E hoje, eu atinjo a marca de ¼ de
século. Um marco histórico, levando em conta que eu realmente nunca me imaginei
com tal idade. Os últimos 365 dias foram realmente de decisões, onde diversas dúvidas
surgiram, onde me questionei de diversas atitudes que tive. Ou seja, até para
as mulheres, os 24 anos é a idade de tomar decisões.
Se
eu focar meu pensamento na idade, cairei em tremenda depressão. Então focarei
tal data, como uma retrospectiva, vendo toda a evolução que tive nesses 25 anos
de existência, de forma grata. Lógico que, esquecerei muita coisa, mas isso é totalmente
perdoável.
Em
1988 nasce mais uma geniosa brasileira, daí por diante surgem passos, palavras,
birras e beleza. Eu era uma criança extremamente linda e bochechuda (Ainda dou bochechuda).
As peripécias da infância, desde pular rampas de bike, apertar a campainha e
sair correndo e guerra de coco de cachorro. Primeiro dia de aula na escolinha,
os novos amiguinhos, a primeira bicicleta rosa (Sim, eu já fui doida por rosa),
as viagens, toda paparicação. Daí começa a segunda leva da minha vida: quando
eu deixei de ser a bonequinha de porcelana de todo mundo, e os primos começaram
a surgir. Daí surge o irmão, e uma penca de primos. Pra mim, era um monte de
bonequinhos novos pra mim. Adorava dar mamadeira para cada um deles, fazê-los
dormir, e gargalhar com cada um dele. Os brinquedos deles eram meus. Uma fase
inovadora e divertida.
O
corpo começou a desenvolver, as bonecas foram deixadas de lado, mudei de
escola, novos amiguinhos surgiram, eu odiava meu cabelo de Vanessa da Mata,
conheci minhas melhores amigas, passei no vestibular e entrei pra faculdade.
Queria ser jornalista, virei bacharel em Direito.
A
faculdade foi um choque de realidade. Pra quem estava acostumada a levantar as
05:00 a.m e dormir as 21:00 p.m, teve que revolucionar o fuso do corpo: Eu
estava virando gente grande. Primeiro emprego, estudando a noite, saindo de um
grupo de faixa etária igual, para outro onde eu era a mascote e o ancião tinha
82 anos. Conheci o salto alto, smirnoff ice e a falsidade.
Completei
18 anos, tirei carta, me achei indestrutível e sabe tudo e literalmente cai do
cavalo. Eu era apenas uma garotinha aprendendo a ser gente grande. Acredito que
isso acontece com todo mundo.
Comprei
minha biz, ganhei horas a mais para dormir, troquei de emprego, troquei de
turma, peguei alguns exames da faculdade e tive que me virar sozinha no novo
trabalho. Tudo bem, tirei de letra.
Me
formei, reprovei diversas vezes na OAB, fiz pós graduação, viajei para metade
do Brasil, atravessei fronteiras vizinhas, namorei e terminei. Hoje namoro e
não termino.
Aprendi
com meus erros e com os erros alheios. Cresci, amadureci, criei minhas próprias
opiniões, e continuo na batalha. Tenho poucos e ótimos amigos. Cada um com sua
sabedoria e companhia indescritível.
E
eu sou realmente muito feliz com o que me tornei, com o que conquistei, e com
cada pessoa que tenho ao meu redor. Envelhecer é fato, é necessário. É ótimo
ser dona do próprio nariz e gastar o próprio dinheiro com as próprias vontades.
Hoje
tenho bons amigos, um cachorro lindo, um namorado confiável, uma mãe mais temperada.
Hoje eu deixei aquela menininha insegura com medo do mundo, e deixei brotar uma
mulher que sabe o que quer.
Em
25 anos sofri muitas transformações, mas hoje estou mais perto do que realmente
quero ser, do que há 24 anos.
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