forem contados fazem tremenda devastação; já outros, nem cócegas fazem.

O segredo era para ser um sigilo selado, sem brechas e exceções para a quebra. Uma conversa confidencial, onde quem deixasse tal informação vazar, fosse submetido a uma investigação minuciosa. Algo apenas de conhecido de poucas pessoas. Uma conversa ao pé do ouvido em sussurros quase sem som.

Fico imaginando o pobre padre escutando segredos diversos, de causar arrepios e náuseas no confessionário. Escutar tudo, ligar calado. Sabe de detalhes de crimes, de adultério, falso testemunho, trambicagem.

Segredos à sete chaves, esquecidos pelo tempo, pela ocultação, pelo esquecimento. Segredos lembrados em momentos delicados, ditos no calor de uma discussão, divulgados sem conseqüências.

Segredo de estado, segredo de justiça, segredo de amigos, segredo de irmãos. Todo mundo tem segredos, segredos até de si mesmo. 

Segredo que vira truque, que vira estorno, ameaça, piada, briga, morte, nada. Segredo que cola vidros, desata nós, causa discórdia, se perde no tempo.

E não é segredo que, segredo não é algo bom de saber, porque se fosse, não era segredo.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Meio ano


Janeiro é aquele gás, ano novo, metas novas, motivação para fazer tudo diferente. Encarar todos os impostos que estão pela frente.

Fevereiro é aquela alegria, festa todo dia, seja na sua cidade ou na Bahia, é frevo em Pernambuco ou Samba no Rio de Janeiro, o que importa é que o mês é curto, e que o ano só começa mês que vem.

Março bate a depressão, carnaval só ano que vem, o ano começa pra valer, e as águas começam a levar o verão embora, permitindo o outono entrar e derrubar as folhas das árvores pelas ruas e pelo quintal.

Abril chega com o friozinho, com feriadinhos, ovos de páscoa, tudo juntinho. Dando aquela sensação de alívio, alguns impostos acabaram, dinheiro sobrando pra planejar uma viagem bacana e aproveitar um pouco do calor que ainda resta.

Maio começa com um feriado em homenagem ao trabalhador, que de fato, merecia um feriado todo primeiro e ultimo dia do mês. O vento começa ser mais gélido, é hora de inverter o guarda-roupa, o inverno é logo ali.

Junho é só alegria, depois da festança do carnaval, começa os arraiás de Norte à Sul. Festa de Santo Antonio, de São João e de São Pedro. Festas juninas com suas fogueiras aquecendo o inverno que chega, com o auxilio dos vinhos quentes, quentões.

E chega Julho, o Mês que marca o meio do ano. Percebemos que o primeiro semestre passou voando e que mais seis meses, o ano acabará novamente. Você e todo mundo terá envelhecido um pouco.

E hoje é o marco de um novo mês, do meio do ano. Ainda restam seis meses para correr atrás do tempo perdido, de recuperar as metas de janeiro e aplicá-las, com todo o entusiasmo de fevereiro, lavando tudo que há de errado com as águas de março, com toda a esperança que abril proporciona, com a ajuda dos ventos de maio, naquele clima gostoso de junho.

Um novo capítulo começa no seu livro, pra mudar tudo que estiver ao alcance, pra tentar transformar outras coisas possíveis, acreditar em si mesmo, tirar umas férias, arrumar outra estratégia, conversar, viajar, criar, transformar. O frio de julho torna as pessoas mais próximas, de alguma forma elas tentam se aquecer, seja com carinho, risadas, abraços, idéias, planos ou pensamentos.

Julho está aí: Aproveite-o!

terça-feira, 9 de julho de 2013

A ratinha


Ela é uma rata muito engraçada, é bem limpinha, vive arrumada. Só tem um vicio irreparável, adora livros, isso é louvável. O que mais gosta? É cheiro de livro novo. Adora passar horas e horas dentro de uma livraria, saboreando títulos inusitados e histórias inimagináveis. A ratinha hoje é ratona, pois sua fome por livros é desde quando era uma little ratinha, mas a ratinha fica pela sua estatura: pequenina, delicadinha, meiguinha.

Devora livros com os olhos – somente desta forma. Cuida dos livros com tal zelo, que os ratinhos filhos sentem ciúmes da mamãe: querem a mesma atenção.

Ela mergulha de cabeça na leitura, e quem a observa ler, consegue imaginar o tipo da história que ela está participando, as expressões são transparentes, gargalhadas são dadas e até lágrimas rolam. Vez em outra, lê em voz alta involuntariamente (o personagem entrou nela).

Sua biblioteca é gigantesca, cada livro está arquivado na ordem que foi lido, e quando pergunto sobre um determinado livro, ela fecha os olhos sorrindo e relata como encontrou o pequeno grande livro e a transformação que fez em sua vida. Me disse que hoje é o reflexo do que leu em toda sua vida, e o que ainda lê, que cada parágrafo lido, cada personagem que viveu na leitura, ela agrega.

Literatura, suspense, romance, aventura, guias, de tudo tem naquele espaço. Gosta de ler também revistas de moda, viagem, bem estar, acontecimentos, gibi, tudo.


Depois de tanto praticar o hábito da leitura, ela aprendeu também a ler os olhos das pessoas, e um pouco mais da própria vida.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Estresse x Saúde


Uma amiga me enviou um e-mail dizendo que seu corpo anda reclamando do estresse elevado que vem adquirindo. Cabelos caindo, alergias diversas. Meu corpo também já reclamou. Bolhas imensas que deixaram minha pele em carne viva. Insônia que acabava com minhas noites que tinham tudo para serem maravilhosas.

Ninguém está a salvo do estresse. Ele aparece de muitas formas, e ele começa a aparecer devagar, na moita. O objetivo dele? Acabar com a saúde. A saúde que faz levantar todo dia para conseguir um lugar ao sol, uma estrela no céu, realização de sonhos. A saúde que proporciona aproveitar coisas fantásticas que a vida e as oportunidades proporcionam.

Os motivos de ficarmos estressados são inúmeros. Trabalho, relacionamentos, família, falta de dinheiro, e por assim, a lista segue longa. Saber lidar com todos os excessos que somos expostos diariamente, não é tarefa fácil. Não existe formula mágica, receita a venda, muito menos manual de instruções. Para alguns, sair para viajar uns dias já ameniza, para outros, alguns dias em um SPA, para tantos outros, mudar a rotina, e uma pequena minoria, entra pra categoria do gritoterapia.

E mudando a rotina, renovando a energia, chacoalhando a poeira, a vida segue outro rumo. A felicidade e o bem-estar têm que ser fundamental, pois é a peça chave para a motivação de continuar seguindo em frente. Obstáculos, sempre irão aparecer. Sempre será necessário superá-los, transformá-los em aliados.

Pensamento positivo e ânimo forte. A repetição leva a perfeição. Se o mesmo ciclo anda repetindo é porque talvez a lição não tenha sido aprendida adequadamente. Arregace as mangas, e comece a rever tudo. Comece a eliminar problemas do trabalho que não devem ser levados para casa, e vice-versa, elimine também, pessoas que são mais ancoras do que asa deltas.


Fazer limpeza de vez em quando é muito bom. Dá leveza ao ambiente, muda a energia, causa bem-estar, e o melhor, melhora e muito a saúde! 

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Anti inseticida


E já dizia o velho ditado: Quando não sabe falar determinada palavra, não fale, não invente, não tente. Mas eu nunca segui esse ditado a sério. Expert em inventar palavras, sempre dei margem as gargalhadas com isso.

Nas férias, não podia ser diferente, não é mesmo? Em Salvador, na maior descontração no apartamento da minha prima, numa festa particular onde milhares de pernilongos foram de penetras na festa, soltei que um anti inseticida resolveria o problema.A cena mais pareceu um episódio do Chaves falando em inglês. Lógico que, o Ricardo esposo da minha prima não ia deixar barato - e não deixou mesmo.

Logo a palavra inventada foi propagada, e no auge das conversas surgia o anti inseticida e risadas ecoando. O inseticida foi comprado, mas o anti inseticida é que será usado, como um repelente natural, um exterminador de mau humor e seriedade, despertando um lado descontraído de todos que estão presentes.

Essa minha pérola provavelmente entre para as melhores do ano, antes mesmo do ano ter acabado. 

Inclua na sua vida alguns "anti inseticidas" que rompa as barreiras da seriedade e permita que você interaja com mais leveza com as pessoas, aceite os contratempos sem neura, e ria das próprias besteiras faladas.




quarta-feira, 3 de julho de 2013

Transformar


Tem coisas que já fiz que não faria novamente. Umas por precaução, outras por medo, e outras tantas por maturidade. Não que eu me arrependa de nada que eu tenha feito lá no passado, mas quando somos jovens, nossos sonhos mirabolantes nos fazem não ter olhos para os perigos eminentes, isso de certa forma é bom, precaução demais nos faz perder muitas coisas boas, como ver um por do sol na beira do mar, por mais que se corra o risco de ser roubado.

Quando somos jovens temos coragem de sobra e dinheiro em falta. Queremos desvendar o mundo, mas falta patrocínio. E quando temos estabilidade financeira para isso, a zona de conforto não deixa, e a coragem já mudou a direção.

Eu já coloquei uma jibóia em volta do meu pescoço, um ato de coragem. Confesso, foi orgulho ferido mesmo, se um guri de apenas 5 anos de idade pintava e bordava com a dita cuja, porque eu, com meus 20 e poucos anos não? Parecia fácil, mas não foi, o primeiro movimento que senti dela por meus ombros a vontade foi de sair correndo gritando e jogá-la longe. Se eu não tivesse fotografado, juraria que apenas tinha sido um fruto na minha imaginação fértil. Eu tenho a prova na parede do meu quarto, mais ainda me pergunto se fiz aquilo.

Meu sonho de adolescência era voar de asa delta. Aos 18 anos sonho realizado e joelhos ralados graças uma tempestade imprevisível de verão. Foi à melhor sensação do mundo, mas hoje não sei se faria de novo, não pelos joelhos, e sim pelo coração.

A gente cresce e vai ficando medroso. A roda gigante não é tão mais emocionante, as montanhas russas viram monstros rápidos, andar de bicicleta fica perigoso demais.

Não tenho medo de escuro se for em casa, embarco no avião como o mesmo entusiasmo que voei pela primeira vez de asa delta, mas isso são coisas pequenas. Mas não vi tive coragem de pegar o bondinho do Pão de Açúcar e chegar ao cume mais alto, preferi uma trilha simples e mais segura.

O que eu não faria mesmo é magoar as pessoas com atitudes infantis, e não tentaria ser amiga de todo mundo, como fiz antes, poderia até pular de pára-quedas, mas ainda tentaria negociar a altura. Acho que andaria de bondinho, para ver belas paisagens de pontos que meus pés não conseguiriam me levar, mas também tentaria negociar outra alternativa – uma escalada, por exemplo.

Mas minha vida, sua vida, a vida de cada pessoa é assim: alguns arrependimentos passados que servem como lições no hoje, cada atitude tomada equivale à formação de nosso caráter. Errar, todo mundo erra. Magoar, todo mundo magoa. Ter medo, todo mundo tem um. Cada um aprende com os próprios erros, e também com os erros alheios. Ninguém segue todo conselho que recebe. Cada um tem uma forma de pensar, e mudar de opinião não é crime algum, é até bom, mostra o quanto estamos abertos para novas possibilidades.

Coloque na ponta do lápis todos os prós e contras. Coloque na cabeça que tudo aqui é relativamente passageiro, e por ser passageiro, não quer dizer que podemos fazer absolutamente tudo o que nos dá na telha, não levando em consideração sentimentos, leis, respeito. O simples fato de termos três etapas em nossa vida, nos mostra que, cada etapa equivale a uma forma diferente de pensar.

Se hoje você ainda faz certas coisas que fazia na infância, e isso for relativamente bom pra você e não prejudique ninguém, ótimo. Mas se você mudou a cada etapa, mostra que evoluiu.

A coragem muda de acordo com os valores adquiridos. O medo, conforme nossas experiências. Os sonhos, conforme nossa motivação. E a vida, conforme nossas escolhas.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Palavra


Cada pessoa tem uma palavra predileta, seja pelo significado, pela pronúncia, ou por apenas gostar. E eu cheguei a conclusão, depois de uma pesquisa de campo que, cada palavra escolhida tem muito a ver com a personalidade de cada pessoa que compartilhou esse pequeno "segredo" comigo. Que agora vou espalhar pra todo mundo.

Houve apenas uma única palavra repetida, por incrível que pareça. E com toda a sinceridade? Adorei o resultado final. 

A palavra predileta da Alini é brigadeiro. Ela simplesmente ama esse doce, mas se formos ver mais a fundo, ela é como o doce: simples. Simples de lidar,  simples de entender e uma doçura de pessoa.

A do Marcos é coragem. E isso reflete muito nele, nas atitudes tomadas e não tomadas, sempre baseadas em plena coragem. E é algo que ele admira muito nas pessoas com que convive.

Suely gosta da palavra gratidão. Ela é grata por todas as oportunidades vividas, por todas as pessoas que a auxiliou no decorrer da jornada, e uma excelente professora sobre esse assunto. Por enquanto, eu não conheci ninguém mais grata do que ela.

Filho foi a palavra escolhida pela Eliete. Ela é loucamente apaixonada pelo pequeno grande Cauan, que de pequeno só tem o nome mesmo. Ela vive para ser uma pessoa melhor tanto pra ela, quanto para o filho. Ela inspira e respira todos os sonhos e sentimentos para o filho, e ela acha simplesmente o máximo quando uma mãe fala do próprio filho começando a frase: "Meu filho".

Já a Rebeca escolheu infinito. Infinito como seus pensamentos, seus sonhos, suas amizades e suas alegrias. Embora eu tenha quase certeza que esse infinito venha também do filme Toy Story.

Ricardo escolheu uma palavra inventada, que ainda não consta no dicionário: Ubeibe. Ubeibe é a tradução livre e desimpedida do amor que ele sente pela esposa. Ubeibe traduz o zelo, carinho, amor, paixão e felicidade que tem pela Manu. 


Quando perguntei a Manu qual era a palavra predileta dela, a principio ela ficou pensativa e falou que era Felicidade (assim como a palavra da Gabi e da Sayuri), Ricardo quando ouviu ficou furioso e falou que trocaria a palavra predileta por cerveja. Isso gerou risos. A felicidade da Manu é traduzida em estar perto da família, conquistando seu próprio espaço, estando bem consigo mesma e no casamento. Uma palavra que vem tendo o maior sentido nos últimos tempos.

A Gabi também escolheu Felicidade como sua palavra predileta. A cara da Gabi é felicidade, as atitudes da Gabi é de felicidade, e ouso até falar que até na tristeza dela, há vestígios de felicidade. Exala felicidade no olhar, nas palavras e nos gestos. 

A Sayuri também aderiu a Felicidade. Ela que ri de tudo, até da própria desgraça, ela que não levanta tristeza pra casa, que se diverte com pequenas circunstâncias, e assim como a Gabi, exala felicidade por onde passa. Houve um empate técnico entre as duas sobre quem é mais feliz.Eu não sei dizer quem é mais, só sei que ninguém imagina o bem que me faz.

Teve palavras como acerto, correspondência, casamento, oração, cama, saudades, comida, livro, segredo, espaço, telescópio, shopping e sapatos. Quem escolheu acerto, adorar ganhar cifrões; correspondência foi um carteiro, ele disse que é mais leve dizer correspondência do que cobrança; Casamento já foi uma mulher que disse que ama subir ao altar, não é à toa que está no sexto casamento; Oração foi uma pessoa muito religiosa, se está feliz ore, se está triste ore, se está em dúvida ore; Cama foi alguém muito preguicera;   saudades foi uma pessoa muito querida que pediu para não ter o nome revelado: é muita saudades do filho que partiu, da infância no sitio, da família reunida, das colegas da época da faculdade; Comida foi a pessoa mais gulosa que eu conheço, uma vez num jogo de palavras, essa pessoa só dizia palavras que remetia a comida - a magreza é de ruindade, só pode; livro foi a escolha de uma ratinha de biblioteca; segredo foi a palavra de uma pessoa muito curiosa, que só de falar a palavra segredo, ficou tentadíssima em contar um; espaço foi uma criança que quer ir pra Lua, sonha em ser astronauta; telescópio é apenas pela pronúncia ( a pessoa disse que adora o sabor dessa palavra); shopping foi pra uma cocotinha engraçadíssima que ama esse centro comercial onde ela encontra tudo até o que não procurava; sapatos foi de uma centopéiazinha adorável que diz que uma mulher que se preze, precisa ter um par de sapatos para cada dia do ano.

A minha palavra predileta? A minha palavra predileta é Palavra. Adoro palavras escritas, ditas e cantadas. Acho que por isso sou devoradora de livros e revistas, tagarela por natureza e escritora nas horas possíveis. A palavra me agrada, me irrita, me conforta, me motiva, me torna mais eu.