sexta-feira, 10 de maio de 2013

Mãe



Mãe é aquele bicho bravo, mesmo enfurecido é mãe. Mãe educa, brinca, briga, dá aquelas palmadas (no meu caso sempre foi escovadas).

Mãe é aquela que inventava historinhas pra gente dormir, é aquela que acompanhava as últimas tendências da moda para nos vestir, é aquela que ficava empolgadíssima para escutar você falar pela primeira vez.

Mãe é amor incondicional, é amor educador, é amor pra sempre. Mãe passa noites em claro quando o filhote tá com febre.

Mãe é professora, nos ensinava a escrever, a falar direito; mãe é enfermeira, ela é quem cuidava dos nossos machucados de tombos físicos e/ou emocionais; mãe é cozinheira, ela quem fazia aquele pudim que você adorava quando criança, alias, que adora até hoje, aquele arroz com feijão que não tem comparação; mãe é advogada, ela que te defendia quando outra criança batia em você, ou outro adulto falava que você era uma peste em pessoa; mãe é juíza, ela quem sentenciava qual castigo você merecia pela sua peraltice indescritível.

Mãe sempre esteve ali, desde quando éramos apenas um feto. Ela quem fez planos mirabolantes pra quando você virasse gente grande. Ela quis que você fosse bailarina, advogada, piloto de avião, comissária de bordo, policial, atriz de novela, modelo. Mas convenhamos que no fundo ela queria apenas que a menininha dela nunca crescesse, que sempre acordasse pedindo o leite com chocolate, com aquele pedaço de pano velho (que já fora um lençol), debaixo do braço, com a chupeta na boca, perguntando que horas vai passar os ursinhos carinhosos na televisão.

Sempre seremos crianças para a nossa mãe. Ela sempre vai querer dar pitaco na nossa roupa, na nossa vida, porque ela não quer, de jeito nenhum, que cresçamos e que, por hipótese alguma, deixemos de ser aquela criança dependente dela, o famoso “rabo de saia”.

Mãe, obrigada por cada palmada que me deu quando eu mereci. Por cada bolinho pingado feito naquelas tardes de inverno que você fazia para eu assistir sessão da tarde. Por cada vez que brincava de boneca comigo, e por cada vez que me comprava um algodão doce (eu adorava e ainda adoro).

Obrigada por limpar meus machucados de quando eu pulava rampa de bicicleta. Por fazer bolas de sabão comigo na escada, sempre no final da tarde. E por não me bater quando eu insistia em soltar os passarinhos que tinha acabado de me comprar.

Desculpa por eu ter cortado meu cabelo sozinha quando eu apenas tinha 4 anos, eu percebi naquele momento que não tinha vocação para ser cabeleireira. Desculpa por fazer birra quando eu não queria vestir aquelas saiam cheias de babados que você tanto adorava, e nem gostar de ter meus cabelos como a Maria Chiquinha.

Obrigada por cada segundo que me amou. E desculpa por cada segundo que perdeu tendo raiva de alguma travessura que eu tenha cometido.

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