domingo, 31 de março de 2013

Transbordo




Copo meio cheio? Copo meio vazio? Não, o copo está completamente preenchido, uma única gota a mais, ocasionará um transbordo. Transbordo de sentimentos diversos e intensos. Uma única gota é capaz de transformar ondas tenebrosas.

O respeito, a confiança, o amor, vai escorrendo com a água. É raiva, mágoa, decepção, que se mistura e vai inundando tudo e deixando rastro. 

Se não tivéssemos defeitos, não nos agradaria tanto notá-los nos outros. Defeitos exaltados, qualidades esquecidas. 

E o copo meio cheio, é o copo meio vazio. Meio termo, equilíbrio. E ter equilíbrio, é ter virtudes e defeitos, saber conviver com ambos, dosar a apresentação de cada, ser bom e ser ruim, ser forte e ser fraco, ser ou não ser. 

Transbordar sentimentos, sejam eles bons ou ruins, necessitam de equilíbrio. Saber o limite, quando parar. Em excesso, se torna lesivo, um exagero, logo, desnecessário. 

Exceder muitas vezes é inevitável. Inevitável de prever, sentir, deter. Viver sobre os trilhos, quando não se sabe onde vai chegar é desnecessário, para alguns pode ser normal. Mas ser normal não é tão legal assim, se seu biótipo for meio maluco. 

Precisamos de um pouco de insanidade, estupidez e negligência. Esquecer da dieta, falar alguns palavrões, sair sem rumo. Encher nossos corações de motivação e ir atrás do que realmente importa, desde desvendar mistérios, como simplesmente observar o movimento do mar. 

Um viva as insanidades, praticadas como um templo a vida. Um brinde a razão que preza pela integridade física. Um salve bem grande as duas juntas que, quando trabalham em equipe deixam que as lembranças sejam a melhor resposta quando o desespero aperta.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Tchuca da titia



Mais linda que ela não existe.
Mais inteligente acredito que também não.
Ela é doçura, delicadeza, esperteza e alegria num só ser.
Segundo suas próprias palavras: É muito feliz, vive muito feliz.
Apaixonada por barbies,
Deslumbrada pelo amor,
É sim o xodó do vovô,
O amor da mamãe,
A adoração da vovó,
A tchuca da titia.
Seu sorriso é contagiante,
Suas bochechas são tão deliciosas que dá vontade de morder.
Adora balançar bem alto na rede para chegar rápido na Bahia.
Na beira-mar no trenzinho da alegria tem que andar.
Jardim japonês visitar,
No mar extravasar,
Na areia da praia criar,
Castelos, piscinas e até o mar.
Dançar é um hobby, se for com o vovô é uma recreação.
Amizades só com as meninas,
Com os meninos ainda não é tempo não.
Falar ao telefone é diversão,
Gosta de usar salto alto e passar batom.
Reza  toda noite pro papai do céu dar saúde
E todo dia pro papai da terra dar uma nova boneca.
É tão linda que parece de mentira.
É tão feliz que chega a ser irreal.
É tão amável que parece impossível.
É tão flor de jasmim que fico só com Yasmin.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Nada


E o nada não conforta, fica estagnado no tempo. No tempo que não anda, que sobra, que aflige, que não leva a absolutamente nada. O pensamento em nada, a palavra em nada, a resposta em nada.

E quando a resposta é nada, é sinal de que tudo quer ser dito, vomitado, despejado sem cerimônias, sem meio termo, sem meias palavras, sem nada a temer – lavar a alma, libertar os demônios, derrubar barreiras, livrar-se das correntes da censura. 

A censura leva a nada, e é um nada forçado, reprimido, violado. É quando não se pode nada, nem viver como se quer, nem falar como se quer, nem pensar como se quer. Grades da perfeição alheia, grades da própria submissão.

E o nada que não aparece, para que possa se perder em meio ao nada, não pensar em nada, não falar nada, não viver nada. 

E é disso que precisamos: nada. Ele se torna essencial ao passo que, o tudo já não satisfaz. Quando as companhias incomodam, os pensamentos atormentam, as pretensões escapam em meio aos dedos, quando as dúvidas são maiores que os sonhos, quando as respostas são vagas e indeterminadas.

E se no nada a paz estiver, é pelo nada que eu começo a minha batalha.


terça-feira, 26 de março de 2013

A primeira perda


A tchuca é uma prima em segundo grau, de apenas cinco anos, que está mais para sobrinha muito bem amada, do que para prima. Ela mora a quilômetros de distância, uma pena, mas é sempre muito presente em minha vida.

É uma garota inteligentíssima,  pergunta tudo, sabe tudo, e tem uma animação de dar inveja a todos, além de ser muito carinhosa e bem amada, mas infelizmente ela teve sua primeira perda recentemente.

Tudo começou numa semana cultural no colégio onde estuda. Semana cultural infantil é cheia de atividades para prender a atenção da garotada, e a pequena tchuca assistiu teatros, brincou e dançou muito, e ganhou um novo amiguinho: um peixinho.

Ela adora animais. Vivia brincando com o Pompom e o Guegueto da titia Manu, mas queria mesmo é ter seu próprio bichinho. Então dá pra imaginar a felicidade dela com seu novo amiguinho? Indescritível.

Logo que chegou a sua casa, ligou correndo para a vovó, para contar a novidade. Relatou que ele era o peixinho mais lindo do mundo dos peixes, que pulava e brincava bastante, que o amava do fundo do seu coração, que estava muito feliz com seu novo amiguinho, que iria alimentá-lo adequadamente – e que ele estava com fome e logo menos daria mais ração, toda aquela euforia deliciosa que só uma criança consegue expressar. Encerrou a conversa com a vovó, e foi se juntar ao seu novo e inseparável amiguinho.

Minutos depois, voltou a ligar para a vovó, só que aos prantos. Entre soluções sentidos, dizia a vovó que ele tinha morrido, que isso não podia ter acontecido já que ele era muito feliz na nova casa, que ela estava pedindo pro papai do céu trazer ele de volta, que ela não queria que ele partisse, já que mal tinha chego. E ali, a tchuca sentiu pela primeira vez dor de perder alguém especial.

Talvez o peixinho tenha morrido pelo excesso de comida, morreu literalmente pela boca, mas essa não era a intenção da tchuca, ela estava zelando para que ele se sentisse bem e feliz, para que não sentisse fome.

E essa história real que tem como protagonista uma criança e seu primeiro animal de estimação, pode servir como lição para nós adultos.

Muitas vezes o excesso de zelo é como um tiro que sai pela culatra, em vez de fazer bem, faz mal. Os excessos devem ser evitados e monitorados, pois o que é bom pra gente, não pode ser pra outra pessoa.

E em toda nossa passagem, iremos perder pessoas queridas e animais queridos, às vezes pela força do destino, e outras, por força de nossas ações.

Que a tchuca supere a primeira perda sofrida da melhor forma possível, e sempre se lembre do seu primeiro amiguinho todo saltitante e feliz, nadando em sua casinha.

Que a cada perda sofrida em nossas vidas, essa perda seja superada também, da melhor forma possível, sempre vendo o lado positivo da história – o outro lado da moeda, porque mesmo quando a gente perde, a gente ganha. 

Aceitando-se como se é




“A receita é uma só: fazer as pazes com você mesmo, diminuir a expectativa e entender que felicidade é não ter. É SER!”

Uma ótima frase, dita por alguém que desconheço, mas que vem repercutindo velozmente nas redes sociais. Nela só há verdades. Verdades doídas para alguns, verdades bem encaradas por outros. Verdades e ponto.

Sempre preguei que a felicidade deve surtir de si mesmo, nada de ficar esperando sua numeração da mega sena ser a sorteada, muito menos achar milhões numa mala abandonada na rua, para poder fazer aquela viagem dos sonhos. Trabalhe, invista e vá.

Nada de ficar colocando responsabilidades nos outros pelos seus fracassos, suas idiotices inevitáveis e muito menos pela sua felicidade. Ninguém, absolutamente ninguém neste planeta e nos outros existentes é responsável pela sua felicidade além de você mesmo.

Aceite-se como é: sendo ruiva, magrela, gordinha, vesguinha, tímida, espalhafatosa, fora de moda, mega inteligente, com distúrbio de atenção. Se aceite e trabalhe para melhorar gradativamente. Nada de punição, lamentação, depressão, etc. Perdoe sua gula em frente aquele pudim delicioso. Perdoe sua falta de firmeza em não continuar a academia. Perdoe suas fraquezas que tanto você vem moldando e obtendo sucesso.

Nada de acreditar que, aquela Ferrari vermelha zero na sua garagem vai trazer a melhor felicidade intergalatical. Nada de achar que roupas de marcar, muitos imóveis e alguns bilhões de dólares é a solução para todos seus problemas. Claro, dinheiro, casa, e roupa novinha dão aquela sensação de êxtase ótima – mas não é tudo.

Amigos verdadeiros, uma família bacana, um animalzinho de estimação, uma bicicleta, alguns chocolates... Isso também traz felicidade. Brincar de fazer bolo de barro com uma criança, ou empinar pipa. Jogar bola ou passar a tarde inteira vendo desenho com um balde enorme de pipoca traz felicidade.

Jogar baralho com bons amigos numa noite chuvosa. Andar de mãos dadas pelo parque com alguém especial. Tomar sorvete sentado na calçada contando os carros pretos e pratas com aquela companhia fantástica.

Felicidade é ser simplório, aceitar que as pequenas coisas trazem momentos mais marcantes e felizes do que muito dinheiro acumulado na conta bancária.

Dinheiro ajuda a conquistar alguns sonhos: ter um carro bacana, viagem uma vez por ano, ter uma casa, comprar tranqueiras para decoração, jantar fora com a família ou sozinha. Mas não é tudo.

Felizes são aqueles que se aceitam exatamente como são. Sempre buscando melhorar, mas não pulando degraus e etapas, e nem pisoteando pessoas para conquistar essas riquezas superficiais e fúteis, que vem destruindo amizades, laços familiares e deteriorando cota sanguínea por onde passa.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Um anjo



Ela é diferente. É uma amiga de verdade, mesmo que mal te conheça. Fala belas verdades sem veneno nas palavras. Sábia, inteligente, agradável. Há conheci através de ótimas palavras. Palavras que, se encaixam perfeitamente com seu perfil. Fiquei curiosa, eu sou curiosa. A partir daquele momento encontrei a amiga idealizada, conselheira sábia, a família sem cota sanguinea, que eu podia escolher

Mãe que qualquer pessoa gostaria de ter, avó dos sonhos, amiga de coração, irmã de alma. Ela é diferente de qualquer mulher que eu já conheci em toda a minha existência. Indescritível.

Vejo-me nela, ela provavelmente se vê me mim, talvez um espelho de confrontação: Passado e Futuro. O presente somos nós. Mesmo signo, apenas algumas décadas que nos separam. Mesmos princípios? Seria prepotência demais dizer que sim. Podemos pensar iguais, mas eu ainda preciso conhecer muita coisa que o mundo quer me mostrar, amadurecer idéias, rever princípios, focar o caminho, e viver sem barreiras.

Objetiva, sabe o que quer. Fala o que deve ser dito. Nela eu encontro as respostas, a motivação, a paz de espírito que tanto almejo. Ela não entrega o peixe, ela ensina a pescar. Autodidata, ela é espetacular. Uma bruxa? Tenho minhas duvidas... Mas não ouso sequer perguntar. Ela dá indícios, ela esconde o jogo. Ela é muito mais do que isso, ela é muito mais do que toda suposição do mundo.

Secretaria, executiva, terapeuta, psicóloga, adivinha, bruxa, anjo. Ela é uma mistura de tudo. Sabedoria vasta, palavras bem colocadas. Se eu a admiro? Quero ser que nem ela quando eu crescer. Eu sou fã de carteirinha e descaradamente.

Essa descrição pode ser da sua mãe, tia, irmã, prima, avó, amiga, namorada, psicóloga, bisavó, psiquiatra, professora, bruxa, desconhecida, cada um tem o anjo que merece e na hora que precisa. O ponto crucial do equilíbrio no meio da corda banda. Palavras necessárias que abrem os olhos, puxões de orelhas que alertam sobre alternativas, tapas na cara que acordam pra vida.

Não é questão de ter toque e insistir na porta que está trancada. Não é questão de se sentir culpada por optar por uma vida melhor sem determinadas pessoas. A questão é simples, ser feliz com as oportunidades que surgem, reverter situações ruins em ótimas e vantajosas. Por em prática aquilo em que se acredita. Vestir a camisa e ir à luta. O único limite é aonde  e até onde queremos ir.

Chame-a como quiser, eu tenho a petulância de dizer que ela é um anjo que caiu na minha vida para me dar uns tapas bem merecidos: eu estava dormindo no ponto!

Voando




Ontem quando sai do aeroporto de Brasília, o céu estava super fechado, com nuvens mega carregadas. O avião levantou voo e uma nova imagem surgiu... Um sol meio alaranjado, se despendido apenas para nós que estávamos a bordo, nuvens branquíssimas, que nem de longe lembram as nuvens que eu visualizei pouco antes, e por incrível que pareça, tinha um arco-íris. Fiquei encantada, hipnotizada com tal espetáculo, de certa forma, particular.

E fiquei observado, observado, alheia a tudo e a todos que estavam a minha volta. Apenas apreciando meu momento no céu, naquele lugar que me transmitia paz e me tranquilizava  numa viagem única, onde eu acreditava estar a caminho do paraíso, rumo a um lugar melhor (Embora eu estivesse voltando para São Paulo).

E eu descobri como eu amo voar, e como sou grata por todas as pessoas que trabalhou duro para inventar essa máquina, esse lugar único onde por algumas horas ninguém conseguirá me localizar pelo telefone, onde me encontro segura de qualquer tecnologia rotineira que suga meu tempo.

Eu pude observar o sol indo para o outro lado do mundo, enquanto se despedia de mim, de todos aqueles que estavam apreciando sua presença onipotente, iluminando nossos rostos e todo feliz por ter cumprido seu dever.

Aquele foi meu momento de meditação, onde consegui desligar meu corpo e o meu cérebro, e literalmente ficar no céu, entre as nuvens, pensando em absolutamente nada, nem nos comissários que logo apareceriam me oferecendo coisas para comprar, nem no barulho da turbina, enfim, em absolutamente nada.

Não sei quando será minha próxima meditação aérea, mas posso dizer que cada vez que meu pezinho toca o chão de qualquer aeronave, algo em mim muda completamente, e eu só consigo aproveitar aquele momento, seja pensando em nada acordada, ou pensando em nada dormindo. 

Memória péssima



Descobri que tenho uma memória péssima. E não falo isso porque não lembro a fisionomia de alguém, ou o nome, ou por viver esquecendo onde coloco minhas coisas, data de aniversários, consultas agendadas há tempos, de passar recados urgentes.

E não entra na categoria o fato de não absorver a matéria estudada, não lembrar as frases fantásticas que dizem no final dos filmes e não conseguir anotar ou esquecer o que estava falando.

Por que eu tenho uma memória péssima? Vivo me esquecendo de viver, de fazer coisas que me causam bem estar, alegria, euforia, prazer! E por mais que vivam a gritar que a coisa mais difícil na vida é viver, eu me recuso a acreditar em tal besteira. Pode até ser um pouco difícil, mas não impossível.

Viver não é difícil, a vida não é difícil, uma prova não é difícil, viajar não é difícil, ser feliz também não. Difíceis somos nós, seres complicados, remetidos a questionamentos intermináveis, levando em conta que temos tempo certo de permanência nesse planeta enigmático, e que não aproveitamos adequadamente esse tempo, desperdiçando-o com picuinhas, preguiça, falta de bom senso.

São as escolhas, essas sim, que transformam nossas medíocres vidas em fáceis ou difíceis. Uma vida fácil é quando você enxerga tudo pelo melhor lado, uma vida difícil é quando você acredita que tudo conspira contra você.

O cérebro é um músculo que precisa ser exercitado mais que os bíceps. O cérebro é um depósito de informações seguríssimo, território inviolável, livre de patrulha – a não ser de si próprio.

Viva o que há pra viver, esqueça o que é melhor esquecer. O mundo não conspira contra você, mas você precisa estar conspirando ao seu próprio favor. 

Aprendendo a pescar



Nascemos, e depois deste fato histórico, vamos desenvolvendo nossas habilidades. Aprendemos a pedir as coisas sem palavras, depois a falar, começamos engatinhando, para depois andarmos. Logo vira uma cascata de acontecimentos: o crescimento traz a abertura para questionamentos infinitos sobre tudo e todos. O porquê do sol ser quente,  das ondas do mar, dos cachorros não falarem, e assim por diante.

Aprendemos a reconhecer as letras, formar palavras, pronunciá-las corretamente. Aprendemos a andar de bicicletas com rodinhas, depois que a segurança aumenta as abandonamos e andamos apenas sob duas rodas com as mãos de nossos pais segurando, até olharmos para trás e percebermos que somos só nós e a bicicleta – o equilíbrio quase perfeito se o medo não ocasionasse o tombo.

Em toda a vida será assim: precisaremos e seremos professores de novos pescadores. Ensinaremos as formas de pescar, a maneira mais correta, mas não devemos dar o peixe de bandeja. Conquistas verdadeiras são feitas pelos próprios méritos. Tudo que vem fácil vai fácil, não tem valor, não tem apreço.

Levar tombos de bicicleta até conseguir se equilibrar e coordenar pedalada, direção e velocidade. E tudo na vida será assim: na base do equilíbrio, coordenação. Saber a hora de desacelerar, perceber a hora melhor para pescar. Dinheiro não cai do céu e nem nasce em arvores, peixes não pulam no colo para servirem a mesa, e conhecimento é adquirido diariamente através de leitura, experiência, vivencias, erros e conquistas.

Sair da rotina é necessário, faz bem a saúde. Viajar, ler um livro, tomar um banho de sal grosso direto da fonte – o mar -, tentar ser artista – seja na dança, na pintura, na escrita, na atuação. Nada de copo meio vazio, meio cheio. O meio termo não conforta.

É preciso buscar maneiras diferentes de chegar aos sonhos, objetivos, desejos. É preciso reinventar as atitudes, mudá-las quando for necessário, quebrar regras que não se adéquam a sua forma de viver.

Esperar que tudo venha de mão beijada é questionar a própria capacidade de aprender e evoluir. É entrar em fogo cruzado sobre os próprios méritos, sobre o sentido da própria vida.

Somos seres humanos necessitados de evolução. Precisamos constantemente aprender sobre diversas coisas, para saciarmos a sede de conhecimento que cada um carrega dentro de si.

Sonhar acordado às vezes é necessário, e nem sempre é aconselhável. Colocar em prática é mais emocionante, é desafiador. Superar os próprios limites, os próprios conhecimentos, ir além do que suponha. Precisamos nos surpreender periodicamente.

Aprenda a pescar, não espere pela boa vontade alheia em lhe trazer o peixe. Às vezes o que sobra, é o que nos falta. 

quinta-feira, 21 de março de 2013

Tristeza não se põe na mesa



A tristeza faz algumas pessoas cortarem os cabelos, e pintarem de ruivo, loiro ou preto. Faz pessoas ganharem ou perderem peso – de acordo com suas tristezas. A tristeza faz alguns jogarem tudo pro alto e sair em busca da felicidade que tanto querem; já outras, afundam-se em calmantes e medonhices, esperando a vida tomar as rédeas e colocar o trem de volta ao trilho.

A tristeza em si, não é algo triste e muito menos lamentável. É algo contornável. Assim como é impossível uma pessoa todo santo dia ser plenamente feliz, ela também não pode ser plenamente triste.

A tristeza para alguns, é um estimulo para reverter o jogo. Transformam corações em pedra, sentimentos em grandes geleiras. Para outros, transforma absolutamente nada – inércia pura e quieta. A vida, mais uma vez, que resolva o que eu não sei resolver.

E milhares de pessoas diariamente são diagnosticadas com depressão e tristeza profunda. A solução? Comprimidos de todos os tamanhos e cores. Para uns, dois por dia basta. Para outros, tem que ser de quatro em quatro horas. Droga licita, tele transportação para um mundo irreal e quase não-imaginário.

A cura para tristeza é vontade própria. Tem que partir da própria pessoa, e não de um diagnóstico médico de um estranho que sabe quase tudo na teoria, muito menos de um psicólogo que mal participa da sua vida diária. E muito menos de comprimidos manipulados e tóxicos que só vão deteriorar seu estômago.

Uma leitura, uma viagem, um cachorro, uma atividade física ou artística. Uma proximidade com alguém distante, feridas bem limpas e fora de risco de infecção – talvez um misto de tudo isso já ajude a eliminar a tristeza aguda de sua vida – Basta você conhecer os motivos e as causas que desencadearam esta tristeza sem fim.

Frases prontas, vazias e tediosas nem sempre são sintomas que a tristeza esteja pairando no ar. A morte de um parente querido, próximo e fundamental. A perda daquele objeto de infância que você tanto preservou. Os sonhos que escaparam entre os dedos que nem água, por falta de coragem de reinventar.

A tristeza bate na porta de toda casa diariamente e ela chega a ser chata de tão insistente que é. Uns abrem a porta e depois a mandam embora, outros a colocam no quarto de visitas. Tristeza não se põe na mesa, e muito menos no quarto ao lado. De preferência, não deve viver nem na própria vizinhança.

Cabe a cada um determinar quanto tempo a tristeza deve ser hospedada em seu lar. O que ela vai ensinar com a chegada e a hora que ela deva partir. Tudo que fica tempo demais acaba sendo destrutivo.

Assim como felicidade é um estado de espírito, a tristeza também é. Cabe a cada um, no seu próprio ritmo, definir o estado que melhor se apropria a sua vida.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Bruxas



Bruxas nos causam arrepios desde a infância. Era a bruxa malvada dando uma maça envenenada para a pobre Branca de Neve, jogando feitiço e dando o sono eterno para a Bela Adormecida. Bruxa transformando príncipes em sapos, princesas em gata borralheira e por aí vai. Com um pouco de ira, inveja, cauda de rato, veneno de cascavel, alho, olho de dragão, e puft! Poção mágica mortal realizada a espera de sua primeira presa.

Ainda existem Bruxas, de todos os gêneros. Altas, baixas, com verruga, sem verruga, magras, gordas, boas e más. Bruxas que se camuflam entre nós, seres mortais e desatentos. Bruxas que nos ajudam a melhorar de vida, que nos aconselham de forma indireta, e sabem truques simples para melhorar nossa vida.

Fadas que são bruxas. Bruxas que são fadas. Cada mulher tem um pouco de bruxa dentro de si. Sabe ouvir a intuição, identifica emoções reprimidas, detectam mentiras, simulam desconhecimento, dão um jeito para o jantar ficar pronto na hora certa, e mantém a casa um brinco. Desdobram-se em mil: Enquanto trabalham, programam viagens, agenda o banho do cachorro, finaliza um trabalho da faculdade, faz lista de compras, reserva uma mesa do restaurante amado pelo casal, remaneja o horário da ginástica, atende ao telefone, apresenta relatórios. Bruxas fantásticas que dão conta do recado.

Bruxas modernas que não perdem o tempo fazendo feitiços contra os outros, investem em si própria. Ajudam no que podem e não metem o nariz onde não foram chamadas.

São amigas, conselheiras, amantes, cozinheiras, empresárias, artistas, dançarinas, equilibristas, turistas, idealistas, sonhadoras e trabalhadoras.

Uma bruxa reconhece outra. Uma bruxa ajuda a outra. No fundo cada mulher tem uma bruxinha escondida dentro de si. Algumas reprimem, outras libertam.

E ser bruxa não é uma maldição, conforme nos ensinaram na infância: é abertura de portas e janelas para o mundo.

terça-feira, 19 de março de 2013

Controle interno



E tem gente solta por aí com a breve ilusão de que controla completamente a própria existência. Inerte a mudanças. Ateu de corpo e alma. Com convicções suficientes. Mundo intocável.

Todavia, a verdade é clara o bastante: Não se controla 100% a própria vida. Na infância, quem tem as rédeas da situação são os pais. Na adolescência, são os sentimentos que dominam; já na fase adulta, são as convicções errôneas e o orgulho petrificado.

A individualidade em alguns momentos é necessária, mas é no trabalho em equipe que as idéias mais empolgantes surgem e acontecem. Equipe? Eu disse equipe? Que equipe Meu Deus? A equipe que se une, se ajude, compartilha idéias e as aperfeiçoa.

Divergências de opinião sempre existirão isso torna a convivência de certa forma interessante. A peculiaridade de cada um é o que o diferencia. Quem é que gosta de conviver com sombras que vivem a seguir nossos passos e não tem opinião própria?

É bom, vez em outra perder o controle da situação e percorrer caminhos ora evitados. É normalíssimo se sentir confuso, optar pela pior alternativa e voltar atrás, começando o trajeto por outra perspectiva.

A vida é isso: ângulos diferentes, para pessoas diferentes, embora situações iguais. Mutabilidade. Flexibilidade.

O sentido da vida? Difícil. Para cada pessoa o sentido tem um peso maior, é vivido de uma forma única, e é diverso. Uns seguem as regras e se sentem satisfeitos, outros não seguem as regras e chega a mesma satisfação. O importante mesmo é ter um sentido, uma motivação, aquilo que encoraja a receber a cada novidade, cada oportunidade com todo o prazer do universo.

Certas coisas são descobertas na solidão, ou na prática. Não existe manual de instruções, ou um livro de auto-ajuda que explique sobre as dificuldades que surgiram no decorrer dos anos, e como encarar cada uma delas. Isso requer prática, depende do DNA, pode ser fácil, como também pode ser difícil. Pode doer, como pode não doer. O importante é descobrir e saber fazer bom uso desse aprendizado.

A única certeza que temos desde o principio, é que um dia nossa breve existência chegará ao fim. Enquanto o coração estiver batendo e o sangue correndo pelas veias, sempre será hora de começar e recomeçar quantas vezes for necessário, seguir em frente em busca de ideais, sonhos, paz, alegria, seja lá o que for sua busca.

Ficar em cima do muro vendo a vida passar, achando que está tendo uma ótima vista, é um tremendo desperdício. Arrisque-se sempre que achar que deve e, principalmente na dúvida. Se você ouvir seu coração e usar a cabeça, nunca estará errado.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Domingo



Domingo tem significado para muitos: Para os solteiros: bullying. Para os casados: dia de visitar a sogra. Para alguns: dia de praticar esportes, ir ao parque de diversões, compras no shopping, dia de não fazer absolutamente nada, ou se empanturrar de tanto comer.

Domingo é dia de planejar todos os afazeres da semana. É dia de arrumar o quarto, organizar a mente, pensar na vida, curtir uma deprezinha básica, ou uma partida de futebol pela TV. É dia de curtir o cachorro além da conta, ler um livro. Simplificando: Curtir a vida na mais calmaria e do modo mais “slow” que se pode ter.

A maioria dos domingos são decisivos para muitas pessoas: os estudantes. Sejam aqueles que ingressam para a vida universitária, ou aqueles que almejam a carreira pública.

Segundo domingo de maio é dia das mães, o segundo de agosto é dos pais. E vem gente falando que domingo não é dia importante? Pelo amor de Deus, domingo é o dia perfeito pra você: fazer tudo ou não fazer nada.

Domingo não exige que você acorde cedo: Você só faz se quiser. Ele não exige que você saia para uma reunião chata e que não terá resultados: Você só vai se quiser. Não te obriga a atender telefones: Você atende se quiser.

Ele te presenteia com 24 horas para fazer o que bem entender, na hora que bem entender, e ainda te dá à liberdade de escolher se sai da cama ou não. Ele te dá uma folga pra recuperar a ressaca do dia anterior, ou uma oportunidade de fazer um bate-e-volta pra praia.

Domingos são decisivos, são confortantes. Para alguns é um dia chato, pois é uma abertura para a segunda-feira, temida por muitos e odiada por quase todos.

Domingo foi feito pra quem realmente sabe aproveitar uma boa comida, uma boa companhia, uma boa descansada, um bom divertimento, e até uma boa organização mental.

A única negatividade no domingo é o trânsito pra voltar pra casa: Mostra que a abdução acabou, e ao planeta terra fomos jogados de volta: Pra na segunda-feira voltarmos a lutar por nossos sonhos e objetivos – Por desistir, só no domingo.

Rasgando o verbo



Que eu não tenho paciência pra muita coisa, isso não é segredo pra ninguém. Não tenho paciência pra televisão, reclamação, sermão, conversão, indecisão, e assim por diante.

Quer ou não quer. Sim ou não. Vai ou fica. Sempre serão duas opções. Sempre serão dois caminhos. Não existe espaço pro talvez na vida daquele que sabe o que quer, vai à luta dos seus objetivos. Não existe meio termo na vida de um sonhador realista. Ser ou não ser, eis a questão!

Toda família tem um mala, toda família tem uma perua, toda família tem um primo querido e uma avó que conta vantagem da juventude, dizendo que sua juventude é de merda. Todo mundo tem um amigo folgado, todo mundo chora sozinho, todo mundo no fundo quer ter um porto seguro no futuro.

Se você não sabe o que quer ser quando crescer, tudo bem! Você tem essa escolha: Saber e não saber. Todos nós somos revestidos de opções, podemos decidir o que queremos ser a qualquer tempo, em qualquer lugar. Podemos ser ricos ou pobres de espírito. Podemos tudo, a todo o momento. Esse papo de que o destino não flui pra você, é conversa furada. Nem digo que é conversa pra boi dormir, pois não quero ofender o pobrezinho do boi. O destino te ajuda, se você ajudá-lo. Lei da reciprocidade, bebê.

Ser paciente é uma virtude invejável. Mas ser um parasita a espera de uma intervenção divina mude a vida drasticamente, é o cumulo da ilusão. No século 21, ou você faz as coisas acontecerem, ou você é empurrado velozmente para um abismo. Não existe mais essa de que o destino vai se encarregar de solucionar seus problemas, ao menos que você queira virar um pedinte nas ruas das principais capitais brasileiras.

Ser jovem é a etapa de começar a plantar projetos, sonhos, trabalhar ativamente para progredir. Jovem envelhece, vira idoso, precisa ser cuidado. A vida não é só open bar, micaretas, baladas e pegação. É preciso olhar mais adiante, pensar em um futuro bacana e estável. Ou você acha que seus pais serão eternos?

Irresponsabilidade nas esquinas, incoerência nas atitudes, falta de firmeza nas decisões, excesso de mimação. Falta de respeito ao próximo, ao meio ambiente, com si mesmo. O mundo gira em torno do próprio umbigo, e o resto que se exploda.

Maduro ou imaturo. Responsável ou irresponsável. Feliz ou triste. Vivo ou morto. Saudável ou doente. Ou isso ou aquilo. Começo e fim.

Ultimamente eu tenho rasgado o verbo, já que não posso rasgar o sujeito. 

Insônia



Passa-se das três da manhã. Olhos arregalados, livros devorados, cama revirada, travesseiro socado, e o sono perdido em becos escuros em um subúrbio qualquer. Só pode ser.

Ter um sono digno de Bela Adormecida chega a ser uma luxuria em tempos atuais, como por exemplo, hoje. O tic tac do relógio ganha volume e causa ecos. As horas voam, e a impaciência com o sono que está atrasado, só aumenta.


Amanhã pela manhã, pode apostar, vou querer conversar pessoalmente com o encarregado responsável pelo setor do sono. Preciso reclamar sobre os atrasos, que tem se tornando constante, do sono chegar até minha residência, conforme consta no contrato firmado entre nós. O estabelecido era: no mais tardar, as vinte duas e trinta. Clausula claríssima, que vem sendo descumprida descaradamente pela outra parte, o sono, é claro. Pois eu, as dez em ponto, já estou na cama, aguardando sua chegada.



Nem os pesadelos, nem estes estão cumprido o contrato. Chega a ser uma afronta. Apenas olheiras chegam sorrateiras, me transformando em uma panda na calada da noite, onde todo gato é pardo.

O relógio aponta quatro horas, o tédio chega, para fazer companhia a impaciência e a raiva. Foco na respiração, pra ver se consigo trazer o sono de volta pra mim. E se eu for numa cartomante? Será que ela trás meu amor (o sono) de volta? Tópico que daqui a pouco, colocarei em pauta.

E o tempo vai passando, me bombardeando de pensamentos, aflições, memórias, remorsos, dúvidas, revoltas. Minha bateria? Longe de estar na reserva.  Continuo pensando. Resolvo ler, mas a leitura não será na mesma excelência de sempre. E o pensamento solto rouba o vestígio sequer que restava de sono em meu corpo.

Chega cinco da manhã. O primeiro galo já acordou. Como sei? Acabou de berrar escandalosamente avisando pra galinhada levantar que o sol já está raiando. De repente, minha bateria chega nos dez por cento.

Talvez seja hora de eu parar de escrever, pois o sono chegou bem atrasado, todo sorrateiro, pisando em ovos. Aproveitar que ainda me restam duas horas para recarregar minhas forças, já que minha bateria está literalmente na reserva. Só assim para eu conseguir desativar a insônia, e dar um descanso ao meu corpo e a minha mente.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Granada



E tem dias que é assim, é como se fossemos granadas ambulantes, prontas para detonar com tudo e a todos ao nosso redor, com um simples movimento não calculado. Dias que é impossível conter a diplomacia, a cordialidade, o sorriso falso do rosto de que está tudo sob controle, quando na verdade nada está.

Para alguns é o excesso de responsabilidade. Por ter um cargo de alta confiança, por serem muletas de alguns familiares, de terem que lidar com pessoas problemáticas, difíceis, carentes e irritantes.

E talvez seja mais fácil explodir e detonar a tudo ao redor, deixando cacos, fragmentos espalhados para todos os lados. Deixar vestígios de que ouve uma guerra naquele ambiente. Ter feridos, mortos e dilacerados.

Palavras que machucam, atitudes que bombardeiam, cobranças que violam a liberdade de querer viver bem.

E enquanto vivermos em função dos outros, nos alunando, nos inferiorizando, iremos desencadear doenças incuráveis, revoltas incontroláveis, raivas profundas e tristezas irreversíveis.

Não precisamos ser pessoas-bombas, nem viver metralhando ofensas a torto e a direita para os folgados, intransigentes e patéticos que cruzam nossos caminhos. Também não devemos ter sangue de baratas e sermos sugados pela hipocrisia alheia.

Nossas vontades, nossas idéias devem entrar em pauta a cada assembléia/auditoria realizada em todos os setores de nossas vidas. Seja na vida pessoal, profissional, acadêmica. Você não é uma marionete, e muito menos um robô ao qual tenha que seguir todas as regras pré-estabelecidas pelas leis humanas que é cheinha de falhas, e onde não te respeita como pessoa.

Respeite-se, assim conseguirá e saberá como é respeitar alguém de verdade. Respeito não é baixar a cabeça, e sim estar de cabeça erguida falando olho no olho, e mostrando seu lado. Se a outra pessoa não souber respeitar o seu ponto de vista, talvez seja melhor você começar a respeitar o meio ambiente. Se não está agradando – retire-se.

Não faça mau uso do seu livre arbítrio, não viva infeliz e se lamentando pelas escolhas não feitas, atitudes não tomadas, e pelos sonhos engavetados.

Não há idade limite para lutar pelos sonhos, ser feliz, e se impor para o mundo. Não estou falando que você deva ser um ditador como Hitler, Stalin, Fidel, entre muitos outros que vivem por ai, soltos ou mortos pelo mundo, mas que você imponha suas vontades perante o mundo, sem ferir a liberdade de ninguém – inclusive a sua.

Ser granada, além de destruir tudo ao redor, vai dilacerar por completo, com você mesmo.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Abre Aspas


Pequena observação relevante caso não tenha notado: Esses textos são crônicas. Daí você me pergunta: Mas o que é uma crônica?!?!

E eu lhe respondo com o maior prazer: Crônica nada mais é do que fuxico tecido em palavras, conversa entre amigos.

=)

Quebrando regras



O funk quebra conceitos. Quebra regras, principalmente as gramaticais. Mas diga-me, o que é quebrar regras pra você? É pegar o carro escondido de seus pais na madrugada de sábado e encher a cara de cerveja quente? É cabular aulas na faculdade? É falar mal do patrão? É não ir trabalhar plena segundona pra pegar uma praia?

Talvez quebrar regras não seja um simbologismo medíocre. Talvez seja apenas, um passo para aceitar melhor o que a vida te propõe. Se você não está feliz no trabalho, melhor pedir as contas e ir em busca do que te satisfaz. Se você é gay e tá no armário, não espere nenhum Mario vir até você, abra as portas do armário e assuma-se. Ser gay não é doença, não é vergonha, é ser apenas o que se é. Quebre as regras e não se submeta a coisas que detesta. Comer torta de morango, por exemplo. Não se force a passar o domingo inteiro na casa da avó, já que não gosta.

Permita-se ir mais longe do que sonha. Alias, permita-se sonhar mais alto. Acredite nos seus sonhos, embora já tenha caído do cavalo algumas vezes. Tudo acontece quando não forçamos a barra. Quando não forçamos que as coisas aconteçam. Até o próprio tempo não gosta de ser cobrado.

Vá ser feliz, quebrando ou não regras, pegando atalhos ou seguindo o mesmo caminho. A vida vai sempre te reservar boas recompensas em momentos certos, quando o tempo tiver no tempo certo.

Enquanto isso vá quebrando conceitos, preconceitos, regras, menos as gramaticais. Só não quebre suas oportunidades, e muito menos, seus sonhos.