Esta é um carta verídica, de um consumidor que teve seu direito violado.
Há 25 anos comprei uma lava
louças BRASTEMP, que funcionou muito bem durante todos esses anos, até o mês de
abril de 2013, quando essa heróica máquina não aguentou mais e partiu desse
mundo.
Muito contente
com esses 25 anos de serviço, sai com minha esposa a procurar uma nova
lava-louças da BRASTEMP.
Entrei na Loja
Fast Shop da Rua 23 de maio n.º 1947, no Shopping Paulista, no dia 24/05/2013.
Durante a escolha da máquina, vimos outras marcas e outros modelos da BRASTEMP, mas queríamos a mais moderna
- o lançamento - e, após analisar várias máquinas, adquirimos uma lava louças
Ative 12 Serviços da BRASTEMP, por R$ 2.899,00. Na hora de preencher o
pedido, uma das perguntas que a vendedora fez foi: “VOCÊS QUEREM 110 W OU 220 W?”.
Como sou
Engenheiro há 30 anos e sei que utensílios que esquentam água como chuveiros e
outros, funcionam melhor e sem oscilação no 220 W. Não tive dúvidas, minha
resposta foi: “ 220 W”.
Em seguida minha
esposa foi até o caixa e deu seu cartão para o pagamento e
saímos felizes para esperar a chegada da máquina. Após alguns dias, o motorista
e o ajudante de caminhão da loja, pararam em minha casa e descarregaram a máquina
BRASTEMP. A levaram até próximo à cozinha, abriram a caixa e perguntaram se era
a máquina que tínhamos comprado.
E lá estava a “minha
BRASTEMP”, pensei. Vai aliviar as
lavagens de prato, que eu encaro, de vez em quando, nos fins de semana. Feliz,
coloquei a máquina no mesmo local, embaixo da pia onde a outra BRASTEMP ficou e
funcionou por 25 anos. Mãos à obra! Engatei a entrada e a saída de água, coloquei
na tomada, enchi de louças e liguei. Que maravilha!! Lavou e secou tudo. “Passou
no teste!”, pensei.
No próximo fim de
semana, (uso somente nos fins de semanas, quando a louça dobra encima da pia) todo contente, coloquei os pratos e talheres na lava louças e liguei
novamente. Não aconteceu nada, ela estava quieta, não funcionava. Ai peguei o
manual e fui fazer as verificações. Tirei e recoloquei as mangueiras, e ai
desta vez com os óculos (pois tenho 2,5 graus nas lentes) vi que tinha uma
etiqueta que dizia: Voltagem 110.
Aí começou meu
calvário!
Liguei na Loja e
consegui falar com um gerente de nome Alexandro e expliquei que tinha comprado
220w, e entregaram 110w e como eu já tinha tudo pronto para a máquina ( local
onde funcionou há outra tanto tempo) não coloquei os óculos para conferir, se
era 220W e não 110W (Uma sugestão: a BRASTEMP deveria obrigar que técnicos instalem
suas máquinas, assim como outras fazem, exemplo: LG, Electrolux e outras). O
consumidor tem que estar atento se não, vai para o buraco.
Ai depois de
diversas ligações o Sr. Alexandro me passou o número do SAC da Brastemp. E eu liguei
para o SAC, e uma atendente me passou o número do protocolo, dizendo
que eu deveria procurar a loja, pois, a
loja vendeu 220w e entregou 110 w. Veja
que, na nota que me entregaram no dia da chegada da máquina não dizia que
voltagem era. Liguei diversas vezes no telefone que essa funcionária da
BRASTEMP me deu, e só dava
gravação. Nunca mais consegui falar com ela.
Aí fui para a
assistência técnica e nos primeiros dias de junho retiraram a máquina para
conserto.
A assistência
técnica que me atendeu foi a Ati-Servi Eletro Domésticos Ltda. E ai, começa a segunda temporada do seriado. Primeiro:
precisava de uma placa para ver o que tinha sido danificado, placa esta que,
chegou às mãos da assistência em 08
de julho de 2013. Segundo: somente dia 27 de julho de 2013 recebi um
orçamento, dizendo que tinha que ser trocado uma eletrobomba e uma válvula de entrada.
Como já não
aguentava mais, autorizei imediatamente o conserto. E depois de vários e vários dias de espera, mais
precisamente no dia 03 de setembro de 2013 recebo um e-mail da assistência com
os seguintes dizeres: “O motor e as outras peças da lava louças já
estão conosco. Está faltando apenas, um interruptor de porta. O prazo para
entrega da sua lava louças ocorrerá, no mais tardar dia 20/09/2013.
Atenciosamente, Ana”.
Esperei mais uma
vez, mas a máquina não veio. Bastante pressionado pela minha esposa (com total
razão, pois não aguentava mais tanto descaso), nos dirigimos novamente até a
assistência técnica no dia 04 de outubro de 2013 e fomos informados pela Sra.
Eva que ainda faltava mais uma placa que a BRASTEMP
AINDA não tinha entregue.
Portanto, resolvi
escrever e contar o absurdo pelo qual estou passando, por ser um consumidor de
terceiro mundo. Pois em um país sério, essa loja e essa fábrica já teriam
resolvido esse problema.
Comprei em
25/04/2013. Hoje é dia 08/10/2013. (Quase seis meses depois e ainda não usei a
máquina)
Vejam: meus
pagamentos estão em dia. O que não está em dia é o conserto da minha máquina.
Depois que essa carta chegou na BRASTEMP, nas mãos certas, o caso foi solucionado. Uma nova máquina foi entregue ao consumidor.
Aqui não é o canal do Celso Russomano, mas a carta, repleta de indignação e ironia com os envolvidos, que não estavam nem ai para o consumidor, querendo que ele se cansasse e desistisse, teve um desfecho favorável. Milhares de pessoas no Brasil, deixam para lá, em casos como esse, por causa do descaso. Muitas vezes, nem PROCON e nem Celso Russomano conseguem resolver a situação, por causa do descaso absurdo por parte das empresas.
Mas sabe porque isso acontece? Porque tem muito funcionário insatisfeito com o emprego, que apenas cumpre metas, não quer saber dos danos que pode estar causando.
Essa história é real, o nome do consumidor foi preservado, mas o da loja e da assistência não.