Mãe
é aquele bicho bravo, mesmo enfurecido é mãe. Mãe educa, brinca, briga, dá
aquelas palmadas (no meu caso sempre foi escovadas).
Mãe
é aquela que inventava historinhas pra gente dormir, é aquela que acompanhava
as últimas tendências da moda para nos vestir, é aquela que ficava
empolgadíssima para escutar você falar pela primeira vez.
Mãe
é amor incondicional, é amor educador, é amor pra sempre. Mãe passa noites em
claro quando o filhote tá com febre.
Mãe
é professora, nos ensinava a escrever, a falar direito; mãe é enfermeira, ela é
quem cuidava dos nossos machucados de tombos físicos e/ou emocionais; mãe é
cozinheira, ela quem fazia aquele pudim que você adorava quando criança, alias,
que adora até hoje, aquele arroz com feijão que não tem comparação; mãe é
advogada, ela que te defendia quando outra criança batia em você, ou outro
adulto falava que você era uma peste em pessoa; mãe é juíza, ela quem
sentenciava qual castigo você merecia pela sua peraltice indescritível.
Mãe
sempre esteve ali, desde quando éramos apenas um feto. Ela quem fez planos
mirabolantes pra quando você virasse gente grande. Ela quis que você fosse
bailarina, advogada, piloto de avião, comissária de bordo, policial, atriz de
novela, modelo. Mas convenhamos que no fundo ela queria apenas que a menininha
dela nunca crescesse, que sempre acordasse pedindo o leite com chocolate, com
aquele pedaço de pano velho (que já fora um lençol), debaixo do braço, com a
chupeta na boca, perguntando que horas vai passar os ursinhos carinhosos na
televisão.
Sempre
seremos crianças para a nossa mãe. Ela sempre vai querer dar pitaco na nossa
roupa, na nossa vida, porque ela não quer, de jeito nenhum, que cresçamos e
que, por hipótese alguma, deixemos de ser aquela criança dependente dela, o famoso
“rabo de saia”.
Mãe,
obrigada por cada palmada que me deu quando eu mereci. Por cada bolinho pingado
feito naquelas tardes de inverno que você fazia para eu assistir sessão da
tarde. Por cada vez que brincava de boneca comigo, e por cada vez que me comprava
um algodão doce (eu adorava e ainda adoro).
Obrigada
por limpar meus machucados de quando eu pulava rampa de bicicleta. Por fazer
bolas de sabão comigo na escada, sempre no final da tarde. E por não me bater
quando eu insistia em soltar os passarinhos que tinha acabado de me comprar.
Desculpa
por eu ter cortado meu cabelo sozinha quando eu apenas tinha 4 anos, eu percebi
naquele momento que não tinha vocação para ser cabeleireira. Desculpa por fazer
birra quando eu não queria vestir aquelas saiam cheias de babados que você
tanto adorava, e nem gostar de ter meus cabelos como a Maria Chiquinha.
Obrigada
por cada segundo que me amou. E desculpa por cada segundo que perdeu tendo
raiva de alguma travessura que eu tenha cometido.
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