quarta-feira, 2 de abril de 2014

Chega uma hora que, a inspiração acaba.


Fico matutando aqui, no que escrever, no que falar, o que é interessante transmitir para quem lê esse singelo blog. Mas chega uma hora que, a inspiração acaba. Acaba que nem chuva de verão, férias desejadas, vidas no candy crush. Acaba quando a gente quer que ela continue. Acaba assim, como um tchau desesperado para não perde o ônibus. 

Andei visitando alguns blogs interessantes, lendo revistas de diversos assuntos, assistindo filmes, seriados, programas de auditório. Comecei a prestar mais atenção as pessoas nas ruas, nos carros que trafegam diariamente e no canto dos pássaros. E a inspiração? Ainda não se convenceu que era hora de voltar. Daí começaram as neuroses. Será que eu que a fiz ir embora? Mas o que eu fiz? Foi algo que eu escrevi? Ou que eu não escrevi? Foram os pensamentos reprimidos? Mas a inspiração? Me deixou no vácuo total, nem pra falar, não falou.

Deixei estar, no resguardo fiquei, esperei. Daí a inspiração veio de mansinho, meio que querendo uma trégua, não queria DR, queria uma conversa franca e sincera. Ela abriu o coração, disse o que queria e o que não queria. Ela quer navegar no mundo do contos de fadas. Quer criar histórias de diversos temas como, politica, amor, moda, meio ambiente, história. Não quer mais a velha rotina de sempre. Quer mais, sempre mais. Tem sede pelo desconhecido, o rotineiro não a atrai mais. Mas além de querer sempre mais ela queria um tempo. Um tempo para descobrir mais sobre todas essas outras coisas que tinha vontade de se inspirar. Um tempo.

Escutei tudo com atenção, era a primeira vez que eu estava vendo o lado dela (inspiração), e me senti egoísta, só falando do que eu queria falar, forçando-a a trabalhar de acordo com o que eu achava certo e ponto. Sim, eu precisava de um tempo também, um tempo para organizar minha mente e minhas palavras, organizar os textos e os assuntos, e trazer algo de uma qualidade maior pra cá. Dizer algo que tenha sentido, para que cada coisa seja com sentido.

O blog começou com data para terminar - dia 12/03/2014. A ideia sempre foi de colocar no ar minhas percepções e opiniões sobre determinados assuntos aqui, e acredito que a tarefa dada, foi cumprida. Não, o blog não sairá do ar! Mas eu ficarei um bom tempo (não sei quanto ainda) sem publicar textos por aqui. A inspiração quer conhecer novos horizontes, e eu também. Vamos tratar isso como umas férias, certo? 

Nesse meio tempo, você pode continuar se perdendo um pouco nesse mar de palavras (se isso fizer sentido para você), ou adquirindo o meu livro no site da Saraiva, o Intro Metida, que contém algumas crônicas publicadas aqui, e outras que, digamos, sejam inéditas e que não deram o ar da graça nesse espaço. Em breve, um novo livro será lançado, com novas crônicas, para você dar outro mergulho em outro mar de palavras. 

Aqui fica o meu agradecimento à você, sim é você mesmo, pelas sugestões de temas, críticas construtivas, rasgação de seda e todo o tempo que passou por aqui. 

Eu e a inspiração, agrademos de coração! 

Até logo menos!


terça-feira, 1 de abril de 2014

Copa: ter ou não ter?


E os buxixos estão começando. Nas redes sociais já estão sendo vinculados videos contra a copa. Tem até manifestação sendo marcada e outras acontecendo. Afinal, querem ou não querem a copa? Tem gente que quer e tem gente que não quer. Justo. Pra quem não sabe, na África do Sul também houve manifestações. E você sabe porque houve? Porque é um país em desenvolvimento, assim como, o Brasil também é. 

Acontece o seguinte: É revoltante tantos milhões serem destinados à obras mega faturadas, enquanto, as necessidades sociais da população não são sanadas. Quem vive em função do transporte público, da saúde pública, da educação pública, tem sim o direito de reivindicar melhorias e questionar porque tanto dinheiro para um lugar e míseros centavos para outro. 

Sim, sediar um evento desse, em um país que está em desenvolvimento, com escândalos semanais de políticos corruptos, vendas ilegais de bens, etc, pode ser um problema. E é um problema. Mas todo problema precisa ser solucionado, correto? Não se deve jogar pó para debaixo do tapete, certo? Não estou aqui para falar de politicagem, embora o texto remeta para isso, mas é para falar de cobrança justa e de forma educada. 

Não adianta queimar ônibus: Lembre-se que, você depende dele para sua locomoção. Não adianta quebrar as cadeiras e carteiras da escola, assim como destruir os banheiros e a biblioteca, seus filhos, sobrinhos e até mesmo você precisará usar. Chega de alienação! Chega de destruir coisas que é para seu bem, como forma de protestar! Proteste de forma inteligente. Está insatisfeito com a educação que seu filho anda recebendo? Vá até a escola, participe das reuniões, acompanhe tudo de perto. Quer um transporte público decente para trabalhar? Não quebre os bancos, não piche os mesmos. 

Tendo copa ou não, o que tem que mudar é a cabeça de cada um, deixar de procurar culpados e fazer a própria parte. E digo isso para políticos também, deixar de lado rixas de partidos e dar continuidade de projetos sociais, e seguir com o desenvolvimento do país e não retardando isso.

Precisamos ter a copa? Na minha opinião sim. Precisamos ter hospitais decentes? Com toda a certeza. Escolas devidamente equipadas? Também! Mas precisamos, acima de tudo, ter consciência que não é necessário destruir para conquistar. É tão difícil conseguir um progresso, e bloquear isso chega a ser burrice. 

O país precisa de investimentos urgentes para a educação, saúde e habitação, assim como, para outras áreas também. Como cidadãos, temos a obrigação e o dever de exigir essas melhorias, e se for de uma forma educada, melhor ainda.