Perdemos o hábito
de conversar. Assim como, o hábito de escutar. No mundo de hoje, cada um está
mais preocupado em alcançar resultados, resolver os próprios problemas que,
esquece que além de não ser um robô, e possuir diversos sentimentos, desde
alegria intensa e frustração profunda, as pessoas que vivem ao redor vivem o
mesmo dilema.
Escutar o que o
próximo tem a dizer virou um fardo, onde os minutos voam e a hora participa de
uma maratona, e o chefe quer o relatório pra daqui meia hora. Falar abertamente
e sem agredir o colega, com palavras bem colocadas tornou-se impossível, pra uma
geração que quer chegar ao topo rapidamente, sem ao menos saber o que é o
verdadeiro significado de escrúpulos.
E a profissão que
mais está em alta, ganhando rios de dinheiro, sem ficar caçando cliente a torto
e a direita, sem cumprir metas absurdas estipuladas são os psicólogos e
psiquiatras, que são literalmente pagos para escutar os problemas alheios,
e poder orientar para uma inversão de atitudes, para desbravar
sentimentos como culpas, arrependimentos, tristeza, inferioridade, orgulho,
indiferença.
São jovens
depressivos, jovens mergulhados no pânico de não chegarem onde sonham chegar,
que não vivem o aqui e agora de forma a ser feliz hoje, e não esperar que a
felicidade só chegue quando aquela meta ser atingida, ou aquele sonho
realizado, aquele salário cair na conta bancária, aquele número ser sorteado no
jogo da sorte.
A felicidade deve
ser vivida no hoje, com as pequenas conquistas e derrotas diárias, com a total
compreensão que, a felicidade não depende tão somente de várias conquistas,
vários cargos, carros do ano, família perfeita, emprego dos sonhos, uma boa
psiquiatra e alguma válvula de escape.
Cada um tem a
própria válvula de escape: uns caem na noite, outros caem no álcool, outros
tantos afundam-se no trabalho ou nos estudos, e tem aqueles que, simplesmente
rendem-se ao seja o que Deus quiser.
Corra atrás de
seus objetivos, valorize sua saúde, expresse suas opiniões e seus sentimentos,
saiba escutar o próximo, e não chegue ao ponto de se sentir pressionado pelo
mundo, a ponto de pirar e não conseguir visualizar nenhuma alternativa sã a
tomar.
Equilíbrio é o
ponto chave de viver nesse mundo opressivo, e dedicar-se a um dedo de prosa,
por mais trivial que venha a ser, tem sido uma maneira muito relevante de
nutrir a esperança de que felicidade pode ser sentida e vivida diariamente – em
doses homeopáticas, porém, diárias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário