sexta-feira, 5 de abril de 2013

E o papa disse tchau...


E o PAPA renunciou ao seu posto. Já ouvi falar em ex-marido, ex-prefeito, ex-diretor, ex-presidente, ex-padre, ex-madre, ex-dependente químico, ex-namorado... Mas ex-PAPA? Vivi o suficiente para presenciar tal acontecimento. A decisão foi baseada entre muita coragem ou muito desespero, ou um pouco de cada. Ele apresentou os argumentos que lhe convinha - ou desculpas - e pronto. Sabe-se que, há um motivo, de força muito maior que o fez renunciar a todas as regalias que tinha no posto - quase vitalicio - que ocupava, mas ele teve coragem de colocar um basta na situação, que no seu ponto de vista, não era mais vantajosa.

Agora surge o questionamento que não quer calar: Se até o Papa renunciou a um carga de grande importância, porque logo você, ficará arrastando anos de sua existência em um emprego chato e medíocre que não te satisfaz nem na remuneração? Se o Papa cansou de tantas coisas que não estava ao seu alcance solucionar, de cobranças baratas e sem lógica, porque logo você ficará dando murro em ponta de faca, sabendo que a única alternativa possível é mudar de tática?

Vendo por esse lado, percebe-se que o desapego deve ser aplicado, livrando-se de culpas e cobranças que não lhe competem, a coragem tem que ter um pouco de insanidade, e certas coisas devem ser feitas e pronto, independente do que o mundo inteiro irá dizer. 

O que realmente importa, no final das contas, é a satisfação pessoal em fazer o que se acha ser o certo, a opinião alheia realmente não importa, quando este quesito for primordial para sua qualidade de vida.

Lógico que certas vezes dá uma vontade louca de partir dessa pra uma melhor, na esperança de lá ser bem melhor mesmo, assim como dá medo de ser infeliz pra sempre. O jogo pode ser invertido, as coisas podem sim melhorar, só depende de certos elementos essenciais, ou seja, um pouco de sorte, um pouco de coragem, e um pouco de desespero. Não entregar os pontos facilmente quando valer a pena, restar alguma esperança, por menor que seja, mas também ter o bom senso de sair de campo quando perceber que não há outras solução, além de tirar o time de campo.

O caminho pode ser árduo, mas a recompensa sempre é válida. Para cada decisão há uma renúncia, há prós e há contras. Se o Papa pode renunciar a comodidade e regalias vitalicias, eu também renuncio a tudo que não me cai bem.


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