sábado, 28 de setembro de 2013

Sem sentido



Muitas vezes você deve ter se perguntado qual o sentido da sua vida. Pode ter procurado em lugares errados, culpado Deus por não ter a resposta de imediato e o Google por não concluir a pesquisa. Essa  pergunta é uma das mais difíceis de ser respondida, porque não é algo de dentro pra fora, é de fora pra dentro. A vida nem tem sentido e nem é sem sentido.

O indiano Osho diz que a vida é simplesmente uma oportunidade. Oportunidade essas que, às vezes faz sentido, às vezes, não. Sabe por quê? Por que depende do que você faz dela. Depende da importância que você dá a vida.

Um exemplo: Tem gente que ve mais sentido em planejar uma viagem, do que de fato viajar. Porque no planejamento, a pessoa já viaja, e quando realmente coloca o pé na estrada, toda a euforia já passou. Tem gente que gasta o dinheiro com cultura, diversão, em vez de juntar grana para comprar uma casa, um carro, etc.

O sentido da vida varia de pessoa para pessoa. Não existe formula secreta, porque os sentimentos humanos são diferentes, as necessidades não são as mesmas. Pra alguns a vida ter sentido é ser vice-presidente de alguma multinacional e ter muita grana, para outros é trabalhar em pró de crianças carentes. Tem aqueles que acreditam que um mundo sustentável é o canal, mas tem outros  que acreditam que só meditar basta. Ta vendo como tudo é diversificado.

Na vida haverá momentos que absolutamente nada – repito – NADA fará sentido, nem dinheiro, nem viagens, nem casamento, nem emprego, nem sustentabilidade, nem política. E isso pode ser uma crise interna, mas são nas crises que descobrimos quão fortes podemos ser e a capacidade de evoluir e encontrar sentido no que estava sem sentido.


A saída é por dentro, no silêncio que nosso interior permite, onde escutamos nossa consciência, nosso coração. O sentido da sua vida, pode ser sem sentido. Mas o que importa é o que você sente.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Esquerda, direita


Bom, se com o título desta crônica, você acha que eu irei falar sobre política, partidos da direita (totalitário) e da esquerda (socialista), você se enganou. Falarei sobre lado direito e esquerdo. Lado direito - destro-; lado esquerdo - oposto do direito.

Ontem aconteceu algo que foi ao mesmo tempo cômico e preocupante. Em um memorial descritivo, de uma determinada retificação, troquei todos os lados "direito", por "esquerdo". Isso gerou risadas à principio, mas fiquei tão preocupada com o ocorrido que, já surgiu a hipótese de dislexia. Uma dislexia leve, mas que é dislexia. Sempre tive uma dificuldade imensa com direita e esquerda, desde a infância. Nem relógio conseguia acabar com essa confusão. Dar referência? Era certeza que eu faria a pessoa se perder. Direita e esquerda não pertencem ao meu mundinho.

Uma colega minha mandou eu parar de neurose e disse que é normal, coisas que acontecem. Meu patrão rachava o bico, e até sugeriu amarrar uma fitinha vermelha no braço direito para eu poder me situar. Braço direito?? Sim, aquele que você escreve, ou você é canhota? Para tudo, me perdi!

Brincadeiras a parte, muitos adultos sofrem de dislexia. Seja na troca de letras nas palavras, no direito e esquerdo, na compreensão. Coisas pequenas que passam despercebidas e geram algumas risadas, como se fossem distração, excesso de trabalho, cansaço. Pode ser tudo isso, ou não.

Observe as crianças com as quais tenha contato. Veja sua forma de falar, ler, a dificuldade que tenha no aprendizado, assim como outros sinais e sintomas. Os sinais, podem ser um pedido de ajuda indireta, exemplos é o xixi na cama, muitas infecções e alergias, dificuldade em compreender o que está ouvindo, distúrbios no sono, vocabulário pobre. Tudo isso pode ser sinal.

Mas nada de neurose e desespero. Mas não vale também, relaxar e deixar de lado. Dá pra ajudar, tem tratamentos médicos que amenizam. Observe as crianças, tenha paciência na educação, corrija-as quando falarem alguma palavra errada - mas corrigir, não é o mesmo que repreender.

Dislexia tem como cuidar, basta ter atenção e procurar um profissional. Mas nada de achar que nos exemplos que dei acima, você. As vezes é um parafuso a menos (que é o meu caso), já em outras, é um parafuso a mais ( o que não é o meu caso). Ou falta de direção de esquerda e direita, o que também é válido - quando distrai, causa risos.

Estou mais envergonhada do que encanada - ou os dois numa mistura intensa. Se é deficit de direção, dislexia, cansaço ou distração. Ficará para a pauta de amanhã. 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Ser mãe


Tem gente que fala que só dá pra ser mãe de gente, de animal nunca. Mas graças ao cara lá de cima, tem muitas outras pessoas que não pensam assim. Sim, eu sou mãe (assim me considero) de um maltês de 45 cm e 3,3 kg. Pequeno de tudo, peludo num todo, sapeca intergalatical. Charlie é o nome dele, falei sobre ele algumas vezes por aqui. 

Pois é, e como toda mãe, eu me preocupo com ele. Coisas do tipo: se está comendo, porque está espirrando (cachorros espirram, aprendi isso), o porque de estar agressivo, se está indo no banheiro direitinho, e assim por diante. Se ele cai, lá estou eu vendo se machucou e dando beijinho pra sarar. 

O maior divertimento desse branquelo é correr atrás de passarinhos. Na minha casa tem muitos, então ele escuta um passarinho cantar, pelo corredor ele sai a cantar as patas para um passarinho fisgar. Ele sempre consegue parar antes da escada, só que ontem, seus freios ABS ficaram a desejar: ele simplesmente saltou em queda livre de uma altura de 2,00 metros. Só escutei os gritos. Depois disso, eu voei escada abaixo para pegá-lo. 

Estava todo esticadinho, imóvel, olhos arregalados, sangue manchando os pelos brancos e tremendo. No calor da situação, a única coisa que pensei foi em pegá-lo e levá-lo ao hospital. Não escutava nada além de uma vozinha na minha orelha mandando eu voar para o hospital o mais rápido possível. 

Minha mãe me acompanhou, eu quebrei todas as leis de trânsito naquele momento (mais algumas, ainda falarei sobre a pior de todas qualquer dia desses), dirigir sem cinto de segurança, excesso de velocidade, ultrapassem perigosa, avançar o farol vermelho. Uma mãe fora da lei - desespero correndo nas veias. 

Depois de todas essas infrações, chego no hospital. A avó entra com ele, pois a mãe está os os nervos a flor da pele fazendo o cadastro. Depois de examinado, um medicamento para dor, nada de fraturas, só um ralado no queixo e na pata dianteira direita. Ufa... Posso respirar? Respiro, logo choro. Pode parecer a maior banalidade, mas é um choro de alivio tão grande. Ver meu branquelo, correndo pra lá e pra cá, todo feliz em me ver, só com alguns arranhões... Não tem preço. Para pagar as  as despesas com exames, remédios e consultas usei meu mastercard. É pra isso que serve cartão, né?

Ninguém me disse que ser mãe seria fácil, mas também não me disseram que seria tão mais difícil que levar para tomar vacina. O primeiro tombo, ele pode até esquecer, mas eu não. E para prevenir futuras aventuras de voo livre por parte desse serelepe, comprei um portãozinho, para ser um "air bag" quando os freios não funcionarem. 

Tirando o susto, ele está bem. E eu, me recuperando ainda. Prontos pra outra? Nem aqui, nem na China. 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Liberdade sem afronta


Conversando um dia desses com pessoas mais velhas, me surpreendi quando uma delas me disse que na juventude foi comunista. Na hora fiquei perplexa com tal descoberta. Pois na minha formação estudantil, não havia me esbarrado com professores comunistas (se eram, omitiram muito bem) e sempre soube do lado negro da história comunista que o Brasil teve.       

Não há comunismo sem ter uma ditadura. Dá pra ver claramente no mundo atual, pois ainda há alguns países comunistas, que estão caindo vagarosamente e mudando as rédeas do próprio destino. Hoje  o capitalismo talvez seja o único que forneça um pouco de liberdade, coisa que comunismo nem o anarquismo fornece.

Os adolescentes de hoje, em países capitalistas, provavelmente fariam uma baderna tremenda caso houvesse uma troca de “posição política”, e tivessem que ser castigados por qualquer coisa que fizessem que desagradasse o ditador.

Pesquisas apontam que os países comunistas são os que mais sofrem desigualdades, os que mais não respeitam a dignidade humana, e abusam da força para impor respeito e conduta.

Hoje, milhares de jovens e adultos abusam do poder de livre expressão em redes sociais e ofendem sem critérios religião, opção sexual, deficiência física de outras pessoas. Arma mais maléfica e perigosa do que as que os militares usaram no Brasil na época da ditadura.

A falta de respeito ao próximo, a ideia de que a lei o protege por falar o que bem entender, só mostra o quanto estamos desenvolvendo pessoas deficientes de educação, respeito, conduta e inteligência – pessoas que acreditam que, sempre serão impunes por seus atos inadequados perante a sociedade.

A culpa não é da lei que está exposta, e nem dos legisladores que tem pouco conhecimento na área para poder fazer algo que seja condescendente com a realidade.  A culpa não é do delegado que não prende os adolescentes bastardos que queimaram um índio vivo por diversão, muito menos do juiz que não decretou que eles morram queimados para sofrer a mesma dor. A culpa não é do advogado que está ganhando mais do que merece para defender os marginais elitizados.

A culpa é de todo mundo, de todos aqueles que vedam os olhos para não entender o que é bem claro e evidente. A culpa é de todos aqueles que se calam, se vendem por um pedaço de papel sujo colorido que tem algum valor para suas conquistas materiais. A culpa é da sociedade toda, que não faz nada para diminuir a corrupção e a violência da mesma.

A culpa é estritamente de cada um que não faz sua parte. Não é exclusivamente de beltrano ou sicrano, é de todo mundo, o tempo inteiro.

Que a liberdade seja usada sem afronta, sem ofensas, sem violação ao próximo, sem exageros. Todo mundo perde a própria liberdade, quando a do outro começa. Tá faltando um pouco de jeito para lidar com tudo, coragem para resolver os próprios problemas, e um pouco de boca fechada para não opinar no que não lhe diz respeito, um pouco de sangue e suor para transformar a própria vida positivamente.

Seja numa sociedade comunista, capitalista, anarquista, o que importa mesmo é ser consciência das próprias atitudes, respeitar as diferenças de raça, religião, ideologia.


Seu dinheiro um dia não valerá absolutamente nada. Sua conduta e seu caráter, é que darão o saldo final sobre sua vida: você escolhe o regime que melhor se adaptar a sua vida, desde que, saiba segui-lo de forma positiva e igualitária.

sábado, 21 de setembro de 2013

Falando sozinha


Me pego inúmeras vezes falando sozinha, isso quando, além de falar, estou gesticulando. E já vi milhares, digo – MILHARES de pessoas fazerem isso, a todo tempo, a todo lugar, a todo instante e deslize.

Se é loucura? Não sei. Se é doença? Também não sei. Só sei que, é absolutamente normal, de vez em quando, ou de vez em sempre, você bater papo com alguém inteligente - mesmo que esse alguém seja você.

Brincadeiras a parte, falar sozinho de certa forma é algo relativamente bom. É bom escutar a própria voz, sem ter necessariamente um interlocutor ao seu lado. Eu por exemplo, sou do tipo que gargalha sozinha na rua. Conhecidos já me flagraram inúmeras vezes rindo que nem uma louca. Risada gostosa, lembranças de coisas engraçadíssimas que retornaram do nada, sem aviso prévio, no meio da rua, e como não tinha ninguém para eu compartilhar tal momento de nostalgia, compartilhei comigo mesma: caindo na gargalhada.

Para muitos falar sozinho é a mesma coisa que pensar alto, talvez seja. Pensa-se algo, logo fala. E não é arrogância, prepotência, muito menos egocentrismo: Falar com si mesmo é uma prática de aprender a escutar a si. Quem fala com si mesmo, gosta do próprio ser, da própria vida, puxa a própria orelha quando percebe que esta fazendo coisa – ou coisas erradas. É uma forma de conversar com um interlocutor "invisível" e acertar todos os ponteiros.

Fale com você mesmo, de manhã, a tarde, ou antes, de dormir. Em frente ao espelho, tirando dúvidas, relembrando viagens. Ria sozinho, viaje sozinho, leia sozinho, fale sozinho: É importantíssimo aprender a lidar com a solidão e saber o que fazer nela e com ela, ao invés de viver amizades vazias, baladas vazias, casa vazia de sentimentos e auto-estima e cheinha de depressão. Estar sozinho às vezes é um luxo tão precioso, que devemos estabelecer que: Férias de todo mundo deverá tirada: principalmente daquela outra metade de você, aquela metade chata, exigente, perturbada, que vive sob pressão, dorme mal, vive mal, reclama de tudo.


Fale sozinha para abstrair sua vida: O mais importante de tudo na vida não é quem te distrai e te faz feliz, isso é importante, mas não merece estar no pedestal mais alto. Eu falo de se divertir por si só e se fazer feliz independente de não ter o salário reajustado, a família unida, a viagem sonhada, o namorado mais pontual do universo, ou os amigos mais ponta firme da face da terra. Nascemos sozinhos e daqui partimos solitários, aprender a viver consigo mesmo, tantos nas qualidades, quanto nos defeitos, loucuras e sanidades é essencial para que possamos lidar  com as duas faces de todos que cruzam em nosso caminho e complementam a nossa vida.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A graça da coisa


Muita gente vive procurando um sentido pra vida. Seja esse sentido através dos estudos, relacionamentos, conquistas espirituais ou materiais. Há grupos que acreditam de forma incondicional que, viver o hoje, gastando mais do que se ganha, é a forma mais sensata de se viver. Já outros que vivem a poupar dinheiro e tempo, economizam tanto que se privam de pequenas coisas. E tem um grupinho que sabe dar uma equilibrada nisso - não se privam de certos prazeres, mas também não caem de cabeça em miragens de vida feliz. Até porque, ser 100% feliz é impossível. Nossos sentimentos oscilam como a temperatura: tem dias que está um tempo aberto, outros dias tempestades, já outros, apenas tempo fechado. Adoramos cantar o hino dos descontentes a torto e a direita. Queremos sempre mais - SEMPRE.

Para alguns a graça da coisa é troca de carro todo ano, fazer muitas viagens, ter só roupas de marca, comer em lugar caro, viver em forma - tudo como estabelece o padrão de uma sociedade fútil. Não que seja futilidade você cuidar do seu corpo, assim como viajar, trocar de carro. Futilidade e alienação é você viver em FUNÇÃO disso. Devemos enxergar o prazer além das notas de onça. Devemos encontrar graça em coisas gratuitas, baratas ou caras. Em coisas materiais ou não. Viver em função do material causa frustração, assim como dos sentimentos. A ideia é balancear, encontrar o meio termo que traga aquela paz de espírito, que dê a sensação de que: "Estou chegando lá!".

Degrau por degrau, nada de querer ir além do que se pode. Ter ambição sim, de evoluir como pessoa, conseguir ter uma estabilidade, isso é bem legal. Mas por você, e não para desfilar e esfregar na cara dos outros. Há felicidade maior que, se fazer realmente feliz e estar satisfeito com a vida que se tem? Acredito que não.

A graça da coisa não é achar graça em absolutamente tudo na vida, mas achar graça nas coisas mais impossíveis de se achar. É não precisar de marcas e status para ser feliz, aprender com os erros, não crescer os olhos com as vitórias, sabe ouvir, assim como, falar. A graça da coisa é não viver a rotina como um ciclo vicioso. É dar tempo ao tempo, amor ao amor, liberdade à liberdade.


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Xiii... lá vem ela!


Que atire a primeira pedra quem nunca sentiu uma invejinha na vida. Inveja por aquela bolsa maravilhosa ser daquela menina chatinha e não sua. Inveja por seu amigo estar namorando e você aí, solteiro e largado às traças. Inveja por que sua mãe deu um presente super bacana pro seu irmão. Inveja porque a professora elogiou sua colega e não você. Inveja por não viajar para aquela ilha maravilhosa, mas sua prima sim. Inveja dos cabelos lindos da sua amiga. Inveja das manobras radicais que seu amigo faz com a prancha e você não.  Inveja da sua namorada que é toda extrovertida e corajosa. Inveja do seu namorado que é todo inteligente e responsável. Inveja daqui, inveja de lá. Inveja que já vem instalada da fábrica e aperfeiçoada com o tempo. 

A inveja, se formos pensar de uma forma bem simples, não é tão maléfica assim. Se você invejar a pessoa, mas com isso não afundar sua vida em lamentações e frustrações, correr atrás de conseguir um lugar ao sol, e conquistar coisas tão boas quanto as que seus amigos/familiares/namorados conseguiram, é uma boa desculpa para ter inveja - vira uma motivação, que gera superação.

Inveja é querer o que é do alheio, desejar o mal aos outros, só porque eles tem qualidades que você ainda não desenvolveu. Colocar a pessoa para baixo, enumerar defeitos, desestimular em planos, só porque não quer ver a pessoa progredindo e ser feliz - aí sim, é um espécie venenosa de inveja - que deve ser tratada com um especialista. A inveja fere mais a gente do que o invejado. Afasta amizades, cria uma nevoa densa em nossas cabeças, que só vetam a visualização da situação de uma forma mais positiva. Nem tudo que queremos acontece exatamente na hora que achamos que seja a melhor. Não podemos ser lindas, inteligentes, ricas, cheias de bolsas, viagens, roupas, cultura, especialista em computadores, leis, números, esportes radicais, sem quebrar uma unha sequer e despentear os lindos cabelos. 

Cada um com seu dom, cada um com sua missão, cada um exercitando a inveja que tem no DNA para conseguir subir degraus na vida, sem trapacear, ferir, humilhar ninguém.

Casais devem respeitar a relação e o potencial de sue parceiro. Amigos devem ser amigos tanto nas farras, quanto nos apertos. Familiares devem praticar a fraternidade e ter discernimento nas crises de inveja que pairar. Inveja que deve ser exercitada para o bem. Inveja reprimida é perigosa.

Nada de inveja no amor, na amizade, no trabalho. Nada de pensar que você não é capaz, e colocar todas as outras pessoas em pedestais. Inveja gera vitimização, tristeza, raiva, angústia. E ninguém quer ser vítima da própria vida. Segundo a religião católica, a inveja é um dos setes pecados capitais. Mas não acredito que a inveja, se bem focalizada e direcionada ao bem, ao crescimento, não venha a ser um pecado.

Se a inveja anda prejudicando sua capacidade de separar o que é bom e o que é ruim, se anda tornando sinuosa sua jornada por esta vida. Pare, reflita, e veja se vale a pena carregar esse sentimento com você - sentimento este, que desencadeia um monte de outros sentimentos nada agradáveis. Mas se a inveja tem feito você se empenhar em crescer como pessoa, transformar defeitos em qualidades, desenvolver suas inteligência e seu senso de responsabilidade, acreditar na própria capacidade de alcançar sonhos e objetivos por conta própria - você sabe lidar bem com tal sentimento.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Gritando baixo


Conheço uma pessoa que tem a fama de gritar baixo. Quem dera que essa pessoa fosse eu. Meus gritos são agudos. Mas faz um bom tempo que eu não grito de raiva e ódio, os gritos tem sido de euforia mesmo, mas continuam sendo altíssimos.

Bem, essa pessoa conseguiu me convencer de que gritar baixo é muito mais classudo e educado do que ficar aos berros querendo impor verdades, regras preestabelecidas que, pode não se encaixar no perfil da outra pessoa. Ninguém é obrigado a agradar ninguém, assim como, ninguém é obrigado a fazer todas suas vontades. Mas tem uma coisa, regra básica de etiqueta e sobrevivência é: Respeitar o semelhante.

Gritar baixo é colocar seu ponto de vista em determinado assunto, alertando os prós e contras; é dizer ao filho, de voz firme e olhar penetrante que, se ele não parar de birra, quando chegar em casa a conversa vai ser bem séria; é dizer ao marido que está insatisfeita com o andar da carruagem, em vez de gritar verdades com cacos de vidros e desenterrar assuntos passados em um ímpeto de desespero com histeria.

Gritando baixo, conquistamos mais. Berrando aos quatro ventos, perdemos a razão. E perder a razão, é perder o direito de respostas verdadeiras, perder a oportunidade de escutar o outro lado, é perder o direito ao respeito. E quando o direito de respeitar e ser respeitado é violado, tudo desanda, tudo se transforma em circo.

Quando tiver vontade de gritar porque alguém te contrariou, fez um besteira irreversível,  quebrou sua confiança ou meteu os pés pelas mãos. Respire fundo, oxigene o cérebro e diminua o som da sua voz. Quando se grita, nada é compreendido da forma correta. Quando se dialoga, tudo entra nos eixos. 

A verdade brilha por si só, não necessita de nossos gritos, ou de nossa ira para dar-lhe voz. Grite baixo, fale o necessário, direcione sua raiva para algo mais produtivo e que não exija muito de suas cordas vocais. Respeite o próximo, mas respeite, primeiramente, a si mesmo. 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Preso ao contrário


Quando...
...Se vai a qualquer lugar, menos onde se deveria estar. 
...Se demonstra uma coisa, menos o próprio valor. 
...Se consegue o que se quer, menos o que se precisa.
...Se almeja o sucesso, mas não sabe como alcançar.
...Se sente estupidamente apaixonado, e mesmo assim, faz absolutamente tudo errado.
...Se está exausto, mas continua em pé, não se permitindo o descanso.


Preso ao contrário, quando tudo conspira ao seu favor, e mesmo assim, você insiste em se colocar como vítima do destino e bloquear as boas energias. Quando estar certo, é estar errado. E quando estar errado, é estar certo. É não conseguir substituir algo que se perdeu - certas coisas são insubstituíveis, eu sei; mas outras - não. É preencher espaços vazios de forma equivocada - ou simplesmente deixá-los vazios - a merce de bactérias e infecções. 

Não alimente sentimentos depreciativos. Não coloque na cabeça que você não é digno de nada bom, que não merece ser feliz. Você merece!

As linhas de nossas vidas nem sempre são retas, em muitos momentos estas linhas se tornam tortas. E não há problema algum dessas linhas serem tortas. Sabe porque? Porque se elas não fossem tortas, elas não teriam encontrado tanta gente bacana que hoje faz parte da sua vida. Tente ver o lado positivo, quando tudo for treva. As trevas não são permanentes, em algum momento a luz vai aparecer no fim do túnel. 

Desate os nós que te deixam preso ao contrário. Liberte todo pensamento negativo, frustrações, traumas, rejeições. Desbloqueie sua mente desse ciclo vicioso de achar que você é um eterno perdido em um mundo incompreensível.

Pare de procurar a felicidade nos lugares errados, tire esse véu que impede que veja as coisas como realmente são. Felicidade é de dentro pra fora, de você pra você.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Progredir


Eu progredi muito. Você também. E isso é a coisa mais normal e mais sensacional da vida. Progredir. Seguir em frente. Uau! Da até vontade de repaginar a vida inteira. Segui em frente após tropeços e tombos feios, acredito que, você tenha feito o mesmo. Progredi com sim e com não, e também com o talvez. Pra mim não tem essa de olhar pra traz e dizer: "Eu era feliz e não sabia". Eu era feliz e eu sabia. Assim como, sou feliz hoje, e sei disso. As responsabilidades mudaram, a maturidade chegou, e como diz uma grande amiga: "Tenho que arrumar um jeito de deixar essa vida de adulta menos chata". Sim, ser adulta, vez em outra, se torna um tédio. Pagar contas, andar civilizado, dançar conforme a música - e se, dançar, saber usar adequadamente os talheres, montar num salto e andar que nem uma modelo, ou mergulhar em terno e gravata num calor escaldante. Ossos do ofício, você cresceu, e a vida está te direcionando - lógico que, com seu consentimento - para que você progrida.

Mas bate aquela saudade de passar a tarde balançando na rede, subindo em árvores, andando de bicicleta de chinelo e sem equipamentos de segurança, de mascar chiclete parecendo uma vaca comendo capim, falar de boca cheia, tentar falar com a boca cheia de farofa, e o arrumado ser uma bermuda com camisa pólo e um tênis para os meninos, e um vestido confortável com sapatilha para as meninas. Certo que, muitas coisas que eu falei acima, no mundo de hoje são inadmissíveis. Mas isso não tem importância, na minha época podia, e eu fui feliz por isso.  

É perfeitamente ótimo relembrar de certas regalias que tivemos na infância. Mas para agora, reflita um pouco sobre sua infância. Sabe aquela menininha que tinha dificuldade em português. Pois é, hoje ela é editora chefe do maior jornal do país. Lembra daquele menino que tinha pavor de falar em público? Hoje ele é um promotor de sucesso. Os medos foram superados, os sonhos percorridos, e a vida foi encaixando as peças do quebra-cabeça. 

Não queira ser feliz ontem, e muito menos amanhã. Seja feliz hoje, com suas conquistas e derrotas, por tudo que já conseguiu. Progredir é isso, aceitar tudo que acontece como uma forma de crescimento, tantos os erros quanto os acertos. Progredir é preciso, é essencial para que de fato, se encontre a felicidade - verdadeira.

Um livro

Bom dia caros leitores!

É com imensa alegria que... Declaro aberta a temporada de compra de livros de iniciantes!

Pois é, as crônicas do blog viraram um livro!

Caso queiram ter um livro com todas as crônicas reunidas, na saraiva vocês poderão adquirir!





Agradeço a cada um que acompanha e divulga o blog!

Bjuca!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Cidade Perdida: Paranapiacaba


Ontem, num ímpeto de aventura, eu e meu namorado pegamos o carro e resolvemos desvendar a tão não famosa Paranapiacaba, que é um distrito do município de Santo André, no estado de São Paulo. Pois é, se você achou que essa cidadela pertencesse ao estado do Paraná, você se enganou feio.  É um contraste absurdo. Tão perto da grande São Paulo, tão longe de toda modernidade. Quando você chega e avista a cidade, parece que está há anos luz da capital, em um interior longínquo (ou numa era muito muito distante), quase inacessível (O que a torna moderna são os carros - dos turistas - fabricados a partir de 2008, que circulam pelas ruas apertadíssimas . Você pode ir de carro ou de trem. Um trem turístico que parte da estação da luz aos domingos (Uma boa injeção de ânimo para o turismo local e para uma nostálgica viagem ao tempo).

É uma vila inglesa/ portuguesa junta e bem dividida. Alvenaria para os portugueses e madeiras aos ingleses. Surgiu como um vilarejo para os funcionários da companha inglesa de trens São Paulo Railway - que faziam o transporte de pessoas e de café - da capital ao litoral. Há predominância de casas de madeira - algumas em decomposição (famosa Vila Inglesa). Uma vila abandonada que vive exclusivamente do turismo. De tão feia que se encontra, se torna tão charmosa, que o feio se torna belo - é realmente estupidamente admirável. São vagões enferrujados encalhados em trilhos, galpões abandonados com peças históricas, casas destruídas pelo tempo e pelo descaso. O que um dia foi um local estratégico e fundamental para o desenvolvimento do estado, ligando a capital ao litoral, hoje não passa de uma cidade, cuja história não é divulgada, e que os poucos moradores tentam reerguer.

Saiu uma notícia no jornal que, o governo liberará alguns milhões para a revitalização da vila no intuito de transformá-la em um pólo turístico do estado. Sinceramente? Espero que dê certo. Os poucos habitantes que ali moram, descendentes dos portugueses e ingleses que ali construíram, esperam uma oportunidade para dar segmento na história que envolve o pequeno distrito de pelas trilhas, mirantes, histórias.

Casas servindo de restaurantes, ateliês, museus, esperança de uma nova era. A Natureza, exuberante dando um toque de vida a um lugar que, a primeira vista parece uma cidade perdida e abandonada. 

Um dia, assim qualquer, que você esteja de voltar à um tempo do qual que só soube vagamente em livros, com breves declarações, dê um pulo à Paranapiacaba e mergulhe de cabeça, na história de evolução do seu estado, fica à apenas 30 km da capital. Vale à pena!

Uma rede, por favor!



Dizem que a rede é o paraíso do preguiçoso. Pois bem, quero um pouco desse paraíso em meu dia a dia também. Uma rede pra tirar um cochilo após o almoço, uma rede para balançar bem alto, uma rede para deixar permanecer toda a preguicite que predomina em meu ser.

Uma rede para ver o tempo passar, pensar na vida, pensar em nada, apreciar o céu ensolarado ou estrelado. Uma rede para ninar uma criança ou um adulto.

Quando fui para Bonito, no Mato Grosso do Sul, antes de fazer um passeio, todo o grupo almoçou. Daí quando todos acabaram suas refeições, notei que iam sempre à mesma direção, como eu estava sozinha, resolvi seguir a manada, para não me perder. Eis que, quando eu saio pela porta o que vejo? Um enorme redário, que eu perdia de vista. E cada pessoa ia se acomodando, com o auxilio de funcionários específicos para isso. Logo, veio o primeiro bocejo, e fiquei feliz da vida quando uma senhora veio em minha direção, com um sorriso estampado, perguntando se poderia me ajudar.

Retribui o sorriso e disse: “Uma rede, por favor!”. Logo menos, lá estava eu, sendo acomodada em uma rede, fresquinha, pertinho de uma árvore. Comecei a escutar os passarinhos cantando, as águas caindo de cachoeiras que deviam estar bem pertinhas, macaquinhos aprontando. O dia estava lindo, com direito a tucanos voando e araras coloridíssimas também, dando uma pitada de colorido para aquele céu azul limpíssimo, que dava espaço apenas para o sol.
Confesso que tirei um belo cochilo após uma ótima refeição. Era hora do passeio, mas eu estava quase optando por continua ali, escutando o barulho que as folhas faziam quando o vento as atingia, sem tic tac de relógio, carros com motores roncando.

Me despedi da rede com um “Até logo!”, e nunca mais voltei. Mas pretendo voltar em breve para matar as saudades.

Enquanto isso, eu aprecio a brisa da manhã, ou da tarde, u da noite, estirada na rede da minha casa, com meu cachorro do lado, e um livro do outro.

Mas toda vez que viajo, e entro em um restaurante e termino minha refeição, sinto falta de um cominho que me leve para um redário e tenha uma senhora toda sorridente a minha espera para me acomodar em uma rede onde haja uma bela vista.

sábado, 7 de setembro de 2013

Hora da independência


A independência do Brasil aconteceu em 07 de setembro de 1822, graças ao Dom. Pedro I, que na época era apenas um príncipe regente, e tempos depois, tornou-se imperador dessa nação. Isso aconteceu há exatamente 191 anos.

E numa retrospectiva de todos esses anos, o Brasil de uma Monarquia virou uma Democracia. Viveu um momento conturbado quando a Ditadura Militar entrou no poder, mas depois os militares caíram e a democracia voltou a reinar. Em 1988 o Brasil, novamente teve sua independência decretada com a nova Constituição.

Mas o Brasil precisa de uma nova independência: A independência da corrupção, das mentiras deslavadas, das cuecas repletas de dinheiro, dos passaportes diplomáticos para quem não é da carreira. Independência da precariedade da saúde, da educação, do saneamento básico. Independência dos políticos corruptos que sujam a imagem do nosso país.

Independência dos crimes organizados, da policia corrupta, dos esquemas dos hospitais públicos. Independência de tudo que restringe seu crescimento como nação.

E que nesse aniversário, cada brasileiro se torne um pouco mais independente dos próprios sentimentos e pensamentos, lute por seus direitos e deveres, aprenda a propagar o respeito. Independência de preconceitos chulos, de falta de respeito ao próximo e ao nosso patrimônio.

Chegou a hora da independência, e talvez seja clichê demais o que falarei, mas seja você a mudança que quer para seu Brasil.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Último dia


Me peguei pensando no último dia de aula do colegial. Foi um dia extremamente emotivo. Eu chorei horrores e meus olhos ficaram tão inchados, que se senti descendente direto do sapo. Eu nunca havia chorado, um dia sequer no colégio. Mas naquele último dia de adolescente eu me permitir abrir o berreiro em nome das saudades futuras que viria a sentir.

Chorei por sentar no meu lugarzinho pela última vez, por ter que crescer, pelos amigos que eu não veria diariamente. Sentiria saudades da diretora gritando pelos corredores com os alunos atrasados, das aulas de física que eram incompreensíveis, dos "ai ai ai" da professora de química se lamentando porque o fichamento não foi entregue. Saudades dos intervalos cheio de risadas e guloseimas, dos trabalhos em grupos que só saia algo de último no último minuto do segundo tempo. Saudades das provas fáceis, dos cadernos cheios de figurinhas. Saudades até daquele povinho que eu não ia muito com a fuça.

Mas no último dia, a gente nem tem muito tempo para pensar nas coisas ruins. Só aparecem as coisas boas na mente, numa retrospectiva que dá uma vontade imensa de agarrar e ficar ali, naquele momento onde você já nem é mais um adolescente, mas também não é um adulto. Querendo ou não, uma vida foi construída ali, entre carcadas e trabalhos, provas e seminários, era uma família constituída. Uma família cheia de diferenças, repleta de ovelhas negras e bons pastores. 

Foi difícil ir embora naquele dia, porque ir embora, de fato é difícil, até que simplesmente você vá embora. Coloquei minha mochila das costas e saí andando rumo ao ponto de ônibus, de volta pra casa. E não seria uma volta normal, como todas as outras. As férias estavam ali, desesperadas pelo um abraço de boas-vindas, mas seria umas férias eternas, caso eu não entrasse na faculdade (que por sorte, entrei em seguida).

Eu não lembro do meu último dia de aula na faculdade, porque lá eu não criei raízes, mas do colegial, até hoje lembro o rosto de cada colega de sala, nome e sobrenome, até das conversas e debates que vira e mexe acontecia.

Ali foi o último dia que eu fui uma adolescente despreocupada, que tinha amigos despreocupados. 

E quando entrei no ônibus, olhei pela janela e vi o colégio ficando cada vez mais distante. Ali foi o último dia de um volume da minha vida, que daria a oportunidade para o primeiro dia de muitas descobertas inimagináveis.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Vestindo a camisa


Pra mim, não existe exemplo melhor de equipe, do que um time de futebol. Principalmente quando os jogadores vestem a camisa pra valer, dando o melhor de si, para que o time ganhe e seja muito bem sucedido. E assim que as empresas deveriam ser: Patrões e Gerentes como a comissão técnica, e todos os funcionários o time - aqueles que dão a cara a tapa. 

Uma equipe para fluir, obter sucesso, precisa, primeiramente confiar em si. A equipe é composta por várias pessoas, e essas pessoas tem que confiar umas nas outras. Trabalhar o melhor possível para que a equipe seja cada vez melhor. Se fizer algo errado, se desculpe e tente reverter a coisa ruim em algo bom. 

A gente pensa melhor do que realiza. Isso é fato. Mas em um grupo de pessoas, as vezes é preciso expor os pensamentos, aceitar a opinião alheia, debater ideias em pro do desenvolvimento. É preciso juntar o realizar com o pensar, por em prática mesmo.

Vejo inúmeras pessoas falando que não é feliz no trabalho. Eu também já fui infeliz. Mas não por culpa do patrão ou dos colegas de trabalho, mas por culpa exclusiva minha. Muitas pessoas idealizam profissões e se decepcionam com a realidade que a envolve. Aceitar que você é apenas uma peça no quebra cabeça que faz toda a diferença, assim como o restante da equipe, é saber valorizar seus colegas e a si mesmo. Um pé auxilia o outro a seguir em frente, assim como uma andorinha só não faz verão.

Sim, eu reconheço que existem pessoas que vegetam em seus trabalhos, nem crescendo, nem retrocedendo, apenas batendo o ponto na hora certa para não ter desconto no salário no final do mês. 

Deixe de ser uma plantinha e faça o diferencial em sua vida, na empresa que trabalha. Se errar, tudo bem, conserte o erro. Auxilie e deixe-se ser auxiliado. Compartilhe conhecimento, e absorva também o conhecimento do colega. Permita-se pertencer a uma equipe. A união faz a força, reza antigo ditado.

Vista a camisa, entre em campo e faça o seu melhor. Se vier recompensas, ótimo. Mas existe coisa melhor que admirar a si mesmo e acreditar no próprio potencial? 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Quando é preciso chorar


Engole a seco, encena um bocejo para disfarçar os olhos úmidos, é assim que muitos tentam conter o choro. Na infância, muitos pais estimulavam a essa prática de engolir o choro. E isso acaba virando um bloqueio na vida adulta. Chorar se torna um exemplo de fraqueza, um sentimento que se torna reprimido.

Uma amiga professora, me contou que certa vez, um aluno pediu para ir ao banheiro logo após o intervalo. Ela pediu para ele aguardar um pouco, e ele voltou para sua mesa. Dez minutos depois, o mesmo menino voltou até ela, e pediu novamente para ir ao banheiro. Encasquetada com a insistência do menino, ela quis saber o motivo, e ele, com os olhinhos cheios de lágrimas disse que precisava chorar. Quase que ela abriu o berreiro junto com ele.

Não há nada demais em chorar, é uma forma de aliviar culpas, frustrações, tristezas e até alegrias. É uma forma de falar em silêncio, desabafar medos, limpar nosso interior.

Quando começamos a chorar de forma sentida, a respiração de imediato altera, e para conseguirmos voltar ao controle da situação, começamos a prestar atenção em nossas respiração, tanto na inspiração, quanto na expiração. Quando inspirar, traga para dentro do seu ser toda a coragem, a motivação para seguir adiante e super todos os obstáculos que aparecerão em sua vida; quando expirar, mande embora medos e limitações, o pessimismo que traz dentro do seu ser. Inspirando novamente, tragar coisas felizes, sorrisos de pessoas queridas, para lembrar-se de que, ser feliz é algo possível e palpável; expirando mande embora revoltas, raivas e decepções. Percebeu como você já está mais calmo?

Portanto, não reprima sua vontade de chorar, de colocar pra fora tudo que anda incomodando dentro de você. É preciso lavar a alma de vez em quando, sem se importar se a maquiagem vai borrar, se os olhos vão inchar e o nariz tapar. 

Liberte às lágrimas, deixe-as seguirem o destino que almejam. Você precisa de um pouco de leveza. Permita-se isso. Chore em um casamento, enterro, batizado, aniversário, filme, jogo. Ou simplesmente brincando, brigando, dormindo. Por tudo, ou por nada.

Quando for preciso chorar, simplesmente chore. Não engula o choro, por favor.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Setembro, primavera!


Mais um mês aponta na folha do calendário: SETEMBRO.

Setembro é o nono mês do ano, é mês de início da primavera, é mês da Festa das Flores e Morangos de Atibaia, é mês de comemorar nossa independência, é mês de tanta coisa!

Há 12 anos, em setembro, os Estado Unidos declarou guerra a Osama Bin Laden, por causa do ataque as torres gêmeas de Nova York.

Em 2013, no mês de setembro, o Rock in Rio volta ao Brasil depois de uma longa temporada pela Europa, enaltecendo o Rio de Janeiro com suas belezas.

Setembro abre as portas para a primavera entrar trazendo toda sua vivacidade, alegria e calor.

Setembro me lembra que mais do que nunca somos independentes, responsáveis por nossos sonhos, escolhas, metas e lógico, consequências.

Setembro me lembra vento, que logo, me lembra voo livre, que me remete a liberdade.

Setembro me lembra flores, que me lembra morango, que me lembra Bon Odori, que me lembra da Festa das Flores e Morangos de Atibaia.

Setembro me lembra que faltam três meses para o Natal, que me lembra que minhas férias estão chegando, que me lembra que uma nova viagem está a caminho.

Setembro me lembra chuva, que me lembra rios cheios, que me lembra que a temporada de pesca está aberta, que me lembra que o patrão este ano não vai viajar.

Setembro deste ano, uma amiga muito querida casará, é sinal de que perdi mais uma soldada!

Setembro me lembra tanta coisa boa, tanta alegria pra vir, que me faz planejar mil coisas: um piquenique para lembrar da infância, um banho de cachoeira pra lavar a alma, castelos de areia pra realizar sonhos; viagens para aumentar minha paixão pelo mundo.


Ah setembro... Que bom que você chegou!