Copo meio cheio? Copo meio
vazio? Não, o copo está completamente preenchido, uma única gota a mais,
ocasionará um transbordo. Transbordo de sentimentos diversos e intensos. Uma
única gota é capaz de transformar ondas tenebrosas.
O respeito, a confiança, o
amor, vai escorrendo com a água. É raiva, mágoa, decepção, que se mistura e vai
inundando tudo e deixando rastro.
Se não tivéssemos defeitos,
não nos agradaria tanto notá-los nos outros. Defeitos exaltados, qualidades
esquecidas.
E o copo meio cheio, é o copo
meio vazio. Meio termo, equilíbrio. E ter equilíbrio, é ter virtudes e
defeitos, saber conviver com ambos, dosar a apresentação de cada, ser bom e ser
ruim, ser forte e ser fraco, ser ou não ser.
Transbordar sentimentos, sejam
eles bons ou ruins, necessitam de equilíbrio. Saber o limite, quando parar. Em
excesso, se torna lesivo, um exagero, logo, desnecessário.
Exceder muitas vezes é
inevitável. Inevitável de prever, sentir, deter. Viver sobre os trilhos, quando
não se sabe onde vai chegar é desnecessário, para alguns pode ser normal. Mas
ser normal não é tão legal assim, se seu biótipo for meio maluco.
Precisamos de um pouco de
insanidade, estupidez e negligência. Esquecer da dieta, falar alguns palavrões,
sair sem rumo. Encher nossos corações de motivação e ir atrás do que realmente
importa, desde desvendar mistérios, como simplesmente observar o movimento do
mar.
Um viva as insanidades,
praticadas como um templo a vida. Um brinde a razão que preza pela integridade
física. Um salve bem grande as duas juntas que, quando trabalham em equipe
deixam que as lembranças sejam a melhor resposta quando o desespero aperta.