E
sempre tem aquela pessoa que a gente implica sabe-se lá o porquê - ou que implica com a gente. Implica por
coisa pequena, implica por coisa grande, mas sempre implica. Implica porque não
fez o trabalho da forma que tinha que ser – ou simplesmente não fez implica
porque o celular fica esquecido - ou simplesmente porque fica pendurada nele o
tempo inteiro; implica porque chegou atrasado, mas não enxerga os dias que
trabalhou até mais tarde.
Faço
hidroginástica três vezes por semana, e lá tem um exemplo gritante de
implicância. Uma aluna e uma professora. A professora implica com a aluna, pois
acha que ela vai apenas para monitorá-la (a aluna é uma das donas da escola),
que não faz os exercícios adequadamente, que isso e que aquilo. A aluna acha
que a professora é distraída, não presta a devida atenção aos alunos, na
postura, no exercício, e daí o resultado é essa implicância desnecessária, onde
não há diálogo entre as partes, tudo fica na entrelinhas, minando a relação
aluna-professora, funcionária-empregadora que existe entre as duas. Cada uma no
seu quadrado reclamando pro primeiro sortudo que pára ao lado. A professora
queimando o próprio filme, e a aluna (proprietária) na espera do primeiro vacilo.
Outro
exemplo: tenha uma amiga que, implica por qualquer vírgula com a sua empregada.
Dizendo que não lava a louça adequadamente, que estende as roupas de qualquer
jeito, que joga a sujeira debaixo do tapete, não tira o lixo das lixeiras, que
isso, que aquilo, mas nunca chega pra funcionária e diz: Olha, vamos mudar o método na limpeza, pois percebo que dessa forma o
serviço não está rendendo. Ela simplesmente fica espionando com insatisfação
o serviço alheio, reclamando para todos, menos para quem realmente executa o
serviço pleiteado. A funcionária, no meu ponto de vista, percebe tudo isso, e
se sente desmotivada, mas continua no emprego porque precisa.
Muitas
vezes as pessoas não percebem que estão fazendo algo de forma inadequada e
precisam de um cutucão alheio, uma orientação para retomarem no caminho correto
e voltarem a fazer as coisas de forma que seja benéfica para todos os
envolvidos, sem implicâncias.
Na
maioria das vezes a implicância nasce da falta de diálogo. Nasce nas
suposições, nas interpretações errôneas, na mania de perseguição, na
entrelinhas, nas indiretas nada diretas, na falta de conversa franca e clara.
Fica lá, desgastando uma relação que tinha tudo pra ser saudável, deteriorando
amizades, laços afetivos e relações fraternas.
Não
se tornar uma pessoa implicante requer um exercício diário e intenso. Tem gente que consegue tirar de letra, têm
outras que tem que tirar de campo – sem noção. Como disse anteriormente, certas
implicâncias são extremamente lesivas em face das relações humanas, e tendo a
oportunidade de reverter à situação, é aconselhável que, alternativas sejam levantadas,
e a implicância seja deixada de escanteio.
Pegar birra com alguém, não é a forma mais
viável de resolver os problemas pendentes entre vocês, o diálogo - repito mais uma vez - ainda, consegue
ser o melhor remédio e a melhor solução para qualquer mal entendido. Tentar soluções
diferentes das convencionais pode ser um grande aprendizado para todos os
envolvidos. Pra que implicar?
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