quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Desapeguei

Há mais de um ano venho exercendo o desapego na minha vida. Tanto de coisas materiais, quanto imateriais. Fácil não é, mas a gente tem que começar pelas coisas mais fáceis, para depois ser fácil partir para as difíceis. Complexo o que eu disse? Ok, vou desenvolver melhor a mensagem meio subliminar que lancei ao vento. 

Eu era muito apegada aos meus brinquedinhos, mas que brinquedinhos são esses? Aqueles, da época da infância, que vinha no kinder ovo, no mc lanche feliz! Lembraram? Pois é. Eu sempre tive muitos, muitos mesmo! Mas eu tive que começar a me desapegar, já que eu estava lutando por um espaço maior para meus livros (A gente tem que se desapegar de algo, para se apegar em outra coisa), e tinha chego a hora dos brinquedos ganharem um novo lar, um lar onde eles tivessem a função de brinquedo e não de enfeite. Foi uma das coisas mais difíceis da minha vida. Me desfaço sem problemas de roupas e calçados, mas os brinquedinhos que estavam há mais de 1 década comigo, precisavam urgentemente de um novo lar. 

Lá fui eu, separar um por um. Mas pra quem eu destinaria a minha herança? Será que eu perderia minha infância com cada brinquedo que se ia? Se eu continuasse a pensar, os brinquedos certamente ainda estariam em casa, enfeitando minhas prateleiras e sendo objeto de desejo das crianças visitantes. (Detalhe: A egoísta aqui nunca se atreveu a permitir que alguma criança  tocasse os benditos brinquedinhos). Eu abrindo mão do meu legado em pró da felicidade alheia. Um ato de desapego, sim. Mais um desapego doloroso.

Sid, Many, Wood, Buzz, Fred, Kiko e Nhonhô cruzaram o Atlântico e o Pacifico para alegrar dois guris. Do outro lado, Chiquinha, Dino, Jessie, Chaves, Catatau e Zé Colméia estão tendo uma vida agitada em alguma cidade do interior de São Paulo. Os Smurfs? devem estar aprontando todas com a nova dona. Os guaxinins fofos, estão dormindo agarradinhos com alguma criança. Certamente, eles devem estar bem mais felizes com a agitação do novo lar, já que, nasceram com um destino certo: brincar. 

Ainda tem mais uma leva, que logo logo estará indo para um novo lar. E os anões, que eu tanto amo e prezo, ficarão comigo até o final, pois como disse no inicio deste texto, a gente se desapega do que é mais fácil primeiro, embora não tenha sido fácil deixar uma parte da minha vida sair encaixotada rumo a um novo cenário. 

Já desapeguei de sentimentos, de pessoas, de roupas e objetos. Mas acredito que, tudo que esteja diretamente ligado à nossa infância (que no meu caso foi bem feliz) ou a momentos felizes, seja difícil de desapegar. Pois tudo que é bom, temos a mania de querer guardar à sete chaves, para ficar ali, como uma válvula de escape, um precioso imensurável, que perde o valor, conforme a finalidade principal é substituída por outra que, perde o sentido.

Que meus herdeiros cuidem com todo o carinho dos meus ex-xodós. E que um dia, passem eles para a frente, num clico contagioso de desapego e felicidade.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Entrelinhas


As entrelinhas nunca dizem o que deveria ser dito. Fica ali, pairando no ar a procura de que alguém a apanhe e a compreende, da forma mais sincera possível. Mas ninguém faz nada. Todos estão cegos e surdos, mas mudos? Jamais. Ninguém quer ver as coisas como realmente são, ninguém quer escutar o que deve ser escutado, mas todos falam o que querem, para quem quiser escutar (e alguém de fato escuta?). As estrelinhas, não vem sendo uma boa solução, e já deixou há muito tempo de ser uma alternativa, digamos que, útil. 

Energeticamente falando? É exaustivo. Não dá pra ficar matando cobras, leões e colocando girafa pra dormir todo santo dia. Cansa, e quando eu digo que cansa, é que cansa muito, mas muito mesmo. Principalmente no campo emocional. Esgota tanto que, quando você chega em casa, a sua única vontade é se jogar na cama, sem banho, sem jantar, e deixar que o sono te leve para algum lugar - que seja bem longe e que evite que você gaste o restante da energia que te sustenta. Mas lógico que tem que rolar um rango e um bom banho, pra soneca ser bem mais prazerosa.

Convenhamos, pra quem acredita, é claro! Fazer qualquer coisa, sem a energia devidamente equilibrada é querer apostar corrida com lesmas e ainda sim, perder de L-A-V-A-D-A. Não dá pra encarar aquele cliente chato, muito menos fechar aquele relatório tenso, falar então? Se torna algo tão complexo, que você deseja que ninguém te faça nenhum pergunta, principalmente se você está bem. Bem, bem, com certeza você não está, mas os credores não fazem questão de saber disso. Dane-se seu emocional, eles querem seu dinheiro, querem suas contas devidamente pagas em dia, ou senão, protesto já! Mas ainda bem que as contas estão em dia, algo tem que estar em dia, né? Se o sono e o equilíbrio não colaboram, as contas pelo menos, continuam nos trilhos.

A gente faz caras e bocas, reclama da chuva que não cai e da seca que se alastra, mas não fecha a torneira enquanto escova os dentes ou lava a louça. Reclama sem parar que o Brasil é um país de merda, que todo mundo rouba no Congresso Nacional, mas compra filme pirata e sonega tudo o que pode e o que não pode. Dedinhos apontados pra todos os lados, se olhar no espelho e admitir as próprias falhas, é luxo baby.

Passei um fim de semana quase inteiro pensando em como deixar as entrelinhas mais claras, para que as pessoas pudessem entender o recado. Assim como, em como seria uma vida onde o capitalismo não reinasse tanto e pudêssemos fabricar a própria roupa, a própria comida e o celular não fosse um rastreador, e sim um aparelho para conversar, matar saudades - e não para ditar ordens e correr contra o tempo.

Natal tá chegando, um novo ano também. Talvez seja hora de vomitar verdades antes de cair de boca na ceia e sair rolando rumo ao novo ano. Talvez seja hora de dar um bastar e se desligar desse sistema corruptivo que te faz ter uma vergonha escandalosa de ser honesto.

Daqui a pouco vão me dizer que honestidade é crime. Lamento dizer que, estarei na lista dos réus com prisão perpetua - ou até mesmo - pena de morte decretada. Sim, as vezes dá vergonha de ser honesto, mas a cabeça fica bem leve quando encosta no travesseiro. 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Muro x Ponte


Começo o texto de hoje com uma indagação: "Você é um muro ou uma ponte?" Você provavelmente está pensando que eu pirei na batatinha, pois você é uma pessoa, de carne, osso e sentimentos, e não um muro, e muito menos uma ponte, feita de tijolos, cimento e alguma estrutura. Mas caro leitor, todos nós temos um pouco de ponte e um pouco de muro em nosso interior. Explico.

Somos pontes quando nos permitimos lutar por nossos objetivos, fazer novas amizades, superar nossos medos e traumas. Somos muros quando acreditamos que somos donos de verdades absolutas, não precisamos de nenhum amigo, e tememos o não. Somos pontes quando queremos saber sempre mais, e muros quando achamos que sabemos tudo. Pontes unem, muros separam.

Com essa breve explicação, volto a perguntar: "Você é um muro ou uma ponte?". Você se boicota ou encara cada desafio que aparece na sua vida? Você foca mais na sua evolução ou fica na janela observando o progresso alheio e se lamentando? Você exercita o dialogo ou apenas briga? 

O problema da grande maioria é que, não pensam nas consequências de suas ações. Enclausuram-se em seus mundinhos minúsculos, com poucos gatos pingados como aliados e petrificam em suas próprias concepções e conservadorismo, não permitindo-se evoluir como tem que ser. Rebelam-se com criticas, inibem as próprias falhas, ao mesmo tempo que apontam dedos instáveis para as falhas dos outros. Quem é muro, segue insatisfeito com a vida que leva, mas não faz absolutamente nada para mudar. Quem é ponte também é insatisfeito com a vida que tem, mas sempre segue em frente para mudar e aprimorar, transformando ignorância em sabedoria, irritação em paciência, sonhos em objetivos.

Muros privam, acorrentam, inibem o futuro. Pontes auxiliam na conquista, pois não bloqueiam o caminho, ao contrário, abre ele, rumo ao futuro, que sempre será incerto, mas que depende de nossa força de vontade para torná-lo um presente satisfatório. Escolha ser uma ponte, por mais simples que essa venha a ser, para alcançar o futuro.  


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Foi sem querer querendo


Lá vem o Chaves, Chaves, Chaves... Essas pequenas palavras em forma de música me fazia sair correndo pela casa para pegar o melhor lugar no sofá. Desde que eu me entendo por gente, foi a única série que eu acompanhava religiosamente e que não enjoava nunca (Pois é, pois é, pois é). Até hoje quando assisto, dou as mesmas risadas. Minha mãe vê Chaves, logo lembra de mim. E se vê a Chiquinha, falta dizer: "Olha lá a minha filha!".

Já chorei inúmeras vezes com o episódio que chamavam o Chaves de ladrão e o expulsavam da vila. E aquela vez que, ele estava escrevendo uma carta para agradecer o Seu Madruga por ter dado comida ele algumas meses? E a felicidade sem fim quando o Seu Barriga o levou para Acapulco? E aquele sanduíche de presunto que atiçava minha lombriga ao mesmo tempo que a do Chaves era atiçada? Minha infância não teria sido nada, se esse menino órfã que morava num barril não tivesse entrado em minha vida através da televisão. (Cansei de contar as vezes que pedi um barril de presente de natal pra minha mãe e tive meu pedido negado!)

Eu duvido que tenha algum programa no ar que seja tão engraçado - e inocente ao mesmo tempo - que consiga prender a atenção das crianças. 

E a mente brilhante, que criou todo esse espetáculo, com personagens únicos, com bordões inspiradores, hoje já não está mais com nós. Mas deixou um pouco dele, em cada palavra dito por esse personagem ícone, em cada gesto estrambelhado ou cada batida sem querer querendo que recebeu o Seu Barriga.

Sou infinita e irremediavelmente grata à oportunidade que tive - e ainda tenho - de reviver minha infância - através do humor requintado e modesto de Chaves.

Roberto Bolanos, meu muito obrigada por criar uma série sem querer querendo,  mesmo muita gente não tendo paciência com você, por tudo tudo tudo ter que ser resolvido após seu veredito.

Pra você dou nota 10. Zero? Só se eu fosse burra. 


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Sobre pequenas felicidades


E o ano definitivamente está por um fio. Eu sei, chega essa época do ano, você fica na contagem super regressiva de mandar a dieta para o espaço, de pegar férias pois já está saturado de tudo e de todos e com um único objetivo: Começar o novo ano gordo, feliz e renovado. Então para ajudar na contagem regressiva, nada como enumerar as pequenas felicidades para deixar o caminho até o final de dezembro mais leve e motivado.

Como cada um tem suas pequenas felicidades particulares - tem gente que conta, e tem outra gente que não conta - vou enumerar minhas pequenas felicidades, que fazem toda a diferença no final do meu dia.

  • Cachorro Quente, lasanha, algodão doce;
  • Livros (Quanto mais, melhor!);
  • Ir ao cinema e não ter nenhum criança chutando meu banco;
  • Ganhar um presente inesperado;
  • Sair bem na foto;
  • Passar um fim de semana sem atender o celular;
  • Banho quente, sem pressa nenhuma pra sair;
  • Barulho de chuva antes de dormir;
  • Receber um elogio profissional de alguém que eu admiro MUITO;
  • Ir à praia;
  • Achar dinheiro;
  • Sair na sexta do trabalho com todas as pendências concluídas;
  • Pastel de espinafre com ricota do Frituz;
  • Uma noite BEM dormida;
  • Quitar uma dívida;
  • Meu pequeno Charlie;
  • Uma consulta altamente proveitosa na terapia;
  • Vaga para estacionar;
  • Ficar deitada numa rede me sentindo uma marajá;
  • Ver um corrupto que não conseguiu se safar devolver cada centavo pego.

Essas são as minhas pequenas felicidades. Quais são as suas? 

Meu conselho? Foque nelas para que seja mais leve encarar os próximo dias até o tão esperado natal e ano novo! 



segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O saber ouvir

Uma amiga foi passar uns dias em um retiro de meditação, onde a meta é não falar e encontrar o eu interior. Eu admiro, e dependendo de como for à experiência dela, quem sabe no próximo retiro eu não me candidate?

Mas a questão em si é: Como é que ela vai aguentar passar 10 dias sem dizer absolutamente nada? Não sei, terei que esperar o seu regresso para perguntar.  Palpito que o “bom dia” será trocado por sorrisos, assim como o “ obrigado” e o “boa noite” usará a mesma metodologia. Mas e o “Ai!” será substituído por uma careta? Mas se eu deixar de analisar friamente todo o contexto, esse retiro não é tão somente para você encontrar o eu interior, tem um leque bem maior atrás da meditação toda. O aprender a silenciar vem lado a lado do saber conversar, e você se engana ao pensar que, silêncio e conversa são duas coisas que não habitam o mesmo mundo. Eles são mais irmãos que muita gente solta por aí.

A partir do momento que você aprende a silenciar, você consegue prestar atenção em tudo ao redor, logo, numa conversa formal  ou trivial, você escutará da forma correta o seu interlocutor, dando a devida atenção e não pensando em respostas ou cortando-o no meio das palavras, para mudar de assunto, assim, desvalorizando o que o outro tem a lhe dizer, logo fará uso das palavras certas, mostrando assim, seu respeito pelo interlocutor e por você mesmo.

Vivemos, infelizmente, em um mundo onde todos, a todo custo, querem mostrar o quão são inteligentes e superiores, onde falam sem parar e sem pensar, sequer dando a oportunidade dos outros falarem, e quando falam, sequer estão escutando. Eu já fiz isso e com certeza você também já fez.

Com a ideia de que o mundo está andando rápido demais, na intenção de aproveitarmos cada minuto, falamos demais para preencher as lacunas vazias, ouvimos de menos como se isso fosse desnecessário e esquecemos que o silêncio é uma das coisas mais valiosas que dispomos e não utilizamos.

Na maioria das vezes, as respostas estão nos silêncios que recusamos em escutar.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Conversas escutadas


Na sexta, eu fui pra São Paulo de ônibus. E a vantagem de ir para qualquer lugar de ônibus é que, mesmo involuntariamente, você tem acesso à conversa alheia. E escutar a conversa alheia, por mais que seja algo meio "indecente" é bom pra podermos avaliar o quão nossa vida é boa ou ruim. Na minha frente estavam sentadas duas senhoras e a conversa que se seguiu entre elas foi mais ou menos essa:



- Você nem sabe, a minha sobrinha de apenas 20 anos está grávida, e sequer sabe quem é o pai?  Uma desajuizada essa menina! Não pensa em estudar, só quer ficar indo nesses bailes, agindo como uma sem vergonha que não teve educação...

- Ah, mas isso já era esperado, os pais sempre deixaram ela fazer o que bem entendia, desde pequena. Boa coisa não ia dar, mais cedo ou mais tarde ia pegar barriga.

- Isso é verdade. Mas ainda bem que ela é sobrinha da parte do meu marido, pois Deus me livre se fosse da minha parte da família. Graças à Deus na minha família todo mundo é centrado.


Bom, essa tia, certamente é daquelas falsas, onde bajula na frente e detona por trás, maledicente é a palavra correta. Falar mal da sobrinha, que engravidou aos 20 anos e ainda por cima dizer que a família do marido é meio desvirtuada. Mas eu fiquei com uma pulga atrás da orelha no termo "pegar" barriga. Até ou eu sei, todos nós nascemos com barriga (ou eu estou enganada?!). A prosa das duas senhoras continuou a viagem inteira, cada hora falando mal de algum membro da família. E como ficou desinteressante, comecei a prestar atenção na conversa do casal que estava atrás de mim. 

- Olha, sua avó é a pessoa mais muquirana que eu já conheci em toda minha vida. Tenho dó de vocês na infância, com certeza ela morria de dó de servir um copo de água, aposto.

- Amor, as coisas não são bem assim. Vovó passou dificuldades quando era jovem, então hoje ela é bem contida em tudo.

- Contida? Sua avó só pensa em como tirar dinheiro dos filhos e se fazer de pobre coitada. Ela não entendeu bem o aprendizado das dificuldades da juventude. Uma coisa é valorizar, outra coisa é ser uma mão de vaca irremediável. 

Juro, eu quase cai na gargalhada com essa história. O namorado/marido estava indignado com as atitudes da avó da moça, que ao relato dele, deve ser a mulher que mais carrega escorpiões no bolso. Muquirana e mercenária.

Analisando de fora essas conversas, mais parecem implicâncias baratas, de uma tia maledicente com a sobrinha desajuizada; de um "neto" com uma avó mercenária. Mas cada um sabe o peso que carrega dentro de um ambiente familiar. 

Conviver em família é uma das coisas mais difíceis de lidar. Há aqueles que sempre querem ser melhores, há aqueles outros que adoram dar opinião sobre tudo, há também, aqueles que, querem te converter custe o que custar e tem horas que conviver com tios, primos, avós, etc, fica um saco, graças à falta de respeito que a famosa "cota sanguínea" se permite em ter. 

Eu relatei acima, casos cotidianos, que com certeza tem em toda família. Na minha família, por exemplo, não há só uma tia maledicente e sim várias. Gente desajuizada, um outro tanto. Mercenários? Ultrapassa o elenco do Filme que carrega esse título. Adianta falar alguma coisa? Não, não adianta. Pra conviver bem com a família o segredo é simples: Morar longe e se ver esporadicamente, assim, quando ocorrerem encontros, não haverá tempo para falar mal da vida alheia ou se irritar com opiniões descartáveis. 

Independente da sua tia ser  uma maledicente; seu tio, um corrupto; sua prima, uma desajuizada; sua avó, uma mercenária, e os outros tantos, cheios de defeitos também, lembre-se: você é QUEM escolhe com QUEM quer conviver. Cota sanguínea, não diz absolutamente nada, nos dias atuais. SINTONIA é tudo que uma FAMÍLIA de verdade tem que ter. 

O resto? É só para fazer volume na sua árvore genealógica. 


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Click!


E chegou a sexta mais esperada do ano inteirinho. Juro de coração que meu dia predileto é quarta-feira e que eu não fico tão ansiosa assim pela sexta (já que muitos sábados eu trabalho), mas hoje, excepcionalmente  hoje, eu rezei que chegasse logo. Todo mundo fica animadíssimo pela sexta-feira. Mas eu estou animada porque hoje, vai ser A SEXTA-FEIRA. 

Eu soube através do Whatsapp. Quanta ironia! Eu, fanática lunática, não fui quase a primeira a saber, se duvidar, fui uma das últimas. Mas pelo menos, eu soube a tempo. Prima querida serve pra essas coisas, pra avisar que a felicidade, de vez em quando, sobe num avião e vem do sul pra capital paulista, alegrar a vida de milhares de fãs. Pois bem, eu vou, porque se eu não for, hoje será, definitivamente o dia mais infeliz da minha vida. Um dia sem carboidratos, sem livros autografados, sem a musa inspiradora de palavras sábias que me faz correr contra o tempo e lugar pelo quase último assento disponível no ônibus, tudo isso não pode ser em vão. Lógico que eu VOU, já que eu não posso ter uma lasanha, eu mereço perder um dos pés da minha sapatilha na estação da Sé bem na hora do rush. Porque tudo tem que ter emoção, entrar no metrô por livre e espontâneo empurrão e sair do mesmo da mesma forma. Só espero não cair, assim como, também espero sair com os meus dois pés calçados. É pedir muito? Não, não é. 

Mal dormi essa noite, revisei mil vezes se eu não tinha esquecido nada. Daí eu lembrei que eu quase estava esquecendo de almoçar. Detalhe, né? Porque um evento desse, desbanca (na minha sempre humilde opinião) qualquer SPFW da vida. É um evento que você tem que ter um celular com bateria na mão e uma caneta reserva na bolsa, só por garantia. Pois garantia é tudo que não temos nessa vida, mas por precaução, a gente finge que tudo é garantido. Exemplos? Me garantiram que o ônibus vai chegar lá as 17:30h, me garantiram que o metrô nem vai ser tão lotado assim, me garantiram que a corrida do táxi até o tal evento é bem em conta, me garantiram que não vai estar lotado. Tá vendo? To mundo me garantiu mundos e fundos e eu estou botando a maior fé nessas garantias de felicidade continua e infinita que ocorrerá na minha vida a partir das 19h. Não há garantia alguma, só expectativas. Mas pra mim, no momento, já está de bom tamanho.

Se eu estou ansiosa? Lógico! Quem não estaria? Oportunidades assim não batem duas vezes na mesma porta e a gente tem que chorar rios de lágrimas (que poderia encher uma represa quase seca) e implorar pro chefe deixar você sair mais cedo, alegando que é por uma ótima causa (e nesse caso, é mesmo). 

Vai rolar um click da caneta DELA para autografar meus livros. Vai rolar um click da minha câmera, para registrar esse momento tão importante da minha vida. 

E dessa MONTANHA RUSSA  de ansiedades infinitas, nem um DIVÃ seria capaz de controlar meu nervos que estão à flor da pele. Mas nessa de ser uma DOIDA  e SANTA, a única garantia que tenho é UM LUGAR NA JANELA reservado no ônibus das 16:30h. SER FELIZ POR NADA é a GRAÇA DA COISA. Eu ainda não estou acreditando que vou encontrar a Martha Medeiros daqui há algumas horas! 



quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Polemizando


Uns tempos atrás, eu escrevi uma coisa aqui que desagradou tanto os gregos, que eles resolveram revidar Troia. Tipo história de mitologia grega, mas a arma eram dedinhos revoltosos e línguas afiadas! Mas isso é algo do passado, embora o tema não seja algo do passado.

O que é caridade pra você? O dicionário é claro na descrição: esmola, favor, beneficio, bondade, compaixão. Eu particularmente, discordo das três primeiras definições. Tenho minhas próprias opiniões sobre isso e acredito que elas não sejam revelantes o suficiente para serem abordadas nesse texto. Caridade pra mim é um ato de BONDADE e COMPAIXÃO. 

E a caridade não está apenas na forma material. Doar um sorriso ou até mesmo um abraço, é uma forma de caridade. Há quem precise de sentimentos assim para acreditar e seguir em frente. Mas a caridade na forma material e até mesmo na imaterial, tem sido camuflada pela vaidade. Vamos sintetizar?

A caridade, na minha singela e humilde opinião, é fazer uma doação anônima e não contar para absolutamente ninguém, nunca! Nunquinha mesmo! É ajudar quem precisa não por obrigação, status ou reconhecimento, e sim, porque é o certo a fazer. Pois essa é a verdade essência da caridade: Fazer o BEM sem querer absolutamente nada em troca, e nisso eu incluo um simples "Obrigado". 

Existem pessoas em toda parte do mundo que, só pratica a caridade em troca de reconhecimento, moral e aplausos. É lamentável, mas é algo válido. Pois toda ajuda é válida, independente das verdadeiras intenções das pessoas, se faz isso de coração, ou faz para se promover de alguma forma. 

Mas eu ainda, como uma simples tola, ainda acredito que a forma mais bela de praticar a caridade, é aquela feita unicamente com o propósito de AJUDAR quem precisa, sem pequenas divulgações, sem egos exaltados ou vaidade embutida. Doar um sorriso, um abraço, uma atenção não é esmola, favor, nem obrigação nenhuma se a nossa intenção é trazer um pouco de alegria e esperança para alguém que está deficiente desses sentimentos. Doar um quilo de alimento, uma roupa ou até mesmo um móvel, não é esmola, favor, nem obrigação pra quem quer ajudar na construção de um lar. E sair contando aos quatros ventos o quanto você é caridoso, o quanto faz isso e aquilo não te torna uma pessoa boa, de fato.

É fácil? Eu admito que não é nada fácil. Quer um exemplo? Ricardo Coiro diria: "É como beijar a Angelina Jolie e não poder contar ao seu melhor amigo".

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Dia de Lamentação


Pra quem não sabe, eu voto desde quando me entendo por gente. Dá época em que nem urna eletrônica existia. E eu todo ano perguntava pra minha mãe se tinha eleição, por dia de eleição, era o dia mais feliz da minha vida. De manhã, eu ia votar com o meu pai, a tarde eu ia com a minha mãe. E nesses dois passeios, um era de um lado da cidade, e o outro era, do outro lado, eu tomava sorvete, perguntava aos meus pais sobre porque tínhamos que fazer isso, qual era a importância dos "x" nas cédulas, ou dos números da urna eletrônica. E ambos diziam a mesma coisa: "Estamos votando pelo seu futuro!". E como naquela época eu ainda era uma criança, eu perguntava o que eles estavam votando pelo meu futuro, pois naquela época, meu sonho era ter uma banca de revistas! 

Meus pais nunca abordaram sobre política na minha frente. Pra dizer bem a verdade, acho que eles nunca gostaram muito do assunto. Nunca os vi discutindo entre seus amigos que o candidato A era bem melhor que o candidato B, eles tinham muitas outras para fazer do que discutir por algo que não era assim, tão relevante. Mas uma coisa talvez eles não soubessem, ou se soubessem eu nunca havia percebido: Eles não estavam votando pelo MEU futuro, eles estavam votando por NOSSOS FUTUROS. 

Mas o que eu quero dizer com isso? (Ok, ok, eu já sei que escrevi sobre política esse mês e minha cota está por um fio). É que não adianta eu, você, fulano ou sicrano ficar gritando, esperneando e bufando sobre direita ou esquerda. Cada um sabe o que o leva a escolher o seu candidato. Não vale a pena deteriorar amizades e relacionamentos por causa de um evento assim, que ao mesmo tempo que é muito importante, não é. 

Não estou falando de terroristas ou playboys, estou falando de pessoas. Pessoas que as vezes gostaria de discutir sobre viagens, filmes, coisas leves para aproveitar a companhia de quem está ali. Discutir politica, NO MEU PONTO DE VISTA, é algo completamente banal, pois com todo o perdão da palavra, a opinião de cada um é como se fosse uma bunda, cada um tem a sua e faz o que bem entender dela.

Não votou 13? Beleza. Não votou 45? Beleza também. Votou em branco ou anulou. Lógico que, economicamente falando, o novo governante é quem decidirá como seguirá o futuro da nossa economia. Mas tirando isso, você é o único responsável por seu futuro. Ninguém mais é responsável por isso. Então pare de culpar nordestinos por isso. Não fale mal da corrupção da Dilma se você falsifica carteirinha de estudante para pagar meia em tudo, ou não fale sobre os erros do Aécio se você conduz o seu automóvel alcoolizado.

E como suspeitei desde o principio, (Da-lhe Chapolim Colorado!!!) os inconformados de plantão estão chamando as pessoas de retardadas porque elas votaram em alguém que eles não aprovam. Elas também devem achar que você é uma aberração da natureza por cutucar o nariz em público e soltar pum dentro de um ônibus lotado. Vivemos numa época em que, cada um faz o que é melhor para si, e não o que é melhor para todos. Entendeu?

2018? Eu voto no Tiririca para Presidente!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

É dada a largada!


E já passamos pelo primeiro turno das eleições no Brasil. Já definimos senadores, governadores, deputados federais e estaduais. Agora no segundo turno iremos (sim, NÓS! Todos os eleitores do BRASIL) decidir quem irá governar nossa nação. Quem tem algum perfil, em qualquer rede social que seja, recebe diariamente, de forma ininterrupta, uma série de relatos sobre os candidatos concorrentes. São inúmeras matérias sobre corrupção petista ou corrupção tucana, amizades sendo deterioradas por um motivo único: TODOS ACREDITAM NO FUTURO DA NAÇÃO, só que, de uma forma diferente.

E sim, mais uma vez, vem a leiga no quesito politicagem, dar a humilde opinião. O problema da corrupção num todo ou em separado, não é a política em si, mas no ser humano. SIM, a politica no Brasil está escrachada, as pessoas não tem mais esperança de que alguém que entre, seja de fato honesto o suficiente para não pegar uma fatia do bolo. Há controvérsias. Eu entendo perfeitamente, são CPI's sem fim investigando casos e mais casos de lavagem de dinheiro. É o principio da publicidade fazendo o direito valer, deixando transparente para todos os cidadãos o que está acontecendo em Brasilia ou em qualquer outra cidade do país. Mas porque a politica do Brasil está escrachada? Porque o ser humano, que pode tanto escolher o lado bom, quanto o lado ruim, nem sempre opta pelo melhor. E não há corrupção só na repartição pública, há inúmeros casos de corrupção e apropriação de dinheiro em empresas privadas também, mas por serem de pequeno porte, não tem a mídia urubuzando. 

A politica não é a vilã da história, é apenas a consequência, não a causa. A causa somos todos nós, homens e mulheres, cidadãos e eleitores. Somos nós que conduzimos para a direção que queremos ir. Quando melhorarmos nossos valores e atitudes, com certeza a politica tomará um outro rumo. Não adianta fechar grandes avenidas e fazer manifestações, quando na hora de votar, optarmos por um candidato que já deu indícios de que não estará lá para servir ao que a NAÇÃO necessita e sim para servir as suas próprias vontades. Eu acredito (me perdoe quem discorda) de que muitos que foram para às ruas, na época da manifestação, nem sequer sabiam porque lá estavam. 

O Collor fez um estrago no Brasil e está aí, eleito. Maluf também, tem um monte de devotos que fecham os olhos para as barbaridades que já cometeu. Não só os pobres votam na Dilma e os ricos no Aécio. Não tem mais essa de elite x proletariado. O Brasil, do jeito que está, não tá legal. É uma mistura e opiniões, digamos que, um pouco democrática. É muito bacana ter programas que ajudam pessoas de baixa renda, mas é algo que tinha que motivar as pessoas à trabalharem e não a largarem seus empregos e viverem exclusivamente disso. É errado também tirar os programas, e assim deixar milhares de famílias abaixo da linha da pobreza. É duro falar de politica, programas sociais, liberdade de expressão, quando tudo está mais entrelaçado que nem os fios do computador, que eu escondo atrás da mesa que dá pra parede. 

Cada um vota no candidato que achar melhor. Então, parem com a síndrome de colocar a culpa em alguém. Tiririca foi eleito? Foi, mas ele foi sincero, convenhamos. Pior do que tá, não fica, pelo menos da parte dele. Não tem propostas? Não tem, mas até o presente momento, não há indícios de que meteu a mão no dinheiro alheio. Virou palhaçada eleições, virou. Talvez um novo critério tenha que ser estabelecido e os salários diminuídos, assim como, os benefícios, pra entrar realmente quem queira trabalhar (Ok, admito. Sonhei muito alto agora).

Então pessoas, dia 26 vote pelo crescimento do país. Analise friamente, sem sentimentos, os prós e os contras de cada candidato. Mas faça uma pesquisa distinta, por favor. Nada de se basear em opiniões alheias e informações difamatórias.  Mude suas atitudes, não há nada de mau em fazer isso. Se preciso, mude suas opiniões, ninguém tem o direito de te criticar por isso. Mas por favor, por favor, por favor, por favor, não pense apenas no que entrará em seu bolso, mas na ORDEM e no PROGRESSO  que nosso país precisa. Chega de palavras estampadas em bandeiras e ditas em discursos vagos, precisamos de atitudes - a começar por nós mesmos. 

Tem um ditado que diz " Quem pode o mais, pode o menos". Ou seja, quem rouba uma "caneta", rouba um "país", pois ser honesto não tem tamanho. Ou você é, ou você não é.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Alô Doçura!


Embora o título seja doce, eu preciso falar sobre dois barzinhos/lanchonetes que Atibaia tem a honra de ter no seu repertório gastronômico maravilhoso e que eu tive a honra de conhecer. Resumindo: As calorias que eu perdi durante a semana eu tive o prazer de adquirir de volta (sou difícil de me desapegar das coisas, viu?).


Vamos começar ?



Frituz do Caixote - Al. Prof. Lucas Nogueira Garcez, n.º 4225 - Jardim das Flores


Eu gosto muito de barzinho estilo alternativo que não prega o exibicionismo. No Frituz do Caixote você encontra exatamente isso. A decoração é rústica, as mesas são feitas de paletes e os bancos são caixotes (sim, caixotes de feira!) e ficam na calçada, quadros super criativos nas paredes, luzes super coloridas perdidas entre as plantas que dão uma vida ao local e os vasinhos super charmosos nas mesas. Dá vontade de levar tudo pra casa!

O cardápio é diferenciado, tive a honra de comer o melhor pastel de espinafre com ricota do mundo, assim como um lanche de pernil estupendamente e maravilhosamente temperado (tinha a opção do pernil com goiabada, mas meu conservadorismo não me deixou misturar doce+salgado, mas quem comeu, amou!). Mas cada dia eles inovam no cardápio. Preço? Justíssimo. Cerveja? Heineken e Stella são os carros chefes da casa, mas há outras opções também . Vinho? Vááárias opções. Comida? É surpresa, mas garanto que vale cada mordida dada. Lá o esquema é pague e pegue, ou seja, você compra suas fichas no caixa e depois pega (eles não trabalham com garçons), embora sejam super prestativos e levem as comidinhas e bebidinhas até onde você estiver! Fernando e Paula são os mentores dessa ideia tão inovadora que vem agradando cada fim de semana que passa os novos clientes e curiosos que por ali param. Simpatissimos, com certeza terão sucesso nessa empreitada.

O Frituz do Caixote abre as sextas e aos sábados, a partir das 20:00h. O lema deles é #amadrugadaexiste. Então se a insônia te atingir, pode ir sem medo até eles que um belo lanche estará te aguardando, eles fecham só quando o último cliente resolve ir embora! Eu recomendo!







Rosa Chá - Hamburgaria - Avenida Santana, 228 - Jardim Floresta




Pensa no melhor hamburguer caseiro que você já comeu na vida? Pensou? Ele não chega nem aos pés do hamburguer do Rosa Chá. Lá você encontra três opções da hamburguer caseiro: carne (que eu provei e amei),  frango e o vegetariano. Mas o hamburguer em si já é um refeição e tanto, que você comeria outro de pura gula mesmo, de tão bom que é! Mas vem umas batatinhas ali que faz você ser a pessoa mais feliz do universo por poder provar uma das 10 maravilhas do mundo gastronômico moderno. A cerveja da casa é a Paulaner, mas você encontra algumas nacionais também. E quando você pensa que já não aguenta comer mais nada durante um mês, o garçon vem e sugere a sobremesa da casa, que é o famoso bolo de chocolate sem farinha. Daí você, que nem é de perder oportunidades assim na vida, vai saber quando você comerá um bolo sem farinha, pede um sem pensar muito, só pra saber se essa outra experiência entrará para o ranking dos momentos mais felizes de sua vida. E não é que vira? Como pode um bolo sem farinha ser tão firminho? Lei da gravidade explica? Não, e nem a Rosa dá a receita. 

Ah... O Rosa Chá serve almoço! (Mas eu não sei o horário), e aos fins de semana fica aberto até às 24:00h. Agrega valor no seu currículo? Muito! Agrega calorias à sua circunferência meio avantajada? Agrega! Mas afinal, o que importa é ser feliz, não é? Então coma! 

Vale ressaltar que o preço é justo e vale muito trocar uma rede de fast food por um lanchão assim, que dá água na boca só de lembrar!









E aí? Ficou com fome? Só de escrever eu já fiquei. Então não me venha com churumelas dizendo que Atibas City não tem barzinho/lanchonete bacana, com custo-beneficio legal. Dicas dadas, lançadas ao vento, para que sejam propagadas por aí e muita, mais muita gente mesmo descubra essas preciosidades e vá pessoalmente conferir!



sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Imprevistos


Uma grande amiga, hoje encontra-se numa situação delicadíssima no quesito saúde. Dói de ver, de sentir. Imprevistos da vida que mal batem na porta e chegam chegando fazendo uma bagunça na nossa vida, adiando planos, recalculando rotas.

E o que eu acho dessa situação toda? No fundo algo me diz que tudo vai dar certo. Que apesar de certas bifurcações no caminho e este ficar torto, a chegada ao final feliz e tranquilo é certo, que há coisa bonitas nos esperando lá na frente se assim acreditarmos. Sim! Eu acredito na recuperação a curto prazo. E acredito também que, as pedras que encontramos no caminho não são relevantes, o que vale mesmo são as flores que encontramos no caminho e carregamos conosco, principalmente no coração. E essa minha amiga carrega muitas flores no coração, flores coloridas, cheias de vida e cheiro.

Dói ter a vida revirada do avesso? Dói. Dói ver sonhos fugindo entre os dedos? Dói. Dói não ter uma varinha mágica para reverter toda a situação? Dói. Mas nessas dores que aparecem de supetão em nossas vidas, aprendemos a valorizar nossa garra e determinação e começamos a trabalhar para reverter o que dá para ser revertido.

O que eu posso fazer por ela hoje? Rezar e arrancar sorrisos. Aliviar um pouco da dor dela com gargalhadas de histórias que fazem parte de capítulos de nossas vidas. Vai ter recuperação? Lógico que vai. Vai ser breve? Eu não sei, mas tenho fé que tudo isso fortalecerá laços familiares e de amizade, e que o amor e carinho que ela vem recebendo de todos vai ser a melhor e maior injeção de ânimo que ela precisará nesse momento.

Nas risadarias de hoje (que gerou uma bronca da enfermeira de plantão), eu virei pra ela e disse:

- Quando a tristeza entrar sem bater, vira pra ela e diz: "Tristeza, volta outro dia, eu tô muito ocupada pra você hoje!". Ela caiu na risada e só teve forças pra dizer: "Ai Bru". 

Pelo menos eu sei que, o imprevisto que deu para eu aparecer lá, ajudou que os minutinhos da minha permanência naquele ambiente fossem preenchidos com um pouco de esperança de que um dia as coisas não voltarão a ser como antes, mas bem melhor do que ela possa imaginar. 


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Sobre Intro Metida


Gente, gente. Pessoas, pessoas!

Um minutinho da vossa atenção, por favor! 





Depois de um ano no lançamento do meu primeiro livro, na versão digital, pela Saraiva, venho vos informar que, agora o livro está disponível na Amazon para o mundo todo (Você leu certinho, MUNDO todinho!!).

Meu muito obrigada a todos que compraram, compartilharam e gostaram!

Pra quem ainda não teve a oportunidade de ler, aproveite! Agora você tem 02 opções! =)






quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Micos e Falhas


Acho que chegou a hora de vir a público todos os contratempos que enfrentei em minhas viagens. Nem só de promoções e passeios se faz viagens, pessoas! Pra quem acha que minhas viagens são mil e uma maravilhas, sem contratempo nenhum, começará agora, um breve relato de todas as vergonhas e micos que já passei (tudo porque eu queria economizar cada centavo). 


1-) Fortaleza/CE - DEZ/2007

Eu já conhecia Fortaleza, mas eu não conhecia todas as praias intituladas como maravilhosas e esplendidas. Numa excursão que levava até Canoa Quebrada, uma praia longínqua e famosa, eu e meu primo, que na época tinha 11 anos, resolvemos andar na famosa jangada. Inexperientes em selecionar a melhor jangada e um bom jangadeiro, pegamos o mais barato (nem tudo que é barato é bom, hein?), o jangadeiro era doido de pedra e a jangada dele era literalmente uma furada. No meio do mar, aquele troço começou a afundar e eu e meu primo nos desesperamos, porque estávamos muito longe da praia e havia uns peixes enormes, que com nosso pouco conhecimento, achamos que eram filhotes de tubarão. O que nos restou? Voltar nadando desesperadamente para não sermos comidos pelos "filhotes de tubarão" e deixar o jangadeiro naufragando sozinho. 


2-) Blumenau/SC - JUN/2008

Existe cidade mais encantadora que Blumenau? Sim, existe milhares, mas eu ainda me encanto por Blumenau como se nunca tivesse pisado ali. Minha primeira aparição na cidade me rendeu muitas andanças, o que foi ótimo. Andar por aquelas ruas é perder a noção do tempo e do lugar onde se está. E sim, eu perdi literalmente a noção do tempo (Pavilhão onde acontece a Oktoberfest, eu tomando chopp, já viu, né?) e quando dei por mim, faltava exatamente 15 minutos para o ônibus sair com destino a Florianópolis. O albergue que me hospedei era de um lado da cidade e a rodoviária do outro lado. Sai correndo, achando que eu estava numa maratona, peguei minhas coisas no albergue e quando cheguei na rodoviária o ônibus já tinha saído. Ok.... Eu sai correndo pelas ruas, e encontrei o ônibus 6 ruas mais à frente. Pois é... de vez em quando é preciso fazer exercícios físicos intensos. 


3-) Florianópolis/SC - Fevereiro/2010

Fevereiro, alegria. Muita festa, carnaval. Ilha, muvuca, assim esperávamos eu e mais quatro amigas. Carnaval em Floripa. Sol, mar e muita festa. Como eu sabia que a ilha fervia de gente e a locomoção seria drástica, tive a ideia de girico de alugar duas motocicletas Biz. Até aí tudo bem, pegamos as Biz e fomos ser feliz em Floripa, até que... numa das várias ladeiras, chego lá em cima com a minha biz se esgoelando e percebendo que minhas duas amigas que estavam na outra biz não chegavam nunca! (Detalhe... Deixei minha amiga que estava na garupa acelerando a biz, pois se ela desligasse... sabe-se lá quando conseguiríamos ligá-la de novo) e fui procurar elas. Elas estavam subindo a ladeira literalmente empurrando a Biz, pois a motoca não tinha força alguma. Lá fui eu ajudar a empurrar a biz. Depois descobrimos que essa mesma Biz fraca, estava sem freio e sem velocímetro. Só posso dizer que passamos quatro dias dando voltas e mais voltas e evitando radares, descidas e subidas.


4-) Bonito/MS - Fevereiro/2011

Bonito é Lindo. E toda lindeza que há naquela cidade perdida no Mato Grosso do Sul, se reverte em alto custo. Lá tudo é caro. Qualquer passeio que seja, é caro. E a forma mais barata de se locomover por lá, de um ponto turístico até outro é de moto táxi. Eu que não gosto desse meio de transporte (quem dirige moto, não sente segurança nenhuma em qualquer outra pessoa pilotando) tive que me render em função de economizar e aproveitar mais. Em Bonito as ruas e estradas não são asfaltadas Até ai, tudo bem, eu sabia que do albergue que eu estava até a Gruta da Lagoa Azul, eu chegaria meia sujinha de terra, mas nada como levar na mochila, uma troca de roupa e tudo resolvido. Peguei o primeiro horário (06:30h), eis que o moto-taxista era um doido (eu tenho uma sorte de encontrar doidos nas minhas viagens, que só por sorte mesmo eu estar viva até hoje!), que ele corria tanto e eu sabia que não ia prestar: Moto + velocidade + estrada de terra + terra fofa = dois seres estirados no chão. É, o tombo foi feio e eu achando que ia chegar meio sujinha de pó, cheguei fantasiada de garota terra e recebida em meio as gargalhadas dos guias que estavam esperando seus grupos. (Eu tinha outra troca de roupa... mas como eu estava literalmente suja, não ia sujar outra roupa, né?) 


5-) Amsterdã/Holanda - Maio/2014

É de conhecimento geral que em Amsterdã o meio de transporte mais popular e usado são as bicicletas. Ok. E as bicicletas e a lambretas/motocicletas podem andar pelas calçadas. OK. E lá a coisa funciona mais ou menos assim: A preferência são para ônibus, carros, lambretas/motocicletas, bicicletas E pedestres, nessa ordem pra ser mais precisa. Eu sabia que deveria estar sempre muito atenta, para não correr o risco de ser atropelada... e eis que.... eu fui atropelada por uma bicicleta. Falha minha, eu sei. Eu estava tentando me localizar no mapa e quando vi, estava caída, com uma bicicleta em cima de mim e a ciclista do outro lado e mais outras bicicletas caindo por cima. Como eu não entendo nada de holandês e meu inglês é muito fajuto (e eu não tinha noção se pedestre que causa acidente de trânsito era preso ali) me levantei e sai correndo o mais rápido que pude (ainda bem que ninguém saiu correndo atrás de mim), chegando no albergue suja, com roupa rasgada, cansada e nem percebendo o quão descabelada eu me encontrava.


Pois é gente. Quando vemos fotos, ficamos imaginando tudo de bom de uma viagem e nem nos atentamos aos imprevistos e micos que acontecem com os viajantes. Sempre que me lembro desses incidentes, caio na risada, porque querendo ou não, são histórias engraçadas que hoje fazem parte da minha vida.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Sobre: A famosa Bienal do Livro


Enfim, eu fui conhecer a Bienal. De começo posso adiantar: Consegui continuar firme na promessa de não comprar livros. 

Sobre a Bienal do Livro: Não gostei. Preços abusivos. Fazendo um balanço do que eu gastei entre ingresso, combustível, pedágio, estacionamento, eu conseguiria comprar pela internet cerca de 6 livros bacanas. A impressão que eu tive? De que as pessoas acham que somos tontos e alienados, começando pelo estacionamento. O preço? R$ 50,00. Sim, você leu certo e eu não digitei errado. Pra você parar seu carro, o valor era de R$ 50,00. Achou pouco? Esse é só o começo.

Pra quem deixou para comprar o ingresso na hora, teve que encarar desorganização e filas quilométricas. Pra quem comprou antecipado (pela internet) não encarou filas - pelo menos nisso eu tive uma santa sorte. Enfim, eu não encarei filas, mas fui jogada para dentro de uma pavilhão que mal dava para transitar. O excesso de pessoas impedia que víssemos quem estava sentado no chão, então os tropeços eram gigantescos e garantidos. Muita gente mal educada (desde pais, quanto filhos). 

Sobre os livros: Caros, caros e caros. Eu sei, que os expositores pagam uma taxa para estarem ali, mas nada justifica o preço dos livros. Exemplo: Os livros do John Green na internet, na Saraiva ou Submarino, você paga em torno de R$ 19,90 à R$ 24,90. Lá era a partir de R$ 30,00. Acho que isso ajudou e muito eu me controlar e não comprar nenhum livro. 

Sobre os stands: Pra quem foi em busca de livros infantis, valia muito a pena adquirir. Os preços estavam justíssimos e de ótima qualidade. A faixa de preço era de R$ 3,00 à R$ 20,00. Pra galera adulta tinha stands de livros por apenas R$ 10,00. Tinham livros bacanas (sobre história), mas as filas para pagar eram quilométricas, e um detalhe: Não haviam pessoas ali para monitorar, então acredito que esses expositores tiveram muito prejuízo, "graças" as pessoas de mão leve.

Ou seja, para uma feira cultural, não havia incentivo nenhum à cultura e muito menos à leitura. Era uma exploração descarada. 

Eu não volto, assim como, não indico. Para um evento tão esperado, as expectativas foram mais que frustradas. Frustrada continuo eu, tendo que escrever sobre algo que me decepcionou em gênero, numero e grau. Talvez eu esteja ficando velha e só prefira livrarias com corredores espaçosos, preços tabelados e um café de onde eu possa admirar todo o acervo que um dia eu ei de ter na minha biblioteca particular.  

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Paciência

Apesar de ter apenas 1/4 de século, eu já não tenho paciência para muitas coisas. Não é estrelismo, não é arrogância, muito menos prepotência. É falta de paciência com reclamações baratas, com futilidade sem fim e falsidade infinita. Chega um ponto da nossa vida (cada um tem a própria idade e tempo para descobrir isso) que começa a pesar na balança entre ser feliz ou conviver pacificamente com tudo que desagrada e fere. Sim, dá pra você viver pacificamente sem ser desagradada e ferida, e ao mesmo tempo feliz. O nome disso é escolha. Saber escolher as pessoas com quem quer conviver e dividir as suas conquistas e derrotas, saber escolher onde se quer viver e como. 

Nos últimos anos eu tenho feito uma limpeza dura em muitos setores da minha vida, e isso vem surtindo um efeito muito positivo, logo isso é ótimo. Exclui da minha vida, sem cerimonias e churumelas pessoas que se revestiam de cinismo, inveja e mau caratismo. Parei de agradar aos outros e dediquei meu tempo a agradar a mim mesma. Pois aprendi que para fazer qualquer pessoa feliz, eu preciso estar feliz. E fazer coisas que me desagradam para ter supostos amigos do lado, já não faz sentido. 

Não tenho paciência para pessoas que causam conflitos por pouco e comparam todos a tudo e se acham donas da verdade e surdas para orientações. Não tenho paciência para discutir sobre pessoas com pessoas que vivem em função disso. Não tenho paciência alguma com falta de lealdade e corrupção ativa e passiva. 

Sabe as pessoas que só criticam e nunca admitem seu erros? Também não tenho paciência. Aquelas que não incentivam, colocam pedras no caminho, sempre rezo para não encontrar enquanto estou andando pelas ruas. Não tenho paciência, perdi há muito tempo. Posso ter perdido essa virtude muito cedo na vida, mas isso tem me rendido boas escolhas, me tirado de belas enrascadas (mas me coloca em outras tantas também, convenhamos!). 

Não tenho paciência com quem maltrata os animais, faz barbaridades no trânsito, fura fila e se faz de pobre coitado. 

Não tenho paciência com quem não sabe aproveitar as oportunidades que a vida fornece para crescer e aprender, nem com quem me faz perder o resquício de paciência que ainda habita em mim. 


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Sobre livros


Jurei pra mim mesma que passaria um ano inteirinho sem comprar livros. Vetei idas à shopping, bloqueei livrarias online. Tive a colaboração de grandes amigos que foram solícitos ao emprestar seus livros, também contei com meu bom senso de reler livros que eu já tenho em minha estante e que acrescentaram muito na minha vida. No meu aniversário os presentes foram livros e chocolates (existe combinação mais perfeita do que essa, minha gente?), e eu fiquei radiante ao ver meu amor sendo lembrado pelos amados. 

Existe uma tênue diferença entre gostar de ler e gostar de livros. Quem gosta de ler, lê qualquer coisa. Digo isso sem medo algum, pois é a mais pura verdade, a leitura pode ser de uma revista, um cartaz, uma bula. Já quem gosta de livros é quase inexplicável o sentimento. É o toque, é o cheiro, é a textura, é o conteúdo que envolve, hipnotiza, transgride. Existe mágica mais real do que entrar num livro e sair de lá completamente mudado? E livro pra mim não é só enfeite. Tenho que ler, sublinhar as passagens que me tocam e emprestar para que as pessoas possam também, aproveitar o que o livro tem a ensinar. 

Daí como essa promessa só vale para compras próprias, eu resolvi presentear todos os aniversariantes com livros. Por um lado, eu estava incentivando a leitura, por outro lado, impondo que a pessoa lesse. Entre prós e contras, fiquei bem feliz da maioria ter lido, ter gostado, ter agradecido e o melhor, ter me emprestado o livro para que eu pudesse também, aproveitar da leitura e do presente. 

Uma observação bem relevante: Estou no meu oitavo mês de promessa e eis que hoje começa a 23º Bienal do Livro em SP. Outra observação bem relevante: Eu nunca fui na Bienal. Mais uma observação relevante: Eu vou. Eu sei, estarei a prova de fogo. Tantos livros, uma só paixão, em um só lugar. Vai ser difícil resistir. Eu sei. Nem fui ainda e to aqui, sofrendo por antecipação. 

Bom, em breve haverá um post sobre minha experiência bem sucedida (assim espero!) da Bienal. Pra quem for: Boa diversão e boas compras!

sábado, 9 de agosto de 2014

Sobre a tal justiça


Lembro até hoje quando fiquei sabendo que tinha passado no vestibular pra Direito. Você deve estar pensando: "E daí? Grande coisa!". Mas era uma grande coisa mesmo. Ali eu tinha tantas esperanças de que eu seria o diferencial no mundo, que mergulhei de cabeça. Nos cinco anos de labuta, quis ser advogada, promotora, juíza, delegada, investigadora, até que eu caí na real e escolhi ser eu mesma. Pois é, não sou nada do que eu desejei em todos aqueles anos que sofri por notas boa e por compreender o que era processo penal na minha vida. Me tornei algo que eu não esperava, mas que eu gostei bastante.

Mas quando eu ingressei no curso, o senso de justiça predominava. Só que com as experiências que vamos tendo em nossas vidas, percebemos que a palavra justiça é um pouco vaga, e que ser justo nem sempre é fazer as coisas de acordo com o que a lei estabelece. Explico.

Uma das coisas que eu mais adoro é escutar relatos de pessoas que estavam literalmente na merda e encontraram uma forma de dar a volta por cima de forma justa e honesta. Pessoas que tem a habilidade de transformar um acontecimento ruim em uma experiência boa. Considero isso uma bela injeção de animo, quando acho que nada tem solução, que tudo conspira contra, que tudo é isso e que tudo é aquilo. 

Você provavelmente já deve ter convivido com alguém que tenha passado pro uma doença grave e superou toda essa situação ruim com otimismo e se tornou uma pessoa bem melhor. Eu conheço. Eu admiro. Eu invejo, admito. Gosto de gente que consegue manter o pensamento positivo e o ânimo firme, apesar de todos os pesares. Sei que isso é fé em si mesmo, e o quanto é difícil manter toda positividade quando tudo ao redor parece desmoronar, mas se há algo que eu aprendi de verdade nessa vida é que devemos acreditar que somos capazes de superar qualquer obstáculo.

Eu sei que tenho pouca idade, e que meu senso de justiça é bem diferente de alguém que tenha 30 anos à mais do que eu. São as experiências que nos moldam, mas é o caráter que nos leva ao que fazemos. Um recente aprendizado, fora da sala de aula sobre justiça, é que para ser justo de verdade, precisamos tirar todos os sentimentos de ação, analisar todos os prós e contras e não apontar dedos. Eu vivia falando que quem pouPa os maus, ofende os bons. Mas o que nós sabemos sobre poupar os maus? E se na verdade, os bons estão sendo poupados? A justiça, na realidade, começa a ser aplicada quando deitamos a cabeça no travesseiro e analisamos o que fizemos no dia e conseguimos adormecer em paz. Nós somos os maiores acusadores que podemos ter. O que nós achamos de nós mesmos conta mais do que uma multidão acha. E colocar defeito nos outros, não camuflará os nossos próprios defeitos.

É muito fácil vivermos em um mundo, com rotulações do que é certo e do que é errado, e assim, classificar pessoas entre boas e ruins. Mas a verdade é que, dependendo da educação que você tenha tido, os valores serão diferentes. 

Quando buscamos justiça, podemos estar sendo injustos. E com essa luz no fim do túnel, eu resolvi ser indiferente do que ter razão. Até porque, para ser justo, devemos deixar o orgulho e o ego de lado. 

terça-feira, 29 de julho de 2014

Bum Bum Bum ... O Castelo Rá-Tim-Bum!



Nesse fim de semana que passou, fui verificar de perto no Museu de Imagem e Som "Castelo Rá-Tim-Bum - A exposição". E foi uma experiência inigualável. A série foi ao ar de 1994 à 1998, logo fez parte da minha infância e de muitos outros novos adultos à solta por aí. Quem nunca desejou entrar no quarto do Nino através da porta giratória? Quem nunca adivinhou as charadas malucas do porteiro? Quem nunca cantou: "Passarinho? Que som é esse?". Pois bem, lá na exposição você pode conhecer cada compartimento do castelo.


A exposição é válida tanto para as crianças quanto para os adultos, mas nem todos os objetos podem ser tocados - pois muitos são da própria série. Logo na recepção tem uma Maquete gigantesca do Castelo. Aqui fica minha parabenização pública à equipe que a desenvolveu - Perfeita!




Klift Kloft Still... A porta se abriu! Bora conhecer o castelo?





Para conhecer todos os compartimentos da exposição gastei mais ou menos 50 minutos. Se você for o tipo de pessoa louca-desvairada-estarrecida por fotos, certamente gastará o dobro - ou mais - do tempo. Experiência própria: Você quando passa pelo porteiro acaba mergulhando naquele mundo e só quer observar, e nem se dá conta de que possui uma câmera nas mãos! Sim, eu tirei muitas fotos (nem todas estão aqui, pois havia ambientes escuros e as fotos não ficaram legais! =(

Detalhe importantíssimo: É proibido filmar e as fotos tem que ser sem flash. 

O tour começa na entrada do Castelo com o Porteiro. A partir daí, prepare-se para entrar num túnel do tempo e relembrar todas as músicas que você jurava de pés juntos que não lembrava. Logo após a incrível recepção do porteiro você será recepcionado por ninguém mais, ninguém menos que o Nino! Dali por diante, você conhecerá o bibliotecário Gato Pintado e a fantástica biblioteca (que dá uma invejinha em qualquer admirador de livros), o laboratório dos cientistas Tíbio e Perônio, a Oficina do Dr. Victor (onde tem o par de botas falantes e o Nino fazia suas trapalhadas), encontrará o Mau ( com sua gargalhada fatal) e o Godofredo nos encanamentos...

Ah... e quem é que lembra da Sala de Música acoplada com a Sala de Lareira? Pois bem... ela está lá... toda linda e impecável. Sim, lá é um dos poucos lugares onde quase TUDO pode ser tocado. Você pode até se dar ao luxo de descansar por lá! (Muitas escadas, fora que o lugar precisa de um tempinho extra para ser admirado!).

E como nos episódios da série... Sim, o Etevaldo também dá o ar da graça. Mas a diferença é que nós é quem vamos ao encontro dele ao espaço sideral. 

O saguão do Castelo, sem dúvidas, é o lugar mais aguardado por todos os visitantes. É através dele que temos acesso à cozinha, ao quarto do Nino e ao quarto da Morgana. Que se jogue no chão primeiro aquele que NUNCA sonhou em estar em tal lugar. Lá ficam expostas as roupas do Nino, Zequinha, Pedro Biba, Penelope e Bongô. 

O quarto do Nino, todo decorado de Gibis do Calvin em vários idiomas (quando eu disse "todo" eu incluo chão, paredes e teto, viu?), lá quase TUDO NÃO pode ser tocado, por serem peças originais. Então se você imaginou que ia fazer a mesma bagunça que eles faziam, pode tirando toda sua cavalaria da chuva.

Tchan, tchan, tchan. O quarto da Morgana sempre foi a minha paixão (adoro bruxas, só pra constar), e como ele aparecia tão pouco nos episódios da série, fiz questão de desfrutar e gastar um pouco mais do meu tempo nele. Lá é um dos ambientes que mais tem peças originais, e mais completos (na minha opinião), logo depois do saguão. Lá quem dá as boas vindas é a gralha Adelaide. 

Tem o Ninho... Daí você pode ficar cantando com os passarinhos e decifrando quais os sons que eles estão tocando. Se quiser, e a vergonha não te vetar, pode até "fazer parte do ninho deles. Do ninho, você pode ir direto ao Lustre visitar as fadinhas Lana e Lara. E pra fechar com chave de ouro? O Dr. Abobrinha! 


O preço da exposição é muito justo. Aqui em São Paulo, coisas bem planejadas e estruturadas como esse vento geralmente são caras, então vale a pena ficar na fila para aproveitar essa oportunidade única. Toda Criança-Adulto que teve sua infância um pedacinho dessa diversão deveria ir lá resgatar um pouco do lúdico que ficou para trás. 


Ficou curioso? Também quer ir? Não sabe onde que é? Calmaaaa! Vamos aos dados necessários! =)

Local: Museu da Imagem e do Som (MIS)
Endereço: Avenida Europa, n.º 158 - Pinheiros - São Paulo/SP.
Horários: Terça à Quinta das 11:00 às 21:00h / Sábados das 09:00h às 23:00h / Domingos das 09:00h às 20:00h.
O custo para ter acesso à exposição: R$ 10,00 (Inteira) e R$ 5,00 (Meia) e os ingressos são limitados. Tem que chegar cedo (antes das 10:00h) enfrentar a fila para comprar o ingresso (lá é por sessão.. então vá preparado para passar o dia) e depois uma outra fila para entrar na exposição de acordo com o seu horário. No site Ingresso Rápido é possível comprar ingresso (embora esteja bem difícil, estão liberando apenas lotes de 50 ingressos por dia), mas o valor é de R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (Meia). A vantagem de comprar pelo site é que você não precisa pegar fila.
Alimentação: Do lado do museu tem o Chez MIS, um bistrôzinho. Lá as coisas não são muito baratas, então pra quem vai encarar a fila e comprar o ingresso na hora, vale a pena levar umas guloseimas pra disfarçar a fome. Tirando esse bistrô, não tem outras opções de alimentação. (Quando eu saí de lá tinha chego um carro de hot dog). 
A exposição vai até o dia 12/10/2014 (Dia das Crianças!), então dá tempo para você se programar e ser feliz! =)