segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Tudo novo, de novo!




Chegou dezembro, e com ele, a sensação que todos esperamos: De que o ano por fim acabe, e que o próximo ano seja repleto de coisas boas, alegrias, felicidades, e blá blá blá. Somos acometidos por um sentimento geral de renovação. Mas antes de sentarmos e começarmos a enumerar na listinha os objetivos dos próximos 12 meses, é recomendável olhar com sinceridade o que já passou, analisar os pontos positivos e negativos de tudo o que aconteceu.

Isso engloba tudo na sua vida: relacionamentos, profissional, intelectual. Você conseguiu seguir a listinha do ano que passou? Se a resposta for mais que 50%, acho legal você permanecer alguns itens e acrescentar alguns. Mas se a resposta foi menos... Está na hora de reorganizar suas metas. Tudo de novo, de novo? Nem sempre. Tudo mudar, nosso modo de ver a vida também. Conforme amadurecemos, aprendemos que criamos nossas próprias oportunidades e que elas não caem do céu.

Quer crescer como pessoa? Entenda que você não é melhor que ninguém, que o que você veste não diz exatamente como você é. Não se sinta inferior nem superior a ninguém, somos absolutamente todos iguais, apenas com ideais diferentes. Não use pessoas como degraus, fale somente o necessário. Lembre-se: Ajudar o próximo não é fazer o trabalho dele, e sim orientar. 

Gaste tempo para conversar e conhecer as pessoas com quem convive, elas provavelmente terão histórias e muito conhecimento bom para dividir com você. Exercite seu foco, senso prático, persistência e tolerância. Se estiver com raiva, não se reprima! Grite, chore, isso alivia - e a raiva passa. Faça o bem ao próximo, sem esperar por méritos e recompensas. Gratidão é a fonte para se viver bem. 

Esteja aberto a aprender diariamente, por menor que venha a ser este aprendizado. Esteja aberto também a ensinar, pois neste mundo além de alunos, somos professores. Surpreenda-se com todas as maravilhas que te cerca, com um sorriso de uma criança desconhecida, a percepção de um idoso, o entusiasmo de um adolescente. 

Se você não tem gostado de como tem sido ultimamente e precisa de um motivo para mudar, aproveite o novo ano que está ai. Sim, é menos arriscado experimentar novas atitudes do que fingir que não é com você. Arrisque-se! Você não tem nada a perder.

Apesar de todos os inconvenientes que surgirem, da sua família implicar porque você ainda não saber o que quer ser, por não conseguir concluir sua faculdade, não viajar o tanto que gostaria, pelas pedras no caminho, tente se divertir, levar a vida com leveza, isso acrescentar tanto! No final você ficará mais forte, perspicaz e resiliente. Se não fossem os contratempos, nunca evoluiríamos. 

Independente da cor que você vá usar na virada no ano, lembre-se que tudo é de dentro pra fora. Encha seu coração e sua mente de coisas boas, acredite que você é capaz de conseguir tudo que consta na sua listinha, confie no seu potencial, tenha coragem de inovar e renovar o que for necessário. Se você não acreditar em você, quem mais vai acreditar?

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Repeteco


Em toda a nossa vida, desde quando aprendemos a falar, entramos no ciclo vicioso de repetir palavras. Eu faço minha aposta que a palavra que mais repetimos é Mãe. Ué... como assim "mãe"? Pois é, esse é o meu palpite. 

"Mãe, o que tem pra comer?". "Mãe, você viu minha toalha?". "Mãe, cadê meu caderno?". "Mãe, estamos chegando?". "Mãe, eu quero isso!". "Mãe, eu quero aquilo!". "Mãããããããeeeee, olha ele!". E é tanto mãe daqui, mãe dali, que a pobre coitada mal lembra o próprio nome, e só de escutar "mãe" ela vira para ver o que o filho lindo quer - mesmo não sendo seu filho lindo, é claro!

São palavras rotineiras que entram no repeteco, gírias do momento. Nossa, vira e mexe eu me pego tagarelando e colocando palavras repetidas no meio das frases. Muitas vezes sobra palavras, e em outras, falta.

E chega dezembro, o mês que o espirito natalino entra em nossos corações (ou não), a gente deseja saúde, paz, alegria, amor, que o próximo ano seja repleto de realizações, sucesso. E repetimos ano após ano as mesmas palavras, com mais sinceridade para uns, da boca pra fora para outros. Mas estamos lá pronunciando as palavrinhas mágicas de felicitações e votos de um natal cheio de harmonia e um ano ponta firme.

Eu não sei você, mas quando alguém me diz isso, eu penso "Que o coral de anjos digam amém bem alto e tudo isso se realize!". Muita saúde (AMÉM!), paz (AMÉM!), alegria (AMÉM!), amor (AMÉM!), sucesso (AMÉM!). É tão bom ouvir essas palavras (mesmo que digam da boca pra fora), pois as palavras tem um poder absurdo, então se coisas tão boas estão sendo ditas, mesmo que de forma repetida, porque não acolhe-las? 

Então, nesse mês tão propício (embora todos sejam), abarrote sua mente e suas palavras de coisas boas, deseje ao próximo o que você quer pra si, diminua as barreiras dos preconceitos, das desigualdades impostas pela sociedade, das mágoas, dos desentendimentos, porque somos todos iguais, só com oportunidades diferentes (alias, nós é quem criamos nossas próprias oportunidades). Perdoe quem te magoou, perdoe a si mesmo por viver metendo os pés pelas mãos, abstraia toda a negatividade, vá ser feliz dentro de suas possibilidades!

Nunca é tarde para recomeçar, para desejar o bem, mesmo a quem não se quer bem. Eu sei, isso é um repeteco sem fim, você já sabe de cor, mas é só para não perder o costume! 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Blá Blá Blá


Esse espaço aqui foi criado com a intenção de escrever sobre tudo. É um espaço bacana, que eu gosto muito de estar, me faz bem. Aqui não tem patrocínio (e essa nunca foi a intenção), e como a proposta é colocar minhas percepções das coisas - meu ponto de vista - que pode mudar ou não.

Não tem como agradar gregos e troianos. Nem tudo que eu escrevo pode agradar seus olhos. Acho super bacana quando as pessoas que acompanham o blog me enviam e-mail falando que gostou, fazendo críticas construtivas. Sim, eu aceito críticas, pois há tantos lados e é impossível conhecer todos - isso acontece com o tempo e com as experiências vividas. Isso é muito bacana, pois faz a gente crescer. 

Foram poucas às vezes que citei nomes aqui - e assim continuará.

Pois bem, fui pega de surpresa com um determinado e-mail, onde me informaram que haviam várias denuncias, alegando que o que eu escrevo aqui é inadequado e que eu uso esse canal unicamente com o intuito de agredir as pessoas,  e com isso, tiraram do ar uma determinada postagem. Coisas da vida... Blá blá blá.

Agora vamos esclarecer o que merece ser esclarecido: Posso ser crítica em muitas postagens, mas a intenção nunca é de ofender. Não fique pensando que tudo que eu posto aqui, é uma indireta, pois não é. É chato essa coisa de ficar denunciando, pedindo pro blog sair do ar. Acho que não precisa disso, né? Por mais que eu tente ser mais transparente possível nas palavras, eu sei que para algumas pessoas elas poderão ainda sim, serem turvas.

Uma das coisas que eu não gosto é de ficar falando o que eu faço em pró de terceiros. Não há necessidade. Quem me conhece de verdade, convive comigo, sabe dos meus princípios. E isso é o que importa. Não preciso ficar me explicando  e provando para as pessoas sobre o que faço ou deixo de fazer. Blá blá blá. 

Se você quiser continuar vindo por aqui, sempre será bem-vinda(o). Agradeço quem segue e gasta uns minutinhos do dia para ler um pouco das besteiras que eu escrevo (que eu espero que sejam úteis!). Mas se for pra vir, venha de mente aberta, porque senão, não faz sentido. 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Olha o bico!


Então é hora de arregaçar as mangas e correr atrás de seus sonhos! Sabe, a vida não é essa coisa fácil que você pensa que é, para conseguir chegar onde se quer, haverá alguns tombos, alguns "não", muita gente dizendo pra desistir. Para crescer, é preciso de alguns puxões de orelha, pois crescemos nos erros e não nos acertos. Se receber uma crítica, nada de fazer bico e achar que está sendo injustiçado, nada de se colocar como uma criança mimada querendo carinho para camuflar os próprios erros e chamar a atenção para outra coisa. Sim, precisamos de criticas para aprendermos, isso é primordial.

Crianças que, tem todas as vontades feitas, nunca escutaram um "Não" na vida, que sempre tiveram absolutamente tudo na hora que queriam, se tornam adultos mais irredutíveis às críticas. No trabalho, se sentirão perseguidos, nas amizades excluídos caso não tenham seus amigos na hora que bem entendem. Quanto mais mimados somos, mas cegos ficamos para todas as situações do mundo. Não somos donos da verdade, por mais que, a gente nasça com a mesma quantidade de órgãos, temos personalidades que nos diferenciam. Princípios que nos leva por inúmeros caminhos. O que é certo pra mim, pode ser um atentado aos bons costumes por você, e vice-versa. A gente é diferente.

Por sermos diferentes, somos propensos a buscar pessoas que tenham mais afinidades com nossas opiniões. Formamos grupos, selecionamos nossos amigos de acordo com a sintonia - quanto mais em comum forem as opiniões, sonhos, princípios, mais os laços são apertados. Isso se engloba nos laços familiares também, quanto mais forem as afinidades, mais próximos serão. 

Não se abata com as críticas, tente melhorar quando recebê-las. Nada de se rebelar, fazer bico e bater o pé como uma criança mimada e achar que o mundo conspira contra você. Não se coloque como vítima, pois ninguém deve ser vítima da própria história. Você é um ser imperfeito, que faz o que pode na medida da possível. Você cria suas oportunidades, você erra, você acerta, e segue a sua vida, fazendo o que pode,  da melhor forma possível.

Nada de bico! Bicos apenas devem ser feitos, para beijarmos quem amamos.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Um fim de semana diferente em Curitiba - Parte 01


Atendendo pedidos, vou escrever sobre algumas capitais do nosso Brasil lindo, que dá para aproveitar em um fim de semana, conciliando as promoções que as companhias áreas vivem divulgando (a partir de R$ 59,00 cada trecho), pontos turísticos, alimentação, hospedagem. Vale lembrar que, em casos assim, o produto principal, que não poderá faltar na bagagem é: disposição. Sim, um fim de semana dá pra conhecer muita coisa, mas você terá que repor seu sono no fim de semana seguinte, mas isso é o de menos, né?

Minha experiência de fim de semana foi para as seguintes cidades: Curitiba, Florianópolis, Vitória e Rio de Janeiro. Sul e sudeste. Sobre o nordeste, dá para fazer um bate e volta sim, mas é algo que fica exaustivo, levando em conta que o tempo de viagem é mais longo, e a disponibilidade de horário de voos é bem mais restrita, e para você, sentir que seu dinheirinho está sendo bem valorizado, vale a pena dedicar mais dias para essa região de mares tão belos e atraentes.

Sobre a bagagem, não há necessidade de despachá-la, levando em conta que um fim de semana é bem curto, e que ela será bem enxuta. Uma mochila ou uma mala de rodinhas pequena dá para levar consigo, e uma outra coisa bacana, para economizar tempo também, é fazer o check-in pela internet (dependendo da companhia aérea, com antecedência de 24 horas. 

O que levar? Depende do destino. Quanto mais leve for a roupa, de tecido que não amasse tanto, melhor, e a roupa tem que ser confortável para seu perfil. Se for andar muito, opte por calçados mais confortáveis. Um kit de higiene básico é essencial. O resto é por sua conta e seu gosto. Eu sempre levo comigo um livro - por precaução. A câmera não pode faltar, mas vai uma dica: aproveite a viagem, não se preocupe se não tirar todas as fotos possíveis, outras oportunidades surgirão!

Vamos lá? Hoje falarei sobre Curitiba/PR.

Curitiba: O voo de Guarulhos/ Congonhas até Curitiba dura no máximo 1 hora. Há um ônibus executivo que leva do aeroporto até o centro de Curitiba por um preço muito mais camarada que o táxi (por volta de R$ 10,00 - sendo que, o táxi chega na casa dos R$ 70,00). Chegando lá, se você vai ficar em pousada, hotel ou hostel, deixe sua mochila ou mala no quarto ou guarda-volumes (se o quarto ainda não estiver liberado), pegue o ônibus turístico e vá conhecer todos os pontos-turísticos por um preço fixo, você terá direito à 5 embarques, depois disso terá que pagar uma nova passagem (+/- R$ 25,00 por pessoa). O legal de Curitiba é que, 99% das atrações turísticas são grátis! Pra comer, vale a pena abrir um pouco a mão e se esbaldar em Santa Felicidade ( concentração gastronômica divina) tanto no almoço, quanto no jantar. O primeiro dia geralmente voa! Pra quem vai sozinho, recomendo hostel, pois o custo do quarto coletivo é em média de R$ 40,00 - além de você poder se enturmar e ter companhia para os passeios do dia seguinte. Sim, os quartos são separados por sexo (não se preocupe meninas e meninos!). Há também quartos privativos, só que o preço dobra! Para os casais, há hotéis medianos, que atende perfeitamente na roupa de cama e chuveiro quente com diárias a partir de R$ 70,00 - como é apenas uma noite, vale a pena. Na dúvida, leve uma fronha sua, para se sentir em casa. No segundo e último dia, vale a pena dar uma passeada no mercado municipal que fica em frente a rodoviária, comprar uns vinhos, lembrancinhas ou simplesmente admirar toda a variedade de coisas. Passear pelo Centro, aproveitar as feirinhas, sentar em algum botequinho no Largo da Ordem e beber alguma cerveja ou suco mesmo. Depois? Começa a tristeza, é voltar e juntar a mochila e seguir rumo ao aeroporto, para pegar o voo de volta para a realidade.

Curitiba é urbana, uma cidade super limpa, as pessoas são super mega hiper bem educadas, porém, são igualmente reservadas. Tem preço justo, turismo encantador, meio de transporte ótimo. O tempo? É meio traiçoeiro. Se o vento bater mais forte, o tempo vira e simplesmente esfria, leve por precaução, um agasalho na mala - porque querendo ou não, ele poderá servir no avião ( o ar condicionado, dependendo do assento escolhido é terrível). 

Enfim, é uma cidade que eu recomendo, pelas facilidades de locomoção, pelo custo-beneficio, pela beleza, por tudo! Só de falar bateu uma saudadezinha boa! Se você for, me conte toda a sua aventura, me mostre todas as suas fotos. Espero ter ajudado! 

domingo, 8 de dezembro de 2013

Liberte-se da balança

Assim como eu, muita gente se olha no espelho e pensa: “Como estou gorda!”, “Que toiço é esse na minha barriga?”, “Daqui a pouco vou explodir!”, e muitos outros pensamentos. Nunca estamos satisfeitos com nossos corpos. São as panturrilhas grossas, os peitos caídos, os ombros largos, as bochechas redondas, os braços fortes, e se eu ficar enumerando, isso deixa de ser um texto breve e vira uma bíblia dos descontentes.

Daí começa as dietas loucas, juntamente com os exercícios mais mirabolantes do mundo. A dieta é mais força de vontade do que qualquer outra coisa. Eu, por exemplo, insatisfeita com meus quilinhos a mais resolvi entrar na dieta do Dr. Dukan (famoso médico, que escreveu livros, e sua fiel seguidora é a princesa Kate). Tudo bem, eu amo carne e peixes, vou tirar de letra, pensei.

No inicio, tudo bem. Proteína, proteína e proteína. Nada de um carboidrato pra trazer a felicidade. Eu sentindo o cheirinho do alho fritando para temperar o arroz, e sonhando com um arroz molhadinho com um feijão. Mas lá estava eu, no peixe e na carne, na carne e no peixe. Nem uma frutinha sequer, uma saladinha vistosa, eu poderia desfrutar por uma semana. Martírio. A primeira semana segurei a onda, na segunda o sapato apertou. Frutas, legumes e verduras entraram em ação, mas o que eu desejava mesmo, era o arroz e feijão.

Joguei a dieta pro lado, e cai com tudo no arroz e feijão – em forma de baião. Não adiantaria nada, eu ficar me torturando com o cheirinho deles sendo feitos, e não poder comer.

A questão de viver na dieta, é a privação de comer o que se gosta, mesmo que seja um pedacinho de nada. O sentimento de culpa que acomete a pessoa, é tão intenso, que ela acaba se punindo por sentir prazer em comer. E eu não estava (nem estou) disposta a ser infeliz. Não quero ficar uma bola ambulante, mas também não quero me privar de comer um brigadeiro numa festa de aniversário.  

A reeducação alimentar em conjunto com atividades físicas é a melhor opção para chegar onde se quer chegar, mas se mesmo assim, você tiver dificuldades, opte por ser feliz em vez de ser esbelto. Se sua saúde estiver ok, e a balança em nada interferir, jogue a culpa no ralo!

sábado, 23 de novembro de 2013

Quebra-cabeças


Gosto muito de quebra-cabeças, ficar ali, procurando pecinhas que se encaixam, dando um resultado final deslumbrante, para depois enquadrar e colocar na parede, como um troféu por tamanha paciência e determinação. Mas não dá para brincar de juntar pecinhas quando um copo se espatifa pelo chão. Corrigindo, até dá, mas o resultado final não é tão deslumbrante como um quebra-cabeças montadinho. Dá para ver cada remendo, tem lasquinhas de nada que se escondem, debaixo do fogão, geladeira, mesa, transformando aquele copo, deixando marcas de que, ele não é tão novo assim, e que já caiu. Ele não é mais o mesmo copo.

A mesma coisa acontece com a gente, após cada queda, quando levantamos, já não somos mais os mesmos. Quando quebramos um pé ou um braço, por mais que fiquemos quietinhos, seguindo religiosamente a recomendação médica, os ossos não colam exatamente no mesmo lugar, e aquele osso, nunca mais será o mesmo. Amadurecemos a cada tombo ou tropeço. Aprendemos que, a partir daquele momento, nada será como antes. O braço, não poderá ser tão forte quanto antes, e o pé, não ter tanta firmeza. A cautela é adquirida, e aprendemos, mesmo que de forma forçada, a optar por outros caminhos, readaptarmos nossa vida, mesmo que essa readaptação seja difícil, restrita.

A positividade, ajuda e muito. Assim como a paciência e a perseverança de que, logo menos, cada pecinha se encaixará, a recuperação será rápida, e por mais que nada seja como antes, a nova fase será de grande aprendizagem e crescimento, onde haverá superação e descobertas, que só agregarão.

Em determinado momento, nossa vida vira um quebra-cabeças - incompleto. Precisamos achar cada peça, e juntá-la a sua parte compatível. E não dá para ver o resultado final de imediato, cada peça é colocada dia a dia. Algumas pessoas podem nos ajudar - mas nunca podem montar por nós, mas na maioria das vezes, essa montagem é feita de forma individual.

Depois de cinco anos, reencontrei velhas peças da minha vida que estavam escondidas: a bota e as muletas. Hoje, elas são peças fundamentais no meu quebra-cabeças voltaram para me ensinar que a paciência é mais sábia que a agilidade, que a gratidão é mais sábia que a reclamação, e que há tanta beleza ao meu redor, que eu não preciso ficar correndo contra o tempo para me sentir eficaz.  E que há males, que vem para o bem.

Uma peça - ou um passo - de cada vez. A vida é assim, um quebra-cabeças sem fim.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Impunidade? Que nada!


E 15 de novembro de 2013 entrará para a história do Brasil. Feriado de Proclamação da República, eu sei. Mas não estou falando sobre o trânsito caótico que aconteceu nas principais rodovias de São Paulo que levam até o litoral - que merece um até um texto aqui - para falar de como o paulista gosta de estrada (acho que o texto rende mais, depois que sair o saldo final do retorno do feriado). Mas essa data entrará na história, porque a justiça brasileira tarda, mas não falha. (Embora eu tivesse certeza, que nem da morte, que ia falhar).

E pra quem estava querendo ingressar na carreira politica, com a intenção de roubar, tramar, aprontar poucas e boas e sair impune, pois acreditava cegamente que nada ia acontecer, se ocorresse um processo, logo iria caducar e pronto, poderia voltar a roubar com a maior cara deslavada do mundo... Tenho uma má notícia para você, e uma ótima notícia para todos os desacreditados deste país.

A quadrilha está na cadeia. Colarinhos brancos, de cabeleira branca (outras tingidas) estão atrás das grades. Nem um feriadinho prolongada retardou o acontecido. Quem são esses? Os réus do mensalão. Tem um que está foragidos é claro, pois tem gente que não gosta de assumir as consequências dos próprios atos, e se escondem. Mas brasileiros assim como eu, podem respirar aliviados: A justiça vale para todos. A antiga cúpula do PT caiu, mas não estou aqui para falar de politicagem - porque não importa qual é o partido - o importante é representar adequadamente a sociedade. Mas pra aqueles que se achavam os maiorais de Brasília - José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino, até mesmo, dedo-duro como Roberto Jefferson - a casa começou a apresentar rachaduras há anos, mas caiu de vez agora. 

A questão nem é estar feliz com a desgraça alheia, mas é ver que, a lei não se faz valer apenas para ladrões de galinha, batedores de carteira, para pessoas pobres e mal defendidas - a lei é aplicada para todos - sem discriminação. E esses caras, que fizeram a festa na capital federal, terão que pagar, um pouco, pelo menos, dos pecados cometidos e das ofensas feitas contra cada cidadão brasileiro. 

O STF também, resolver reverter a imagem de que estavam sendo enrolados, acabaram com o toda essa lentidão, e o constrangimento que estavam causando com todo esse atraso. O velho bordão, que vem a calhar perfeitamente na situação: A justiça tarda, mas não falha. neste caso, a justiça não falhou e nem tardou.

Enquanto os mensaleiros, um a um, vão seguindo para a nova moradia, explodem casos de corrupção por todo o país, que causam indignação - nosso dinheiro, de impostos absurdos, estão satisfazendo a corrupção alheia, sendo revertido em casas, carros e hotéis de luxo, enquanto nós, temos que renunciar, dia a dia, coisas pequenas para realizar pequenos sonhos em suaves prestações, para conquistar um pouco de nossos sonhos - de forma honesta.

No dia 13 de novembro de 2013, o partido 13 entrou pelo cano. Coincidência ou não, de nada adiantou os melhores advogados, evitar gato preto e escadas. A ida até a "nova" residência foi no avião da policia federal, embora o camburão fosse o meio de transporte mais digno para tal situação. Ainda sairá noticias, do ex-presidente aquático, dizendo que não sabia (como sempre!) das prisões - alegando, suponho, que estava viajando e não teve tempo para os jornais. Tudo bem, isso não vem ao caso, no presente momento, mas o fato da fila estar andando, e a lição está sendo dada aos corruptos, resgata a esperança que de que justiça está sendo feita e, logo menos, mais cabeças rolem.

"Mas, se ergues da justiça a clava forte" - No Brasil, quando não é na base do porrada, é na expedição de alvarás de prisão.

sábado, 16 de novembro de 2013

Já é?


Nas últimas semanas os veículos de fofoca vem dando um certo destaque para a separação da Grazi com o Cauã (atores, que eram casados, e blá blá blá). Grazi reclusa, Cauã baladeiro. A última noticia que saiu foi falando que Cauã está feliz após o fim do romance. Que legal! O cara sai sorrindo numa foto, então quer dizer que ele está feliz da vida com o termino do casamento? Tem muito jornalista por aí, que não sabe o que é conteúdo, gasta anos da vida sentado numa cadeira em qualquer universidade, para depois pegar o diploma e ficar falando da vida alheia, escrevendo frases com tons de maldade, fugindo da realidade. Dai você lendo esse texto, começa a pensar, porque logo eu, que to atirando pedra, leio as noticias? Porque há certos momentos da vida que, é necessário ler um pouco de futilidade. Mas até nisso há limites.

Se eles se separaram por uma traição ou não, se eles querem falar ou não sobre isso, se estão feliz ou não, é apenas problema deles. Daí, pessoas que se acham jornalistas, passam dia e noite, plantadas em lugares estratégicos, para colher informações ou fotos para escrever uma história qualquer. Desvalorizando a própria carreira, quando podia estar escrevendo um livro que agregue na vida dos leitores - e a própria carreira. 

As pessoas tem o direito de simplesmente seguirem em frente quando um relação não dá certo ou um ente querido morre, não tem obrigação nenhuma de ficar chorando todos os dias, assim como, dar satisfação de cada novo acontecimento. Lógico que, quando as pessoas tem uma profissão que os coloca em evidencia, todo mundo tem uma curiosidade sobre a vida. A vida alheia é um entretenimento, quando a nossa não dá conta do recado. 

A má qualidade da interpretação da fisionomia das pessoas, gera uma sequencia de suposições nos observadores de plantão, que chega a causar estragos. Nem todo baladeiro é feliz, nem todo caseiro é depressivo, nem todo mundo procura uma alma gêmea. Tem gente que é feliz sozinho, outros não. Nem todo sorriso é de felicidade, assim como nem todas as lágrimas são de tristeza.

Chega de julgar as atitudes dos outros, e foque na sua. Não é que eu esteja julgando, é que eu simplesmente não entendo como, um profissional pode viver em função de destruir lares e reputações.  

Mas a questão é: até quando vale a pena viver em função da vida alheia? 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O mundo está ficando chato


As crianças de hoje em dia não sabem se divertir como as crianças de antigamente. Eu, sei bem disso. E você, também. As diversões de antigamente envolviam ações reais, como correr desesperadamente - em bando - depois de apertar a campainha da casa de um desconhecido. Pular corda e amarelinha. Dar cambalhotas e virar estrela. Brincar de pega-pega, esconde-esconde, burro (ou mula?) cego. Andar de bicicleta na rua, sem capacete, joelheira, cotoveleira. As crianças de hoje em dia, são vidradas em tablets e computadores, numa diversão digital que não traz interação. Mas a culpa são dos pais. E nada de fazer essa cara de desentendido, que acabou de ser ofendido em último grau. Proteção demais, gera debilitação. Crianças precisam cair, gritar, gargalhar, se sujar, ganhar ralados, mergulhar na terra ou no barro. Precisam ser crianças. Jogar bola, brincar na balança, gangorra, acampar, fazer piquenique, escalar uma árvore. 

Ok, eu sei, o mundo mudou, hoje tem mais carros nas ruas do que antigamente, tombos na terra eram menos dolorosos que no asfalto, a qualidade do leite não é como antigamente, pois se crianças se quebrarem virando uma cambalhota, pode demorar para os ossinhos se juntarem, não dá mais para apertar a campainha e sair correndo, pois a maioria das casas tem câmeras de segurança, não dá para passar trote porque o identificador de chamadas foi inventado. Sim, o pessoal grande ai, boicotou muito a diversão da garotada nos últimos tempos. 

Falta os pais se sentarem nas calçadas com seus filhos, para tomar sorvete e contar os carros pretos e vermelhos que passam. Deixar a criança se lambuzar de sorvete, raspar a tigela com a massa do bolo, acampar na sala, fazer das panelas sua primeira bateria. Está faltando os pais interagirem com as crianças, deixando seus celulares ultra modernos de lado, e voltarem ao mundo real - lendo uma história, brincando de bonecas ou carrinhos. 

O mundo está ficando chato com tanta tecnologia solta por ai, não que a tecnologia seja algo ruim - num todo não é - mas em parte, sim. A tecnologia veta os relacionamentos interpessoais, muita gente prefere a companhia do seu Iphone do que de um amigo. São conversas interrompidas porque uma mensagem chegou, ou porque precisa responder com urgência um e-mail. Falta interação, diálogo, desplugar um pouco. Enquanto as pessoas - nisso incluo crianças, adolescentes, adultos -, não souberem aproveitar melhor seu precioso tempo, com coisas que realmente agregam, o mundo vai ficando cada vez mais chato, robotizado, internetizado - um saco! 

Está aí uma manifestação que podia infestar as ruas, não só do Brasil, como do mundo - o direito de se divertir sem a tecnologia. Crianças, lutem por seus direitos de subir em árvores, se sujar de terra, ficar fedido de suor, de se ralar brincando, de fazer das cadeiras da cozinha seu castelo! Nada de transformar esse mundo, em um mundo chato, estamos entendidos?

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Minhas muitas profissões


Desde pequena eu fui multi uso. Queria ser tudo. Paquita, dona de doceria, atriz, guia turística, dentista, veterinária, balconista, cantora, policial, jornalista, garçonete, dona da fábrica da trakinas. Era tanta coisa, a todo tempo que, minha mãe se cansava de tanta dúvida. 

Aos 03 anos queria ser cozinheira, pra comer tudo primeiro; aos 04 anos, queria ser cantora que nem a Xuxa, Angélica, Eliana, Sandy, e também, paquita, atriz; aos 05 anos motorista de ônibus, pois queria passear o dia inteiro; aos 06 anos, queria ser dona de doceria, pois poderia comer todos os doces de graça; aos 07 anos, queria ser dentista; aos 08 anos, uma bruxa; aos 09 anos, dar boa noite pelo Jornal Nacional; aos 10 anos, não queria ser nada; aos 11 anos, queria ser uma genia e não precisar sequer estudar; aos 12 anos, queria ser delegada; aos 13 anos, veterinária; aos 14 anos, juíza; aos 15, 16 e 17 anos, jornalista - mas tipo Zeca Camargo, pra dar a volta ao mundo; aos 18 anos, estava eu cursando Direito. Fim das dúvidas? Inicio de todas elas!

Hoje sou secretária, empresária, administradora, consultora, escritora, guia turística, corretora de imóveis, investigadora. E minha mãe ainda não tem paciência com toda essa indecisão. 

Indecisão ou não, depende do ponto de vista. Na segunda, sou secretária; terça, administradora; quarta, corretora de imóveis; quinta, consultora jurídica; sexta, escritora; sábado, guia turística; domingo, investigadora. Tá vendo a diversidade de função? Não tem como alguém reclamar de tédio, rotina, marasmo. É tudo muito diversificado. E isso, só são os oficiais. Tem dia que ataco de bombeira, tapa buraco, diplomata, tradutora, psicóloga, arquiteta, contadora, faturista, advogada, delegada, ambientalista, historiadora, faxineira. Desde capitã do BOPE até office girl. 

Mas eu ainda quero ser tanta coisa! Dona de livraria ou restaurante, diretora, professora, taxista, dubladora, estilista. Viajante ou turista? Tanto faz!

E eu me achava a maior problemática do planeta por não saber o que eu queria ser quando eu crescesse, percebi que não há problema nisso. Problema seria se, eu empacasse em querer ser só operadora de caixa e morresse nisso. É normal querer ser mais do que ontem, cantar o hino dos descontentes e correr atrás de realizar todos os sonhos de uma vez só. Desistir ou tentar. O que vale é ter alguma segunda, terceira, quarta, e até quinta opção, saber lidar com as mudanças de tempo. 

Talvez eu seja a verdadeira garota propaganda do sabão em pó OMO, pois sou multi ação. Mas eu não ligo quando as pessoas me perguntam: "Já tirou a OAB?". Não, não tirei, porque ela não me convenceu o suficiente de que me merece em tal categoria. 

Faz parte da vida ser um Faz-Tudo. Ser clinico geral, embora esteja fora de moda, é o que salva quando o sapato aperta. Ser especialista é bom, mas restringe muito. De restrição, já bastam as que a lei impõe.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Ai, mudança...


A gente não faz ideia de como mudou até que a mudança tenha acontecido. Não só fisicamente, mas no interior também. Eu, por exemplo, mudei de um jeito drástico, tudo em mim é diferente do que era antes: opiniões, ideais, visão crítica. Por dentro, por fora, nada é igual. Mas posso assegurar, já que é verdade: mudei para melhor.

É difícil se ajustar a realidade, com as censuras que a sociedade impõe, os preconceitos que o círculo de convívio prega, mas é algo completamente possível. Dói ter que renunciar a inúmeras comodidades em pró de um sonho de vida. Dói escutar certas verdades, quando a maturidade não está completamente formada. Dói ser censurada, quando, na sua percepção, está fazendo tudo direitinho. Um dedo na quina dói, uma pancada na cabeça também. Até um banho de água fria, num entusiasmo alucinante, dói. E da dor, surge a mudança, porque na alegria, ninguém quer mudar. E toda mudança, por pior que possa parecer, ajuda na evolução. 

Tudo na vida é difícil, é a nossa motivação em sempre querer superar tais dificuldades, faz com que, as coisas se tornem fáceis. A coragem de seguir em frente, deixando o medo de lado e a insegurança de escanteio, é o que torna a vida mais bela. Mudar o ângulo, a posição do sofá, a vaga do estacionamento, a forma de pensar e de se expressar - isso ajuda. 

A mudança parte da gente, direta ou indiretamente. A opinião vai se modificando, conforme mais conhecimento adquirimos em determinado assunto. Muitas vezes, os fatos exteriores nos forçam para essa tal mudança - mesmo contra nossa vontade. 

As estações do ano mudam, nossa fisionomia também. As tendências, as rotas marítimas e aéreas. Mudar não é tão ruim assim, ruim mesmo, é viver estagnado em um mundo que não existe mais. 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

1945


Não é novidade para ninguém que, 1945 foi um ano marcante para a história mundial. Foi dado um fim para a Segunda Guerra Mundial, assim como, liberdade para todos os judeus que sofreram atrocidades nesse período, graças a falta de escrúpulos dos nazistas. 

Bom, vários livros foram publicados, com relatos de sobreviventes. Um deles, que a autora não sobreviveu, foi Anne Frank, uma jovem que morava em Amsterdã, e conseguiu se esconder por um longo período em um anexo secreto, com sua família e amigos, até serem descobertos. Ela relatou no seu diário, sua vida na guerra, assim como, os momentos difíceis por qual passou. 

Ela faleceu em 1945. Há exatamente 68 anos atrás. Em umas das passagens de seu diário, o que me chamou muito a atenção, era a vontade que ela tinha de ser escritora e viver após a morte.

Segue trecho do Diário de Anne Frank:

" Sou minha crítica melhor e mais feroz. Sei o que é bom e o que não é. A não ser que você escreva, não saberá como é maravilhoso, eu sempre reclamava de não conseguir desenhar, mas agora me sinto felicíssima por saber escrever. E se não tiver talento para escrever livros ou jornais, sempre posso escrever para mim mesma.

Não quero que a minha vida tenha sido em vão, como a da maioria das pessoas. Quero ser útil e trazer alegria a todas as pessoas, mesmo aquelas que jamais conheci. Quero continuar vivendo após a morte! E é por isso que agradeço tanto a Deus por ter me dado esse dom, que posso usar para me desenvolver e para exprimir tudo que existe dentro de mim!"

Vejamos, 68 anos após sua morte física, ela está mais viva do que nunca, através dos livros que estão sendo lidos em cada canto do mundo. Sua história é mundialmente conhecida. 

Uma pessoa muito sábia me disse certa vez, que morremos quando ninguém mais lembra de nosso nome, nossa história, nossa fisionomia. Anne não morreu, ela é um grito de esperança que brotou em meio às trevas, e conseguiu ecoar através de décadas. Dando voz há uma época nevoenta, que poucos sabemos sobre detalhes - apenas um apanhado geral.

Ela teve talento para escrever o diário, que logo virou um livro. Tornou-se uma escritora, conforme sonhou, embora seu sonho tenha se realizado apenas após sua morte. Outro sonho realizado: Sua vida não foi em vão. Foi bastante útil em cada palavra usada no diário, trouxe alegria para as pessoas - que nem conhecia -, assim como, verdades que talvez nem viessem a ser conhecidas caso esse diário tivesse caído nas mãos dos nazistas. 

História contada sob um olhar diferente, vale pela leitura, reflexão, e pela riqueza de detalhes, onde retrata o ser humano, como de fato ele é, com sonhos, ódios, medos, imperfeições, fraternidade e esperança.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Sem inspiração


Tem dias que acordo sem uma palavra na cabeça. Sem inspiração alguma. Sento em frente ao computador e nada vem na cachola para escrever. O primeiro parágrafo não sai. Dai olho para o livro do José Saramago e fico perplexa: Como é que ele conseguia escrever um parágrafo de três folhas? Fora aquela palavras que nunca li e nem ouvi na vida. O cara era um poço de inspiração. E eu? Não tenho nem uma poça de palavras.

Daí, do nada, surge uma ideia brilhante. Já desliguei o computador, o tablet tá longe, e nada de papel e caneta por perto. A ideia brilhante foi embora, e fico eu novamente, de mãos, aliás, de mente vazia, a espera de uma luz ilumine a escuridão e falta de criatividade que me domina.

Saio pelas ruas à procura de um assunto. Sobre os namoricos de adolescentes? Não, muito complexo. Sobre o excesso de carros? Já escrevi sobre isso. Sobre família? Vixi! E fico ali, caçando palavras, que se tornam desconexas, não forma um texto bacana de se ler e refletir. 

Dai, parada no trânsito, começo a pensar sobre o holocausto, o casamento gay aprovado, falcatruas do governo, minha próxima viagem, as tarefas do dia seguinte, amigos de infância, e o pensamento corre solto. Vejo um cachorro sentado na calçada, um senhor andando curvado, uma criança fazendo birra com a mãe, pássaros voando - e um avião também. Motoqueiros cortando o trânsito, o casal do carro ao lado brigando por causa de uma frase mal colocada, o ônibus atrás lotado. Vou escrever sobre isso e sobre aquilo. Aquela outra coisa ainda não, preciso formar uma opinião melhor. 

E eu, que nos últimos dias, andei caçando algo pra escrever, pra abrir o penúltimo mês no ano com chave de ouro, mas bateu foi um cansaço. Um cansaço do ano que teve mais turbulências do que todas as aeronaves do planeta. Mas um ano que teve muita coisa boa, realização de sonhos, mudança de rota, crescimento.

A falta de inspiração é uma consequência do excesso de cansaço. Um banho de mar resolve? E como! Mas a reta final, sempre é a mais difícil. Exige o máximo de você, tanto em paciência, quanto em desempenho. Esses lapsos de falta de criatividade, sei que são passageiros. Logo menos estou aqui, jorrando palavras com ou sem sentido. 


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Uma oração


Como a inspiração (tema de um futuro próximo aqui no blog) anda faltando no trabalho ultimamente, passei a bola para outra pessoa.

Pra quem curte e pra quem não curte, fica minha mensagem do dia, cantada pela irreverente Rita Lee!




Bjuca!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O consumidor


Esta é um carta verídica, de um consumidor que teve seu direito violado. 


Há 25 anos comprei uma lava louças BRASTEMP, que funcionou muito bem durante todos esses anos, até o mês de abril de 2013, quando essa heróica máquina não aguentou mais e partiu desse mundo.

Muito contente com esses 25 anos de serviço, sai com minha esposa a procurar uma nova lava-louças da BRASTEMP.

Entrei na Loja Fast Shop da Rua 23 de maio n.º 1947, no Shopping Paulista, no dia 24/05/2013. Durante a escolha da máquina, vimos outras marcas e outros modelos da BRASTEMP, mas queríamos a mais moderna - o lançamento - e, após analisar várias máquinas, adquirimos uma lava louças Ative 12 Serviços da BRASTEMP, por R$ 2.899,00. Na hora de preencher o pedido, uma das perguntas que a vendedora fez foi: VOCÊS QUEREM 110 W OU 220 W?”.

Como sou Engenheiro há 30 anos e sei que utensílios que esquentam água como chuveiros e outros, funcionam melhor e sem oscilação no 220 W. Não tive dúvidas, minha resposta foi: “ 220 W”.

Em seguida minha esposa foi até o caixa e deu seu cartão para o pagamento e saímos felizes para esperar a chegada da máquina. Após alguns dias, o motorista e o ajudante de caminhão da loja, pararam em minha casa e descarregaram a máquina BRASTEMP. A levaram até próximo à cozinha, abriram a caixa e perguntaram se era a máquina que tínhamos comprado.

E lá estava a “minha BRASTEMP”, pensei. Vai aliviar as lavagens de prato, que eu encaro, de vez em quando, nos fins de semana. Feliz, coloquei a máquina no mesmo local, embaixo da pia onde a outra BRASTEMP ficou e funcionou por 25 anos. Mãos à obra! Engatei a entrada e a saída de água, coloquei na tomada, enchi de louças e liguei. Que maravilha!! Lavou e secou tudo. “Passou no teste!”, pensei.

No próximo fim de semana, (uso somente nos fins de semanas, quando a louça dobra encima da pia) todo contente, coloquei os pratos e talheres na lava louças e liguei novamente. Não aconteceu nada, ela estava quieta, não funcionava. Ai peguei o manual e fui fazer as verificações. Tirei e recoloquei as mangueiras, e ai desta vez com os óculos (pois tenho 2,5 graus nas lentes) vi que tinha uma etiqueta que dizia: Voltagem 110.

Aí começou meu calvário!

Liguei na Loja e consegui falar com um gerente de nome Alexandro e expliquei que tinha comprado 220w, e entregaram 110w e como eu já tinha tudo pronto para a máquina ( local onde funcionou há outra tanto tempo) não coloquei os óculos para conferir, se era 220W e não 110W (Uma sugestão: a BRASTEMP deveria obrigar que técnicos instalem suas máquinas, assim como outras fazem, exemplo: LG, Electrolux e outras). O consumidor tem que estar atento se não, vai para o buraco.

Ai depois de diversas ligações o Sr. Alexandro me passou o número do SAC da Brastemp. E eu liguei para o SAC, e uma atendente me passou o número do protocolo, dizendo que eu deveria procurar a loja,  pois, a loja vendeu 220w e entregou 110 w.  Veja que, na nota que me entregaram no dia da chegada da máquina não dizia que voltagem era. Liguei diversas vezes no telefone que essa funcionária da BRASTEMP me deu, e só dava gravação. Nunca mais consegui falar com ela.

Aí fui para a assistência técnica e nos primeiros dias de junho retiraram a máquina para conserto.

A assistência técnica que me atendeu foi a Ati-Servi Eletro Domésticos Ltda. E ai, começa a segunda temporada do seriado. Primeiro: precisava de uma placa para ver o que tinha sido danificado, placa esta que, chegou às mãos da assistência em 08 de julho de 2013. Segundo: somente dia 27 de julho de 2013 recebi um orçamento, dizendo que tinha que ser trocado uma eletrobomba e uma válvula de entrada.

Como já não aguentava mais, autorizei imediatamente o conserto.  E depois de vários e vários dias de espera, mais precisamente no dia 03 de setembro de 2013 recebo um e-mail da assistência com os seguintes dizeres: O motor e as outras peças da lava louças já estão conosco. Está faltando apenas, um interruptor de porta. O prazo para entrega da sua lava louças ocorrerá, no mais tardar dia 20/09/2013. Atenciosamente, Ana”.

Esperei mais uma vez, mas a máquina não veio. Bastante pressionado pela minha esposa (com total razão, pois não aguentava mais tanto descaso), nos dirigimos novamente até a assistência técnica no dia 04 de outubro de 2013 e fomos informados pela Sra. Eva que ainda faltava mais uma placa que a BRASTEMP AINDA não tinha entregue.

Portanto, resolvi escrever e contar o absurdo pelo qual estou passando, por ser um consumidor de terceiro mundo. Pois em um país sério, essa loja e essa fábrica já teriam resolvido esse problema.

Comprei em 25/04/2013. Hoje é dia 08/10/2013. (Quase seis meses depois e ainda não usei a máquina)

Vejam: meus pagamentos estão em dia. O que não está em dia é o conserto da minha máquina. 


Depois que essa carta chegou na BRASTEMP, nas mãos certas, o caso foi solucionado. Uma nova máquina foi entregue ao consumidor.

Aqui não é o canal do Celso Russomano, mas a carta, repleta de indignação e ironia com os envolvidos, que não estavam nem ai para o consumidor, querendo que ele se cansasse e desistisse, teve um desfecho favorável. Milhares de pessoas no Brasil, deixam para lá, em casos como esse, por causa do descaso. Muitas vezes, nem PROCON e nem Celso Russomano conseguem resolver a situação, por causa do descaso absurdo por parte das empresas.

Mas sabe porque isso acontece? Porque tem muito funcionário insatisfeito com o emprego, que apenas cumpre metas, não quer saber dos danos que pode estar causando.

Essa história é real, o nome do consumidor foi preservado, mas o da loja e da assistência não. 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Carta ao Prefeito


Senhor Prefeito, 

Seu primeiro ano, no cargo de prefeito deste município não passou despercebido. Algumas críticas, alguns elogios. Corpo mole e muitas missões cumpridas. Um prefeito jovem, em um município que durante muito tempo fora dirigido por pessoas mais velhas. O asfalto chegando, a educação infantil crescendo, o IPTU aumentando, e leis sendo vetadas e liberadas. Buracos sendo tapados, torneios de futebol beneficentes, e a primeira dama mergulhando no trabalho social. 

Lógico que tem gente, que mistura cidadania com politicagem, e irá vomitar um monte de reclamações sobre isso e sobre aquilo. Sobre as multas que se proliferam como gremlins graças aos radares móveis camuflados, sobre a lei de regularização que não deveria ter sido publicada, sobre os pontos turísticos que andam largados a própria sorte, sobre lixeiras que não são colocadas em cada poste no centro da cidade, e assim por diante. Sei que é apenas um prefeito, e não um gênio da lâmpada mágica pronto para atender o pedido de todos os cidadãos atibaienses. 

Gosto da ideia de investir nas crianças, faça isso sempre, não apenas no primeiro ano de sua gestão e no último, mas durante os 04 anos, de forma ininterrupta. Atente-se a saúde, ela também é importante - e nossa cidade tem uma carência grande. Multas servem para disciplinar, e não para arrecadar dinheiro. Mais propagandas turísticas, menos propagandas políticas. Ouça todas as opiniões, e depois passe uma régua e selecione as melhores. Ouvir é uma boa qualidade. Na operação tapa buraco, preze pela qualidade em vez da quantidade - tanto para o asfalto, quanto para o quadro de funcionários. 

Em 04 anos, não dá para fazer tudo, revolucionar a cidade, mas já dá pra fazer muita coisa bacana, que vai render por muitos anos. Reeleição é apenas consequência de um bom trabalho executado. Ser prefeito não é um privilegio, é um dever. 

Agradeço, em nome da grande maioria dos cidadãos, as benfeitorias que tem feito por nossa cidade, mas também, venho alertá-lo de que isso tudo é apenas o começo de uma grande jornada - e que estamos de olho.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Jovem pra ser velha e velha pra ser jovem


Está aí um assunto que eu sempre saio pela tangente: Envelhecimento. Eu sei, é o processo natural da vida. Enquanto escrevo esse texto, envelheço aos poucos. Também sei que, adquirir idades ao meu currículo só agrega sabedoria - ou não. Sei de todo o roteiro, mas ainda não gosto do assunto, nem na teoria, nem na prática.

Não brigo com o espelho, nem fico caçando rugas e cabelos brancos, mas não gosto de pensar no assunto, como muitos pensam. A única coisa que penso é na aposentadoria antes dos 60. Aposentadoria? Pois é, antes eu pensava em entrar na faculdade e encontrar meu primeiro emprego. Hoje planejo a aposentadoria. Sintomas de que estou envelhecendo. Mais uma garantia, né? Pessoas em processo de "amadurecimento" gostam de garantias, zonas de conforto, continuidade da árvore genealógica. 

Vire e mexe jogo uma mochila nas costas para acordar a juventude que habita meu ser, mas logo aponta uma dor nas costas que mostra que já estou ficando velha para ser jovem, mas mesmo assim, lá estou eu, brigando com a tal rivalidade. Conserto: brigando não, tentando encontrar um meio termo.

Mas confesso, bate um desespero assim, miudinho, mas bate. Começo a cuidar da saúde, do corpo, a ler mais, para ser se cabe em minha cachola toda informação do mundo. Mas o que pega mesmo, bem lá no meu ego, é a vestimenta. (Se você pensou que era botox e cirurgias plástica, se enganou!)

Quando se passa dos 25 anos, a pressão da sociedade é que você use roupas adequadas para sua idade. No meu caso, camisas, saltos e saias. Ok, legal. Mas isso não é a minha cara. Não é que é roupa de velha, é roupa de gente grande, e eu ainda, mesmo que seja só no espírito, ainda não me engrado nessa categoria. Já me tiraram os tênis, e agora me vem que sapatilhas não pode? Ah, mas vá!

Dá pra ser fofa, após os 25 anos, sem parecer uma adolescente de 15. Dá pra ser despojada aos 35 anos, sem a rebeldia dos 18.  Você não precisa vestir a fantasia de gente grande, e assim ficar pro resto da vida. Assim como, de vez em nunca eu subo no salto, entro numa camisa e saia lápis e mergulho na maquiagem; e de vez em sempre, estou eu com uns jeans, uma blusinha, de cara lavada e rabo de cavalo, pé no chão ou de tênis, sendo feliz. 

A beleza não é estar de acordo como a sociedade exige. Acho lindo cabelos grisalhos, não penso na velhice, porque o hoje é o que me interessa. E se eu puder trapacear, usando havaianas e rabo de cabelo, em vez de saltos e botox, acredito que eu aceite melhor tal fase que chegará na minha vida. 

Isso pode parecer um monte de desculpas esfarrapadas, ou um desejo desesperado pela juventude. Mas no fundo, eu quero menos opinião sobre o que eu vou ser quando crescer, e o que eu vou vestir para passear no shopping. Não sou modelo, nem fashionista. Não sou encanada com rugas, nem com fios brancos. Não sou desleixada, nem desprovida. 

Hoje sou jovem pra ser velha, mas também, velha pra ser jovem. 


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Xodó do xodó



Um xodó é assim, 
carinho daqui, beijinho de lá,
um agradinho aqui, um ciuminho de lá.


Ombro pra encostar,
um colo para deitar.
Uma forma de carinho, demostrar.


Um xodó é um cafuné,
um abraço,
um bem me quer.
Um pessoa,
um cabelo e até um pé.
Uma criança,
um homem ou uma mulher.


É um chamego,
ao mais querido.
Um apego,
ao preferido.


Xodó do xodó,
é um xodó ao quadrado.
Ela namora ele,
e ele, é seu namorado.



sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Viajei


Chega de viajar em rimas (eu estava inspirada nesses últimos dias, confesso!) e bora conversar sobre outros tipos de viagem.

Já viajei algumas vezes na minha vida. Para cidades pertinhas, outras longinhas, com a força do pensamento e com a ajuda da maionese. Já atravessei fronteiras. Gosto de ser turista, assim como, gosto de ser viajante. Se você me perguntar qual foi o lugar que eu mais gostei, não vou saber te responder. Tanto lugar bacana, com uma história surpreendente que, se eu escolher uma só, estarei sendo injusta. Sempre fui para onde eu quis. Planejei, pesquisei, meti a cara e desvendei mistérios incríveis, que ninguém nunca ousou mexer.  

Mas a viagem não é só a ida. A volta também tem viagem, tem história, tem um ângulo que permite nos maravilharmos com coisas familiares. Nada como nosso lar. Nada como viajar, eu diria.

Não posso ver passagem aérea em promoção que entro em parafuso (tipo viciadas em sapato com um cartaz de "50% OFF"). Pezinho no aeroporto e a mente já no destino final: lá estou eu fazendo trilhas, comprando chaveiros, tirando fotos, olhando tudo para não me perder, esperando o ônibus, comendo sentada na calçada enquanto olho os carros passarem, dormindo em camas duras e fedidas, tomando banho de água gelada, maravilhada com tanta coisa diferente que, pouco me importo com as adversidades à frente. 

Não posso ver um solzinho lindo no céu que já me imagino numa praia, observando o vai e vem das ondas, pensando em nada, tramando tudo. Querendo viver ali, daquele jeito, para todo o sempre, debaixo de um coqueiro, tomando uma água de coco, só observando. 

Quando vejo um carro na minha cidade, cuja placa é de outro cidade que não conheço, automaticamente viajo para esta cidade, imaginando como ela é, quando a primeira igreja foi construída, a comida tradicional, o tipo de ar, o tipo de cidadãos, e por ai vai. 

Viajo diariamente, cada minuto para um lugar diferente. Viajo lendo um livro, uma revista, vendo uma foto, placa de carro, uma música. Viajo numa conversa, dirigindo e sonhando. Viajo nas palavras.

Viajei escrevendo esse texto, você provavelmente viajou lendo-o, assim como, deve ter viajado em tantos outros textos espalhados por aqui. Viajar é preciso, vivo repetindo isso que nem um papagaio elétrico. Então... viaje! Da forma que conseguir, mas viaje!

Bom, viajei.

Dia

Nem todo dia é um bom dia. O tempo amanhece nublado, o patrão acorda zangado, o trânsito emperra, o computador trava, há mais choro do que riso, mais problema que solução, mais tédio do que remédio, mais mala do que amigo. Dia que dá vontade de dormir o dia inteiro, não sair da cama nem que o papa toque a campainha ou um tsunami suba a serra. Dá aquela vontade de não fazer nada, não pensar em nada, jogar tudo pro alto e virar cigano de uma vez (Aff, mas até nisso falta coragem). 

Dia que não se acerta nem na discagem do número da própria casa, que a fila do banco é maior que a rodovia mais extensa do mundo, que a bateria do celular acaba na mesma hora que o carro quebra na rodovia, o chuveiro queima bem na hora de enxaguar o xampu, a chave cai no bueiro e uma pomba batiza sua cabeleira. Dia que a mãe implica por tudo e o chocolate não resolve absolutamente nada. 

Tem dias que, o melhor é nem por o nariz fora de casa.

Nem todo dia é um mau dia. É um buquê de flores do nada, um chocolate por uma gentileza, um obrigado de bom grado, um com licença com delicadeza, um abraço que conforta, um sorriso que motiva, um motivo que não se faz necessário.

O trânsito flui, há solução para cada problema, o céu tá aberto, bonito e saudoso, não há pombas com dor de barriga, a fila do banco anda, o chuveiro não queima, o carro não quebra, a bateria não acaba.

Dia que começa mal e termina bem. Que começa bem e termina mal. Começa bem e assim termina. E começa mal e vai até o fim.

O bem e o mal, um complementa o outro, tipo arroz com feijão, café com leite, goiabada com queijo. 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Garimpando


A gente sonha com um canto bacana para morar. Pode ser perto da praia ou da montanha, próximo ao centro da cidade ou não, uma casa com escadas ou toda plana. Piscina e jardim? Pode optar também. Um apartamento ultra moderno, uma casa toda histórica. Nosso sonho pode se torna realidade, podemos construir ou não a casa de nossos sonhos, e decorá-la ao nosso bom ou mau gosto.

Garimpando daqui, garimpando de lá, com as novas tendências, de arquitetura moderna, decoração retrô, clima ameno, trânsito local, tudo isso vai entrando na lista de requisitos. Pode ter um pouco do calor do nordeste, e da neve que cai no sul. Nada dos chuviscos paulistas, e dos 40 graus carioca. Tem que ser o lugar perfeito pra se viver.

Mas mudando de pato pra ganso, em determinado momento da vida, corrigindo, da morte, não poderemos escolher nossa nova morada, pois, nossas atitudes já terão escolhido. Pra quem acredita em céu e inferno, o calvário começa. Todo mundo almeja ir para o céu, e todos temem as chamas do inferno.

Garimpando daqui, garimpando de lá, eu não quero ir para o inferno. E não porque lá seja quente demais, maldoso demais - o mundo o qual vivo já é assim -, não quero ir por um motivo simples: vou encontrar muita gente conhecida por lá. E quando viajo, a última coisa que quero é encontrar alguém conhecido.

Mas eu sei que, quando eu tiver que trocar de casa, não irei nem para o céu, e muito menos para o inferno. Purgatório? Já estou nele. O céu ou inferno será a última morada. Talvez eu vá pra China ou pra Africa, continue aqui no Brasil, só que em um estado diferente. Tudo dependerá do que eu darei ao mundo, se será mais positividade ou negatividade. Tudo depende só de mim.

Garimpando daqui, garimpando de lá. Pegando o que é útil e agrega, dispensando o que não vale a pena. Certo e errado, depende do ângulo. Não tema o céu e nem o inferno, tema apenas nunca encontrar seu próprio caminho, a morada dentro de você.


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Trânsito à vista!


Segundona, logo cedo quando me levanto, sinto um vento quente no ar. Olho pro céu, e quem está todo sorridente? O sol! Deixo o receio de lado, pego o capacete e vou de moto trabalhar. Não vai chover, não vou me molhar. A meta é chegar em ponto, mal pegar o trânsito, sentir o vento na cara. E lá vou eu.

A tarde o tempo mudou. Telefonei para São Pedro e perguntei: "Tá de brincadeira? Fecha a torneira!". Logo escutei ele resmungar, um trovão ecoou pelo céu. A chuva? Nem apareceu. O mormaço ficou, o tempo fechou, e nenhuma gota caiu. Ufa...Tomar banho de chuva é bom, quando não estou encima duma moto, andando em ruas revestidas de paralelepípedos que com água ficam escorregadios  como sabão. 

Rumo pra casa, me deparo com um trânsito quilométrico. Corto ou não corto? Costuro ou não costuro? Que papo é esse de corte e costura? Gíria de motociclista, aprendi na Mix. Cortei, logo costurei. Buzinei, me sentindo uma moto girl do mal. Freei com tudo, pensando o pior: "Lá estou eu, pela terceira vez, testando o asfalto!". Foi de raspão. O trânsito não fluía. Aquelas buzinas cantando todas juntas estava me deixando louca, até parei de usar a minha. Caminho alternativo, corredores livres, e lá estou eu, economizando milhares de minutos do meu tempo. 

O porque do trânsito? Um caminhão quebrou bem na rotatória. E dizem que em cidade pequena não tem dessas coisas de tráfego intenso, poluição sonora, quilômetros de trânsito parado. Atibaia não é uma cidade pequena, embora tenha, de fato, muita gente miudinha de caráter, mas não estamos falando disso, né?

E lá estava eu, feliz da vida, sentindo o vento no rosto, ultrapassando todos os carros que estavam ali, sem ar condicionado, inspirando poluição, expirando indignação por perder o inicio da novela das seis. Enquanto eu, economizando tempo, gasolina, ajudando a não destruir a atmosfera, chegando no horário de sempre, e nem sentindo os efeitos colaterais do trânsito em minha vida. 

E a tendência é piorar. Não pelos caminhões que vão quebrar em esquinas e rotatórias, minando o trânsito local, mas pelo excesso de carros que saem, diariamente de concessionárias, e fecham o trânsito. Carro é uma maravilha, mas vem se tornando um grande problema. Lógico que, se o transporte público fosse bom, todo mundo iria trabalhar de ônibus. Mas isso é mentira. Nem todo mundo iria, nem todo deixaria o conforto do carro, com um som só seu, um espaço cheirosinho, para pegar um ônibus lotado, de gente cheirosa e fedida, para ir trabalhar. Lógico que você não fará o esquema carona coletiva, para não se sentir na obrigação de sempre estar amarrado ao favorzinho. 

Eu tenho pensado seriamente em comprar uma bicicleta. Me falta fôlego para investir em tal transporte alternativo, já que será um tremendo rally de tantos sobes e desces de casa para o trabalho, e do trabalho pra casa. Mas estou pensando, trabalhando nessa mudança positiva, pois será menos um carro travando o trânsito, menos um carro poluindo o ar e mais dinheiro útil no meu bolsinho.

Preparem-se: Trânsito à vista a cada baixa do IPI. E logo menos, uma nova ponte aérea: Guarulhos-São Sebastião. Porque descer a serra, é luxo ultimamente. Assim como, almoçar em casa, quando se mora à apenas 5 km do trabalho, a demora é de 25 minutos para concluir o trajeto. 

Mas enfim, um beijo pra São Pedro que não mandou água, e ao meu bom senso que usou a moto como meio de transporte rápido numa segunda que tinha tudo pra ser a treva. 

O universo conspirando ao meu favor, porque eu estou conspirando a favor dele. Troca mútua, uma via de mão dupla. Trânsito à vista, é apenas uma pista, de como você pode mudar... sua vida.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Corujinhas


A primeira coruja,
nasceu no fim da tarde.
Toda meia suja,
mas sem muito alarde.

Logo em seguida,
uma, duas e três.
Parecia uma corrida,
quatro, cinco, seis.

A fileira foi crescendo,
as corujas aparecendo.
Os docinhos surgindo,
Juro, as escutei rindo!

Olhos arregalados,
barriga arrendondada.
Pode vir tudo,
chocolate, pirulito, bala.

A primeira puxou a fila,
chocolate, bexiga, amendoim.
A briga começou entre elas,
era uma piada sem fim.

Aos poucos foram sossegando,
cada uma ao seu posto.
Também, com tanto doce,
enjoaram do gosto.

Quando a última nasceu.
As 199 pularam.
Piraram? Indago eu.
Os gritos continuaram.

Pro espaço elas foram,
para as crianças alegrar.
Uma pra cada lado,
para seu novo lar.