Uma
coisa é certa, sempre tem que ter um lado. Você sempre deve escolher que lado
quer estar. Quente ou frio. Seco ou molhado. Escuro ou claro. Muralismo é
antiético, é depredador, é ofensivo, é desprezante. Ninguém gosta de
muralistas. Ninguém gosta do meio termo. E lembre-se de distinguir bem meio
termo de bom senso, são coisas extremamente diferentes.
Talvez
precisemos de retrovisores, para olharmos pra trás para não repetirmos os mesmo
erros, e para vermos as caretas que fazem em nossas costas. E acima de tudo, os
freios comportamentais. Aquele que nos ajuda a evitar uma colisão brusca com
outrem, a fim de evitar estragos irreversíveis, prejuízos com indenizações
morais e materiais com sequelas descaradas.
Mas
o muralismo nunca será aquele velho jogo de cintura, nem meio termo, nem bom
senso, nem nada. A pessoa muralista sempre será aquela pessoa inconfiável,
traiçoeira e duas caras. Querido, isso é fato. E você acha que estou revoltada?
Não, nem um pouco. Talvez seja apenas um pequeno desabafo, ou uma indireta
direta pra ver se a pessoa aprende a ter decência e caráter e saia logo de cima
do muro. Um dia você poderá cair por si só, ou poderá levar uma pedrada e ir
pro lado do muro que não seja tão favorável assim, ou o muro pode ruir.
Retrovisores
e freios são importantíssimos. Mas lembre-se: a curva é logo a frente, então é
preciso está atento para o que estar por vir, e não pelo que já passou – não
que isso não seja importante, aprender com os próprios erros é algo
elevadíssimo e sábio. Mas de cima do muro não dá pra se viver adequadamente.
Até onde eu entendo de árvores, elas não criam raízes em muros, e sim em terra firme.
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