Eu
vejo minhas amigas falando que sonham em entrar em uma igreja lotada de branco,
rumo a unir-se até que a morte as separe de seus respectivos namorados, e
comemorarem juntos com os amigos próximos, em uma festa linda de morrer e passar
a lua de mel em uma ilha paradisíaca... Eu só gosto mesmo é da parte da viagem,
mas o resto me causa náuseas.
Desde
pequena uma coisa eu sempre tive certeza: Que casamento não faria parte da
minha vida. Que eu ia viajar pelo mundo, teria muito sucesso profissional, e filhos
– adotivos, mas casamento tocava o terror no meu psicológico.
A
gente cresce e algumas opiniões mudam. Eu ainda não sou fã de carteirinha de um
casamento. Mas eu já me sinto mais propicia a uma união estável, ou um casamento
onde cada um tenha a própria casa – e digo mais, talvez assim a própria
liberdade seja respeitada, assim o casamento – ou união estável – dure muito
mais do que até que a morte os separe, ultrapassando as barreiras das gerações
cósmicas.
Lógico
que é desanimador enfrentar um casamento onde não haja bom senso, equilíbrio e
renúncia das duas partes. Hoje em dia pra um casamento seguir razoavelmente
bem, a casa tem que ter no mínimo dois banheiros, o casal tem que ter no mínimo
uma viagem por ano programada, tem que ter no mínimo respeito pelas
divergências de pensamentos.
Hoje
em dia é muito mais difícil enfrentar um casamento, com tanta opinião própria e
rígida solta por aí, pela falta de elasticidade e paciência em enfrentar
problemas pequenos, pela comunicação escassa e pelo orgulho que restringe
algumas palavras mágicas.
O
casamento deixou de ser uma obrigação, uma desculpa para a solidão. O casamento
hoje em dia tem que ser visto como uma sociedade, onde as duas pessoas só
tendem a ganhar: alegria, amor, companheirismo, respeito, confiança, sonhos,
entusiasmo e vontade de continuar investindo, sabendo que cada vez mais o
capital tende a aumentar e se solidificar.
Filhos,
definitivamente não segura casamento e nem faz renascer o amor. Ouso falar que,
um casamento onde o barco está afundado, o filho serve como ancora, já que o
casal perdeu a sintonia.
Casamento
à parte, eu sou apaixonada mesmo é por relacionamentos estáveis que não deixam
a rotina prejudicar, nem mau humor, nem planos distintos, nem nada. A
individualidade de cada um, de forma bem dosada, é o segredo para qualquer
relacionamento feliz.
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