segunda-feira, 6 de maio de 2013

Casamento à parte




Eu vejo minhas amigas falando que sonham em entrar em uma igreja lotada de branco, rumo a unir-se até que a morte as separe de seus respectivos namorados, e comemorarem juntos com os amigos próximos, em uma festa linda de morrer e passar a lua de mel em uma ilha paradisíaca... Eu só gosto mesmo é da parte da viagem, mas o resto me causa náuseas.

Desde pequena uma coisa eu sempre tive certeza: Que casamento não faria parte da minha vida. Que eu ia viajar pelo mundo, teria muito sucesso profissional, e filhos – adotivos, mas casamento tocava o terror no meu psicológico.

A gente cresce e algumas opiniões mudam. Eu ainda não sou fã de carteirinha de um casamento. Mas eu já me sinto mais propicia a uma união estável, ou um casamento onde cada um tenha a própria casa – e digo mais, talvez assim a própria liberdade seja respeitada, assim o casamento – ou união estável – dure muito mais do que até que a morte os separe, ultrapassando as barreiras das gerações cósmicas.

Lógico que é desanimador enfrentar um casamento onde não haja bom senso, equilíbrio e renúncia das duas partes. Hoje em dia pra um casamento seguir razoavelmente bem, a casa tem que ter no mínimo dois banheiros, o casal tem que ter no mínimo uma viagem por ano programada, tem que ter no mínimo respeito pelas divergências de pensamentos.

Hoje em dia é muito mais difícil enfrentar um casamento, com tanta opinião própria e rígida solta por aí, pela falta de elasticidade e paciência em enfrentar problemas pequenos, pela comunicação escassa e pelo orgulho que restringe algumas palavras mágicas.

O casamento deixou de ser uma obrigação, uma desculpa para a solidão. O casamento hoje em dia tem que ser visto como uma sociedade, onde as duas pessoas só tendem a ganhar: alegria, amor, companheirismo, respeito, confiança, sonhos, entusiasmo e vontade de continuar investindo, sabendo que cada vez mais o capital tende a aumentar e se solidificar.

Filhos, definitivamente não segura casamento e nem faz renascer o amor. Ouso falar que, um casamento onde o barco está afundado, o filho serve como ancora, já que o casal perdeu a sintonia.

Casamento à parte, eu sou apaixonada mesmo é por relacionamentos estáveis que não deixam a rotina prejudicar, nem mau humor, nem planos distintos, nem nada. A individualidade de cada um, de forma bem dosada, é o segredo para qualquer relacionamento feliz.

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