sexta-feira, 31 de maio de 2013

Medicando-se


Conheço milhares de pessoas que adoram um remedinho. Tomam remédio como bebem água, com a velha desculpa de que tem baixa tolerância a dor. Eu também tenho baixa tolerância à dor, mas meu medo é maior do remédio. Eu só tomo quando, a dor fica insuportável. Sou do seleto grupo que acredita que remédio só deve ser tomado em caso de vida ou morte, ou pra preservar a vida. Não há remédios na farmácia que amenizem a dor de cotovelo, a dor de um pé na bunda, a dor de um dedão na guia, a dor de perder alguém.

Para dor de cotovelo, o trabalho é o maior e melhor remédio, ocupa a mente, não é contra indicado, os efeitos colaterais vem caem na conta bancária. Para a dor de um pé na bunda, algumas lágrimas e o trabalho também resolve. Para a dor de perder alguém, o tempo e pessoas queridas bastam. Para a dor de um dedão na guia? Talvez alguns palavrões em pensamento amenizem.

Medique-se diariamente com pensamentos positivos, alegria, pessoas queridas, entretenimento, cultura. Reeduque sua mente, sua alimentação, seu comportamento. Evite o artificial, abuse do natural.

Apegue-se às coisas boas, dedique-se ao seu bem-estar. Só conseguimos ser pessoas saudáveis com as pessoas, se formos com nós mesmos. Menos cobrança, mais atitude. Menos preconceito, mais aceitação.


E quando perguntarem se você toma alguma coisa para ser feliz, você prontamente abrirá um sorriso é dirá: “Sim, decisões!”.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Desapego


O melhor exemplo de desapego vem das abelhas. Após construírem a colméia, abandonam-na. E não a deixa morta em ruínas, mas viva e repleta de alimento. Todo o mel que fabricaram, além do que necessitavam, é deixado. Batem asas para a próxima morada sem olhar para trás. Num ato incomum, abandona tudo o que levaram a vida para construir. Simplesmente a soltam sem preocupação, e deixam o melhor que tem, seja para quem for, o que é muito diferente de doar o que já não tem mais valor, ou dirigir a doação para alguém de nossa preferência.



Se quisermos ser livres, parar de sofrer pelo o que temos, ou pelo o que não temos, devemos abrigar um único desejo: o de nos transformar. E toda transformação, por menor que seja, requer renuncias. E renunciar a algo ou a alguém, não significa egoísmo, muito menos submissão. Assim quando algo ou alguém tiver que sair da nossa vida, não devemos, em hipótese alguma, alimentar o sentimento de perda e vazio ou de revolta e abandono.


Sofrimento vem da fixação a algo ou alguém. Apego embaça o que deveria estar claro: por trás de uma pretensa perda está o ensinamento de que algo melhor para nosso crescimento precisa entrar em nossa vida. E se, o espaço está cheio, precisa ser limpo, organizado; e, algumas coisas que já não fazem mais sentido permanecer ali, necessita de um destino melhor – útil.

E seguindo o exemplo das abelhas, não devemos nos apegar a bens materiais, sentimentos de posse e pessoas, com o pensamento de que, se desfazer disso, uma parte de você será levada, e nada de bom voltada a reinar. É preciso quebrar regras e conceitos, se abrir para o inédito, permitir que você mesmo se surpreenda.


Se não abrirmos mão do velho, como poderá haver espaço para o novo?

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Pessoas


Existem pessoas que são como segunda-feiras, e outras como pedras preciosas. Existem pessoas que só com o brilho que carregam no olhar trazem paz e alegria, e outras com a árdua presença traz infelicidade e pesar. Existem pessoas que interpretam tão bem, que conseguem enganar a si mesmas. Existem pessoas simples, que adoram andar descalças, não reclamam de nada, estão satisfeitas com a vida que levam, e o sorriso? Ahhh! O sorriso traz uma alegria tão intensa, tão imensa que acalma um simples coração que grita loucamente. Existem pessoas e mais pessoas. Mas é pelas pessoas de firme caráter, de peito aberto, corajosas de corpo e alma que eu vivo.

Vivo por todas as pessoas que amam a vida que levam, lutam por aquilo que querem, amam que os ama, faz feliz até os infelizes, e por mais que carreguem uma dor imensa no peito, não recusam uma bela gargalhada, uma viagem a algum lugar magnífico, companhia de amigos adorados e indispensáveis. E é por essas pessoas eu vou até o inferno, dou minha cara a tapa e enfrento o mundo.

Essas pessoas me fazem crer que, o mundo somos nós quem fazemos, a diferença está dentro de cada um. Que a felicidade não mora ao lado, nem nos fundos e nem na rua da frente; a felicidade está dentro do próprio ser, da própria individualidade, no próprio eu.

Perceba essas pessoas, valorize essas pessoas. Elas estão por toda parte. São crianças, adolescentes, adultos, senhores, idosos, cachorros! Aprenda a amar como os cães, que não guardam mágoas e nem ressentimentos, amam, não têm a menor vergonha de demonstrar isso. E sempre estão lá, braços ou patas a sua espera, felizes da vida por você estar ali, dando a misera atenção, mas por estar ali. Apenas amam por que assim são felizes. Se faça feliz! Se permita! Se valorize! Se ame! Ame sem pensar no que aconteceu no passado. Viva sem pensar o que as pessoas pensam. Não se prive, não finja ser quem não é, não seja infeliz para tornar alguém feliz. Não force a barra, beba se achar que precisa literalmente afogar as mágoas, fala trilha, tome seu sorvete predileto mesmo que esteja um frio horripilante, assista 10 mil vezes seu filme predileto, ande na chuva sem pressa de arrumar abrigo...

Um conselho? Procure viver perto de quem saber viver. Assim você aprende a viver mais. De um basta em limitações, medos, conceitos preestabelecidos... Ria de si mesmo. Planeje. Organize-se. Faça acontecer! Nada de planejar, ter um plano excepcionalmente perfeito e jogar o pobre coitado na gaveta. Dedique-se a ele, ponha-o em prática!


O bom da vida é que existem pessoas assim, que nos dá a esperança de que tudo vale a pena, de que alma nenhuma é pequena o suficiente pra nunca evoluir, e que o amor existe e está nos olhos dos desprendidos e dos que nada temem, dos corajosos do mundo afora que se permitem, e que nada querem de demais.... Só querem o que tem, o que os fazem felizes!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Ganso



Paulo Henrique Ganso, ex-jogador do Santos. Novo integrante do São Paulo Futebol Clube. Segundo torcedores santistas: traidor, mercenário. No jogo que aconteceu em 03 de fevereiro de 2013, ocorreu uma chuva de moedas. Torcedores santistas, inconformados com a saída do jogador, jogaram moedas a fim de ofendê-lo, assim como injúrias infinitas no decorrer de todo o jogo. Ele saiu de campo, pegou as moedas. Patrocínio santista segue firme e forte.

A profissão dele é jogador de futebol. Se em determinado ambiente de trabalho ele não está satisfeito com a equipe, os colegas de trabalho, com o salário, e principalmente com o chefe, ele tem todo o direito de sair e procurar algo melhor. Mas não, isso é traição.

Pra você que está lendo isso: Porque você não permanece naquele seu empreguinho mal remunerado, cheio de cobras, e com um chefe mercenário te infernizando? Você não continua, porque sabe que merece o melhor. Ele também acreditava que merecia estar em outro time. Os motivos da saída talvez não seja só o salário, por trás das cortinas deve haver muitos outros motivos.

Rivalidade em campo sempre existirá. Troca de emprego também. E essa revolta toda talvez seja só o desespero de ver tudo mudar. Se ele tivesse ido para a Europa, e depois retornado para o São Paulo, a repercussão não fosse tão intensa assim.

Mas enfim, o Santos poderá ser punido pela falta de classe de seus torcedores, e perder o mando de jogo. Palavras do próprio Neymar, que gosta muito do seu ex-colega de time, que é amigo fora do campo. Punição merecida, assim como um belo castigo pela falta de educação das crianças mal educadas.


As moedinhas jogadas em campo serviriam para a passagem de ônibus, para os torcedores santistas irem prestigiar seu time jogar, já que vão ter que sair da zona de conforto pela falta de disciplina em campo.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Máscaras maquiadas


E o fim, não é algo tão bom assim. Dependendo do ponto de vista, é claro! O fim de um livro pode ser ótimo, se ele correspondia a suas expectativas, assim como de um filme, novela, seriado, etc.

O fim de um relacionamento é um alivio para um, e tremendo de um peso para o outro. É quando o desequilíbrio fica evidente na balança: um lado pende mais. Homens quando terminam relacionamentos saem para beber com os amigos. Mulheres quando terminam relacionamentos passam dias e noites em Lençóis Santista. Abre parênteses. Houve inversões nos últimos tempos. Fecha parênteses. Mulheres saem para beber com as amigas. Homens passam dias e noites em Lençóis Santista. E não há nada de vergonhoso nessa troca de posições. Com a queda parcial do machismo, e a crescente alta do feminismo, é normal hoje essa mistura de sentimentos.

Homens e mulheres. Mulheres e homens. Pessoas que encaram o fim de um relacionamento como um livro, com principio, meio e fim. Que se esquece de chorar um pouquinho, sofrer outro pouco, relembrar momentos bons, estudar os defeitos para não repeti-los nos próximos relacionamentos. Um dia basta para sofrer, o restante é olhar pra frente e pegar o próximo bonde. E quando essa separação é um divórcio? Salve-se quem puder, a competição pela maior quantidade de bens está prestes a começar.

Brincadeiras a parte, o fim sempre traz uma sensação de vazio. Em absolutamente tudo. O fim requer limpeza, reorganização, atitude. O fim de um relacionamento é o ponto de partida para outro começar. Pode ser que demore semanas, ou meses, ou até mesmo - anos.

Ir pra balada, encher a cara, dançar em poses ginecológicas, entrar em coma alcoólico não faz ninguém esquecer ninguém – temporariamente sim – mas depois volta tudo, em proporções maiores, que a dor mal cabe no peito, no corpo.

Relacionamentos frustrados podem ser descritos com muita maquiagem desperdiçada. Dá pra ver no rosto das gurias, que mais parecem rostos plastificados de tantas camadas de base e blush, para disfarçar um pé na bunda, uma noite mal dormida, ou uma culpa por terminar um namoro que realmente era bacana.


E sempre no dia seguinte do fim, a guria estará maquiada, mesmo que não haja desperdício. Cada um usa a máscara que achar melhor, quando armadura não faz parte do figurino.

sábado, 25 de maio de 2013

Pudim de Cerveja


A receita é fácil: Sábado à noite, entre petiscos e boas risadas, a boa e eterna cevada é ingerida sem muita cerimônia, não muito dosada. É assim que começa o preparo do pudim de cerveja. Uns preferem a tradicional, outros preferem mais concentrada, mas a bela loira (ou morena – se a cerveja for escura) sempre será muito bem-vinda em encontro entre amigos.

Conversa vai, conversa vem e a descontração vai aumentando. Ela vai alterando os hormônios, mexendo com o temperamento, diminuindo a concentração e os sentidos, anestesiando as cordas vocais, que transformam qualquer um em um slow motion de filme americano.

Depois da primeira visita ao toalete é fatal, a visita aumenta em curto tempo, começam diversos papos: sobre o melhor time de futebol, sobre a melhor cerveja, sobre a luta meia boca do UFC. Ah... E se esse encontro é bem no dia de uma luta, namoradas se preparem: você poderão ser alvos fáceis de simulação de golpes! Todo cuidado é pouco.

Daí eles começam a falar que mulher não sabe dirigir, e olha pra você com aquele olharzinho safado do tipo: “Amor, não fique brava com essa inverdade...”. Se vamos ficar bravas? Nunquinha! A verdade é que dirigimos muito bem, e que eles são metidos a espertos e vivem se gabando pela performace no volante e nem sequer olham os ralados na lataria.

Mas enfim, a saideira vem umas quatro vezes. A comanda é paga, os casais começam a se despedir e um solta: Mais uma saideira? A última? A primeira na última rodada, só se for. É ai que começa aquele papo chato de assombração. História de caminhoneiro mesmo, do tipo da mulher loira vestida de noiva na beira da Rodovia Dom Pedro pedindo carona, e se você não para, ela aparece no banco de trás do teu carro e você leva um susto quando olha pelo retrovisor (quando eu escuto uma história dessas nem no retrovisor eu olho, só pra início de conversa). A loira do banheiro, que aparece a meia noite em ponto, com o clamor de três palavrões cumulado com três descargas. E de tantas outras loiras – que não são das que eu começo a falar no início desse texto – que conseguem ser pivô até de histórias assombrosas.

Mais enfim, depois de todas as historias assombrosas, a última saideira é a última mesmo. Cada um segue no seu carro, para seu destino, sem olhar no retrovisor, sem reparar nos pedestres ao redor, pra não confundi-los com alma penada.

Daí você percebe que, por mera coincidência do destino – nunca do excesso de cerveja – seu namorado, marido, acompanhante, está falando mole. Daí você comenta, e esse negará até a morte que está bêbado, que não está falando mole. Você? Finge que acredita, é claro! Nessa hora você ou morre de rir ou morre de raiva, a escolha é sua.

E como bêbado consegue TUDO, que uma pessoa em plena sanidade não conseguiria JAMAIS, ele consegue se melecar todo com um micro chiclete. Fala que foi praga divina, macumba alheia, e sobra a culpa até pra você – que estava se divertindo ou morrendo de martírio desde o princípio.

No dia seguinte... A dor de cabeça ataca, a moleza também – a amnésia deixa vestígios. O que resta? Boas risadas ou uma bela de uma DR – a receita foi dada passo a passo.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

O lado positivo



Meu namorado, em momento algum, o ouvi falar mal de alguém, ou ter uma visão negativa. Alias, ele pode ter ate uma visão negativa de determinada pessoa, mas nunca chegou a comentar.

Raridade isso, né? Você conhece pelo menos uns 60% de pessoas que reclamam de outras pessoas, só enxergam o lado ruim delas e assim por diante.

Confesso que admiro muito meu namorado por esse pequeno detalhe. A coisa mais ofensiva que o ouvi falar de alguém foi: “Como essa pessoa é chata!”. E ele estava falando de uma atendente que não resolvia o problema dele, e ainda por cima queria vender uns pacotes bem malucos de uma telefonia móvel.

Partindo desse pressuposto, é mais fácil reclamar que as pessoas são egoístas, folgadas, bagunceiras, inconvenientes, e entre outras coisas, do que ver o lado bacana que a pessoa tem. Ela pode ser egoísta, mas é super organizada e fiel. Ela pode ser folgada, mas é super companheira e ouvinte. Ela pode ser bagunceira, mas é super prestativa e inteligente, e assim vai longe.

Mania feia de acharmos que o mundo gira em torno de nosso umbigo, e que o resto é resto. Mero engano, tudo é um complemento. Hoje em dia, clinico geral não tem muita credibilidade não. Precisamos de especialidades em determinados assuntos. Precisamos de pessoas que valorizem umas as outras em seu ponto forte, e não apenas em seus defeitos irremediáveis (ou não).

Talvez devêssemos olhar o lado positivo de todos que nos cercam. E acima de tudo, ver o nosso lado positivo. Só conseguimos enxergar nas pessoas, aquilo que possuímos dentro de nós. Se você é uma pessoa negativa, só vai enxergar negatividade no alheio.

Eu gosto de gente positiva, que vê o lado bom de todas as situações, acredita nas pessoas, em si mesmo. Pessoas que, sempre tem um elogio sustentável para nos dar. Pessoas que inspiram, aos pouquinhos, com sua gentileza e exemplo de conduta.

Nosso ponto de vista muitas vezes é tão obscuro, tão limitado que faz-nos perder a fé no próximo por achar que a pessoa é excêntrica demais, estúpida demais, inconveniente demais. Excessiva.

Talvez seja hora de largar o binóculo e enxergar as coisas como realmente são, no tato, cara a cara, sem suposições, insinuações ou concepções.

Todo mundo tem um lado bom e um lado ruim, basta você escolher o lado que quer conhecer, e que essa escolha vai trazer positivamente para sua vida.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Todo mundo financia



Um dia desses, na rodoviária esperando o ônibus para ir para a pós em São Paulo, uma moça, bem jovem mesmo, se duvidar, tinha a mesma idade do que eu, me pediu um real, com aquele vocabulário simplório. Eu disse que não tinha, e realmente, eu não tinha. Perguntei se ela queria bolacha (eu tinha um pacote de bolacha na bolsa), ela disse que não, que ela queria um real.

Falei que não tinha, ela me encarou com certa raiva e saiu. Não senti culpa, se ela quisesse comer algo, daria meu pacote de bolachas com a maior boa vontade, o dinheiro, eu não tinha.

Uma senhora virou e me disse: “Certa você, não deve financiar o crime”. Parei. Pensei. Repensei. "Que papo é esse de financiar crime minha senhora?" Não respondi, não valia a pena expor o que eu achava na frase inconveniente dela. Mas ficou na garganta.

Hipocrisia. Isso é o que eu acho de quem fica dando lição de moral, falando que não dá dinheiro pra pedinte, pois não financia crime. Certeza que você não financia o crime?

Você financia sim senhor. E nada de fazer essa cara de interrogação, incrédulo, de quem não está entendendo nada. Você  financia o pior tipo de crime que existe e nem fala nada! Você financia o crime organizado. Você paga impostos calorosos para empresários do crime: Nossos governantes. Você paga imposto em tudo, na sua alimentação, na sua vestimenta, na sua locomoção, no seu lazer, em tudo, tudo, tudo. Você é um dos maiores patrocinadores do crime organizado em nosso país.

Um país, aos olhos do presidente da França, de malandro. Pior que ele tem razão. Nossos próprios governantes nos passam a perna. Cobra, em alguns estados, R$3,00 o litro da gasolina, e para o exterior, você chega a comprar por R$ 1,50. Vende-te um carro de luxo por R$ 70.000,00, e, no exterior, você compraria no máximo por R$ 35.000.00.

O que você paga? Imposto! Até para guardar seu misero salário você paga imposto.

E você não dá um real no farol, pois não vai financiar o crime. Ah tá, é uma piada, né? Não dou dinheiro, nem pela questão de “não financiar o crime” ou até mesmo, pela “a ociosidade alheia”, não dou porque aquela jovem pode estar sendo usada pelos pais para arrecadar dinheiro para sustentar a família. Prefiro acreditar que ela esteja com fome, e contribuir de uma forma melhor.

Só não acalenta escutar pessoas que vivem votando em políticos errados, se omitindo diante de tantos impostos absurdos e obras desnecessárias que nossos políticos inventam para desviar o dinheiro público, o nosso dinheiro, que deveria ser investido em educação, saúde, segurança.

Pois é meu caro, financiamos DIRETAMENTE para o crime mais organizado de todos os tempos, caras de terno e gravata gritando honestidade e prometendo melhorias, mais saindo com o nosso dinheiro na cueca.

Talvez esteja na hora de pararmos de criticar as pessoas que não merecem tantas criticas assim. Deveríamos olhar com a mesma severidade que olhamos para um pedinte, para um político em época de eleição que vem com toda a simpatia e promessas possíveis e plausíveis de Oscar, pedir seu voto.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Esqueceram de mim?!



Pagaram o resgate do bolo gelado. A pessoa? Minha mãe. E a sua volta foi triunfal. Se ele um dia achou que nunca mais seria lembrado, que não havia deixado sua marca no mundo, foi um mero engano. Eu vou relançar a moda de bolo gelado nas festas. Pois é, eu tive uma festa surpresa (no escritório), e o bolo gelado em casa. E viva ¼ de século!

Você tem medo de ser esquecido? Tem medo que se esqueçam do seu aniversário, que te esqueçam na balada, ou no shopping, ou no aeroporto? Todo mundo tem um medinho desse em alguma etapa da vida. No fundinho, eu tava com um baita medo de que minhas amigas me esquecessem, já que eu não tinha facebook para lembrá-las do meu aniversário. E não é que, todas e mais umas que eu nem botava fé me ligaram? Amei! Não esqueceram de mim. 

Um tempo atrás li A Culpa é das estrelas, um romance completamente diferente de qualquer romance que eu já tinha lido (Indico o livro). Gus é um dos protagonistas da história. Ele tinha um medo absurdo de ser esquecido depois que morresse, e queria porque queria deixar sua marca no mundo. E de certa forma deixou.

Milhares de pessoas querem deixar a sua marca no mundo, seja escrevendo um livro, tornando-se um artista, buscando cura de doenças, desbravando o mundo, ou simplesmente vivendo.

Diariamente deixamos nossa marca, com nossas atitudes, sejam elas boas ou ruins. Quando agradecemos, fazemos e aplicamos o respeito e a consideração em todas nossas ações.

Dizem que, só seremos esquecidos quando a ultima pessoa que conhecemos deixar de pensar em nós. Pode ser verdade isso. Nada é imortal, nem Michael Jackson, nem Juscelino Kubitschek, nem Hitler. Lógico que, eles entraram pra história, com suas virtudes ou defeitos. Uma ressalta para história e não imortalidade. Eles hoje fazem parte da história, e isso não os imortaliza.

Faça sua história, empenhe-se em viver o hoje, e não trame planos mirabolantes para impretar na memória das pessoas sua fisionomia. É completamente normal ser esquecido de vez em quando – e até que é bom, dependendo da ocasião.

Ontem, naquele dia pra chamar de meu, todos os que eu queria que lembrasse, lembraram (talvez a força do meu pensamento tenha sido estupidamente forte), e quem não lembrou, eu simplesmente não lembro e não importo.

Não quero ser esquecida quando eu morrer, também quero deixar minha marca no mundo. Mas por hoje me satisfaço em fazer minha parte, não carrego nada além do que eu aguento. Vivo esquecendo as pessoas, e sempre recebo uns descontos por isso. Uma mão lava a outra, também dou uns descontos. Hoje esqueço e amanhã eu serei esquecida. Antes uma ausência respeitada do que uma presença desaforada.

Deixe sua marca do mundo, mas não viva em função disso. Apenas VIVA. Veja o exemplo do bolo gelado, ele não foi esquecido.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Envelhecer é fato



E hoje, eu atinjo a marca de ¼ de século. Um marco histórico, levando em conta que eu realmente nunca me imaginei com tal idade. Os últimos 365 dias foram realmente de decisões, onde diversas dúvidas surgiram, onde me questionei de diversas atitudes que tive. Ou seja, até para as mulheres, os 24 anos é a idade de tomar decisões.

Se eu focar meu pensamento na idade, cairei em tremenda depressão. Então focarei tal data, como uma retrospectiva, vendo toda a evolução que tive nesses 25 anos de existência, de forma grata. Lógico que, esquecerei muita coisa, mas isso é totalmente perdoável.

Em 1988 nasce mais uma geniosa brasileira, daí por diante surgem passos, palavras, birras e beleza. Eu era uma criança extremamente linda e bochechuda (Ainda dou bochechuda). As peripécias da infância, desde pular rampas de bike, apertar a campainha e sair correndo e guerra de coco de cachorro. Primeiro dia de aula na escolinha, os novos amiguinhos, a primeira bicicleta rosa (Sim, eu já fui doida por rosa), as viagens, toda paparicação. Daí começa a segunda leva da minha vida: quando eu deixei de ser a bonequinha de porcelana de todo mundo, e os primos começaram a surgir. Daí surge o irmão, e uma penca de primos. Pra mim, era um monte de bonequinhos novos pra mim. Adorava dar mamadeira para cada um deles, fazê-los dormir, e gargalhar com cada um dele. Os brinquedos deles eram meus. Uma fase inovadora e divertida.

O corpo começou a desenvolver, as bonecas foram deixadas de lado, mudei de escola, novos amiguinhos surgiram, eu odiava meu cabelo de Vanessa da Mata, conheci minhas melhores amigas, passei no vestibular e entrei pra faculdade. Queria ser jornalista, virei bacharel em Direito.

A faculdade foi um choque de realidade. Pra quem estava acostumada a levantar as 05:00 a.m e dormir as 21:00 p.m, teve que revolucionar o fuso do corpo: Eu estava virando gente grande. Primeiro emprego, estudando a noite, saindo de um grupo de faixa etária igual, para outro onde eu era a mascote e o ancião tinha 82 anos. Conheci o salto alto, smirnoff ice e a falsidade.

Completei 18 anos, tirei carta, me achei indestrutível e sabe tudo e literalmente cai do cavalo. Eu era apenas uma garotinha aprendendo a ser gente grande. Acredito que isso acontece com todo mundo.

Comprei minha biz, ganhei horas a mais para dormir, troquei de emprego, troquei de turma, peguei alguns exames da faculdade e tive que me virar sozinha no novo trabalho. Tudo bem, tirei de letra.

Me formei, reprovei diversas vezes na OAB, fiz pós graduação, viajei para metade do Brasil, atravessei fronteiras vizinhas, namorei e terminei. Hoje namoro e não termino.

Aprendi com meus erros e com os erros alheios. Cresci, amadureci, criei minhas próprias opiniões, e continuo na batalha. Tenho poucos e ótimos amigos. Cada um com sua sabedoria e companhia indescritível.

E eu sou realmente muito feliz com o que me tornei, com o que conquistei, e com cada pessoa que tenho ao meu redor. Envelhecer é fato, é necessário. É ótimo ser dona do próprio nariz e gastar o próprio dinheiro com as próprias vontades.

Hoje tenho bons amigos, um cachorro lindo, um namorado confiável, uma mãe mais temperada. Hoje eu deixei aquela menininha insegura com medo do mundo, e deixei brotar uma mulher que sabe o que quer.

Em 25 anos sofri muitas transformações, mas hoje estou mais perto do que realmente quero ser, do que há 24 anos.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Orgulho de ser brasileira



Ontem fui passear no shopping, e passando na frente de uma vitrine quase tive um ataque do coração quando vi uma blusinha com uma estampa de todas as capitais do Brasil. Eu queria porque queria aquela blusinha pra mim. Mas eu não tive tempo para comprar pois estava atrasando meu namorado para a final do Campeonato Paulista. Mal dormi a noite pensando apenas naquela dita cuja.

Não sou uma consumista desregrada, mas confesso que, se eu vejo uma blusinha com o Cristo, um boné de Bonito, uma bolsinha de Fortaleza, eu vou e compro, sem dor nenhuma no coração. De cada estado que visitei, trouxe uma camisetinha e um chaveiro a tira colo, como se fosse uma parte daquele lugar dentro da minha casa (Quando não trouxe miniaturas dos museus, estatuas, etc).

Independente do que acontece no Congresso Nacional, no Morro do Alemão, no Centro de São Paulo, no interior do Nordeste, no meio da Amazônia, eu tenho orgulho de ser brasileira. Não só porque a economia vai razoavelmente bem, as praias são lindas e as montanhas também. Eu tenho orgulho pelo todo.

Orgulho pelos índios que lutam por seus direitos. Orgulho pelas pessoas que não se envolvem em escândalos. Orgulho pelas praias lindas. Orgulho pelas montanhas exuberantes. Orgulho pelo crescimento cultural. Orgulho pelos museus, artistas, praças. Orgulho pelas frutas que só tem aqui. Orgulho pelo Cristo Redentor ser uma das 7 maravilhas do mundo moderno. Orgulho pela minha cidade ter sido considerado o 2º melhor clima do mundo. Orgulho da tapioca do Ceará, do acarajé da Bahia, do chimarrão do Rio Grande do Sul, da urbanidade de São Paulo, das dunas de Santa Catarina e Rio Grande do Norte, das florestas do Amazonas, do carnaval de Pernambuco, dos Mirantes do Espírito Santo, das cachoeiras e queijos de Minas Gerais, da natureza do Mato Grosso do Sul, das Chapadas do Mato Grosso, da diversidade do Paraná, pela modernidade do Distrito Federal. Orgulho dos profissionais que se destacam em outros continentes.

Por mais que existam países mais desenvolvidos, com exemplos a torto e a direita do que é boa educação e boa saúde, eu não consigo me ver sendo outra coisa do que brasileira.

Eu gosto do verde das florestas, do azul do mar, do amarelo do sol, completamente misturados na bandeira. Sou completamente apaixonada por essa mistura de culturas e sotaques que meu Brasil me fornece. O calor escaldante e do frio que congela as entranhas. De norte à sul e do centro-oeste todo.

Sempre estarei de braços e mente aberta para receber o meu país, com todos seus defeitos. Porque o que amamos e sentimos orgulhos, aprendemos a respeitar as diferenças.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Enfim, o fim!


Tudo na vida, como de praxe, tem inicio, meio e fim. Ninguém começa pelo meio ou pelo fim. Sempre tem o ponto de partida, ou seja, o inicio.

É triste ver o fim do sorvete que você tanto adora, assim como daquela viagem maravilhosa que você está curtindo a beça. É ótimo ver o fim daquela novela que está chatíssima, assim como, daquele semestre da faculdade que passou se arrastando.

Nem todo fim é trágico. Nem todo fim é triste. Nem todo fim é mau.

Terminar um namoro de 10 anos que não tem mais sentimentos não é trágico, é libertação. Você está se desfazendo de algo que não faz mais as borboletas invadirem seu estomago, de alguém que não te completa mais. Foi ótimo enquanto durou, mas agora, faça a fila andar. Se quiser, passe um tempo só. Você só com você. Isso é ótimo! Nada faz crescer melhor e da forma mais correta do que a solidão.

Vida são fases. Você começa pela infância, e vem o tempo e coloca um fim a isso, te jogando pra puberdade, onde os hormônios estão a flor da pele, transformando seu corpo, seu temperamento, suas idéias. Enfim, o fim da infância! Doeu? Não doeu nadica de nada...

O fim é algo natural, é do ciclo da vida. Se começa, um dia acaba. O sorvete acaba; um livro acaba; o colegial acaba; um namoro acaba; a faculdade acaba; uma conta acaba; nossa vida acaba.

Sofrer com o fim é burrice! Entro em agonia ver alguém se lamentando: “Vivemos juntos 10 anos e tudo chegou ao fim desse jeito!”. Ok, você poderia ter terminado com menos drama e tragédia, concordo. Mas, criatura divina, acorda pra vida! Se acabou, é porque sua missão está mais que cumprida, sua lição de casa está mais do que feita! Permitir-se a transformação, não é um fim, é o inicio de uma nova era, um novo ciclo.

Vamos facilitar: um livro é repleto de capítulos. Cada um sobre uma determinada fase, correto? Sua vida é exatamente isso! Repleta de capítulos, de lições de casa, que conforme você for solucionando, sai de cena e novas coisas surgem!

O significado de “Fim” é Conclusão. Ou seja, tudo na vida precisa estar concluído. Digo de tudo: Seu trabalho, seu relacionamento, sua vida, seu eu. Às vezes, o fim é o inicio de tudo. 

Arrependimento


Em algum momento de nossas vidas topamos com sentimentos estranhos, sentimentos esses que podem ser traduzidos com uma única palavra – arrependimento. Mas arrependimento do que? Sei lá, de tanta coisa. Basta abrir o desktop da sua memória e começar a puxar lembranças.

Arrependimento de ter cabulado aula, arrependimento de ter usado aquela roupa nada a ver naquela festa séria. Arrependimento de ter dito certas coisas no calor da discussão, arrependimento de não ter pedido desculpas. Arrependimentos diversos.

Só que, se analisarmos friamente, esses arrependimentos passados, por mais que achemos que estejam esquecidos, resolvidos, não estão. Atrasam nossas vidas, nos fazem carregar aquela sensação de culpa permanente, que vai pesando nas costas que nem uma mochila cheia de roupa molhada.

Aquela velha história que não adianta chorar sobre o leite derramado. Se o leite caiu, a solução é limpar a sujeira feita e: pronto. E nesse exemplo, devemos aplicar a mesma atitude para os problemas que surgem, e por algum motivo qualquer deixamos pra lá. É preciso encarar de frente, limpar a sujeira, organizar tudo, assim evitando sentimentos futuros de arrependimento e culpa.

De nada adianta se sentir culpado eternamente por um deslize qualquer, crucificando-se pelas próprias atitudes, sendo que, errar é totalmente humano e, reconhecer os próprios erros, e melhorar na intenção de evoluir é fantástico.

E repito mais uma vez, como uma música melosa de campanha eleitoral que gruda na mente: Não adianta nada chorar a vida inteira, por um erro cometido. Se a pessoa te perdoou, ótimo. Se não, perdoe-se. Aprender com o que deu errado nos ajuda a fazer escolhas melhores e torna nossa vida muito mais leve e feliz!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Um dedo de prosa



Perdemos o hábito de conversar. Assim como, o hábito de escutar. No mundo de hoje, cada um está mais preocupado em alcançar resultados, resolver os próprios problemas que, esquece que além de não ser um robô, e possuir diversos sentimentos, desde alegria intensa e frustração profunda, as pessoas que vivem ao redor vivem o mesmo dilema.

Escutar o que o próximo tem a dizer virou um fardo, onde os minutos voam e a hora participa de uma maratona, e o chefe quer o relatório pra daqui meia hora. Falar abertamente e sem agredir o colega, com palavras bem colocadas tornou-se impossível, pra uma geração que quer chegar ao topo rapidamente, sem ao menos saber o que é o verdadeiro significado de escrúpulos.

E a profissão que mais está em alta, ganhando rios de dinheiro, sem ficar caçando cliente a torto e a direita, sem cumprir metas absurdas estipuladas são os psicólogos e psiquiatras, que são literalmente pagos para escutar os problemas alheios, e  poder orientar para uma inversão de atitudes, para desbravar sentimentos como culpas, arrependimentos, tristeza, inferioridade, orgulho, indiferença.


São jovens depressivos, jovens mergulhados no pânico de não chegarem onde sonham chegar, que não vivem o aqui e agora de forma a ser feliz hoje, e não esperar que a felicidade só chegue quando aquela meta ser atingida, ou aquele sonho realizado, aquele salário cair na conta bancária, aquele número ser sorteado no jogo da sorte.


A felicidade deve ser vivida no hoje, com as pequenas conquistas e derrotas diárias, com a total compreensão que, a felicidade não depende tão somente de várias conquistas, vários cargos, carros do ano, família perfeita, emprego dos sonhos, uma boa psiquiatra e alguma válvula de escape.


Cada um tem a própria válvula de escape: uns caem na noite, outros caem no álcool, outros tantos afundam-se no trabalho ou nos estudos, e tem aqueles que, simplesmente rendem-se ao seja o que Deus quiser.


Corra atrás de seus objetivos, valorize sua saúde, expresse suas opiniões e seus sentimentos, saiba escutar o próximo, e não chegue ao ponto de se sentir pressionado pelo mundo, a ponto de pirar e não conseguir visualizar nenhuma alternativa sã a tomar.


Equilíbrio é o ponto chave de viver nesse mundo opressivo, e dedicar-se a um dedo de prosa, por mais trivial que venha a ser, tem sido uma maneira muito relevante de nutrir a esperança de que felicidade pode ser sentida e vivida diariamente – em doses homeopáticas, porém, diárias.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Boicotando-se



Você sabe o seu valor? Você tem orgulho do que você é? Você já colocou na ponta do lápis todas as suas conquistas? Ou apenas consegue apontar para as próprias falhas e fracassos?

Muitas vezes falamos: “Fulano me boicotou em tal projeto”, mas você já parou pra pensar quantas vezes se boicotou? Todas as vezes que não deu valor ao próprio trabalho, se achava pouca areia pro caminhão de determinada pessoa, não acreditava nas próprias conquistas, e não se achava merecedor das coisas boas que estavam acontecendo, era uma forma de boicote (Repense!).

Você se boicota quando acha que não merece qualidade de vida; quando não visualiza que também tem direito ao sol e a ser feliz; quando se prende a um trabalho, pois acredita que, é um profissional incapaz de evoluir em qualquer outra empresa; quando pensa no outro primeiro antes de pensar no próprio bem estar.

Não quero dizer que você deva se torna um egoísta descompassado, que pisa em tudo e todos, para chegar aonde se quer. Não é nada disso. Mas alguns “não” devem ser ditos, em alguns momentos devemos anular todos os pensamentos negativos que surgem de supetão em nossa mente e acreditar que somos capazes de conseguir tudo aquilo que almejamos e merecemos. Merecemos ser elogiados pelo bom desempenho no campo profissional, devemos ser reconhecidos como bons filhos e bons pais, devemos reconhecer que, apesar de todos os defeitos que temos (alguns defeitos podem até ser qualidades) somos capazes de melhorar, e devemos ser gratos a nós mesmos por toda essa possibilidade de evolução que nos damos diariamente.

Veja sua posição hoje, analise tudo o que conquistou e como conquistou. Desde a graduação, o primeiro carro, a casa, superação de uma doença, ou de uma perda. Analise o quanto você é forte, o quanto você conquistou por próprio mérito e o quanto ainda conquistará.

Todos nossos fracassos e vitórias dependem apenas de nós mesmos. Devemos saber reverter tudo o que nos acontece ao nosso favor. Um congestionamento pode permitir a leitura de um livro, apreciar uma música no rádio ou apenas organizar o porta-luvas. Um atraso no vôo te permite passear pelo aeroporto, comer alguma coisa, interagir com alguém.

Você não viaja porque te obrigam a viajar. Você viaja porque acredita que merece uns dias de folga depois de tanto trabalhar. Seja na praia, seja na montanha, seja no próprio país, ou em outro continente. Você tem consciência de que precisa de uma recompensa pelo trabalho desenvolvido.

Não devemos ter medo de buscar a felicidade, não devemos ter medo das coisas boas que nos acontecem, e não devemos ter receio nenhum de dar um basta em coisas que só nos fazem mal. Chega de falsa modéstia. Assim como, devemos manter a limpeza de nossos quartos, o mesmo vale para nossas vidas.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Bolo gelado



Na reta final do último ano que terei 24 anos e naquele clima de nostalgia de festas anteriores, me bateu um vazio imenso quando resgatei bem lá do fundo da minha memória, algo que me tornava imensamente feliz, naquela data que era o estopim de alegria. Abre parênteses. Não farei festa, não comemorarei isso, nem qualquer coisa do tipo, é apenas um desabafo. Fecha parênteses. Ele simplesmente sumiu das minhas festas e de todas as festas que compareci por todos esses últimos anos, talvez tenha sido sequestrado: o bolo gelado.

O bolo gelado que causava delírio na garotada, era muito mais esperado que o próprio bolo de aniversário. Ficava no fundo da geladeira, todo embrulhadinho de papel alumínio, a espera de ser consumido por todos aqueles pestinhas esfomeados, que depois de muita corrida, brincadeira e comilança, ainda tinham apetite de sobra para aproveitar o melhor da festa. Só de lembrar, me dá água na boca!

E juntamente com o bolo gelado, sumiu das festas o pão com carne maluca, os cajuzinhos, brigadeiro e beijinhos enrolados, a tubaína em garrafa de vidro. E tudo isso deu vazão as coca colas plastificados, brigadeiros e beijinhos de copo, as frituras. As brincadeiras pela vizinhança foram trocadas por piscinas de bolinhas e fliperamas sob os olhos desatentos de monitoras.

Aniversário é sinônimo de pura diversão e muita comilança. E aquela bexiga imensa repleta de balas dentro? Chapéus a postos que a alegria já vai comer, juntamente com um banho de farinha, pra diversão ser bem mais intensa.

Docinhos surrupiados na escuridão dos parabéns. Disputa por línguas de sogra, chapeuzinhos e um lugar ao lado do aniversariante, para sair bonito nas fotos.

Nessas festas futuristas, chiques de vazias de verdadeira diversão. É o palhaço que assunta as crianças, o mágico que não tem paciência, as monitoras que não estimulam as crianças a brincar de verdade, e a comida que mais é feijão com arroz, do que as gostosuras que esperamos numa festa de verdade.

E quando as pessoas vêm me perguntar o que eu quero de presente de aniversário, eu digo: Bolo gelado. Talvez isso seja apenas um grito desesperador para que paguem o resgate e tragam o bolo gelado de volta para nossas geladeiras.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Águas turbulentas




E quarta foi assim: Só América do Sul, Europa e Ásia marcando presença, para discutir sobre a temperatura da água. Oceano Atlântico, Índico ou Pacifico? Tinha que entrar pra ver. O árbitro da situação era impassível, dizia apenas: Depende de Estado para Estado.

A intenção era um só ritmo entre as nações. O exercício fora proposto, e cabia a cada um fazer sua parte. Se um discordasse, atrapalharia o desenvolvimento do outro. Mas sabe como é, a Europa, por ser a mais velha da turma, estava indo contra todas as regras. A única finalidade era a corrida dos cavalos, e pouco se importava com que o árbitro dizia e mandava, e muito menos escutava seus colegas: América do Sul e Ásia. Detalhe: a corrida de cavalos, não era o objetivo principal da tarefa.

Uma ressalva: daquele trio o único digno de ser pacifista era o Continente Asiático. Mas acredite, até ele acabou perdendo a paciência com a Europa. Indignado com tal rebeldia, tenho argumentar diversas vezes sobre tal conduta, mas em vão. A América do Sul, irritada com a indiferença do árbitro com tal ultraje, tomou as rédeas da situação, e como Dom Pedro I, as margens as margens do Ipiranga, só que no Caso da América do Sul, às margens do Oceano Atlântico (descobriu-se que a água não era tão gelada quanto imaginavam, e sim, o Oceano era o Atlântico) gritou: Disciplina ou Barra. Daí com tal atitude, a Europa resolveu que, só a corrida de cavalos não bastava. As dificuldades seriam necessárias para conseguir o resultado proposto.

Depois disso, o ritmo começou a fluir e a sintonia pairou no ambiente. As águas ficaram turbulentas, graças ao empenho dos Estados em finalizarem a tarefa com toda a perfeição que a missão exigia. O árbitro gostou de como a meta se desenvolvia, e a diplomacia reinada em pleno Oceano.

E quando a tarefa terminou, todos os Estados estavam cansados, porém, muito satisfeitos com o resultado. Cada um seguiu seu caminho, com a sensação de missão cumprida.

Moral da história: Quando o trabalho em equipe é feito em prol da equipe, tudo sai como o planejado. Se cada um fizer a própria parte, fica mais fácil de conseguir o resultado desejado.