quarta-feira, 22 de maio de 2013

Esqueceram de mim?!



Pagaram o resgate do bolo gelado. A pessoa? Minha mãe. E a sua volta foi triunfal. Se ele um dia achou que nunca mais seria lembrado, que não havia deixado sua marca no mundo, foi um mero engano. Eu vou relançar a moda de bolo gelado nas festas. Pois é, eu tive uma festa surpresa (no escritório), e o bolo gelado em casa. E viva ¼ de século!

Você tem medo de ser esquecido? Tem medo que se esqueçam do seu aniversário, que te esqueçam na balada, ou no shopping, ou no aeroporto? Todo mundo tem um medinho desse em alguma etapa da vida. No fundinho, eu tava com um baita medo de que minhas amigas me esquecessem, já que eu não tinha facebook para lembrá-las do meu aniversário. E não é que, todas e mais umas que eu nem botava fé me ligaram? Amei! Não esqueceram de mim. 

Um tempo atrás li A Culpa é das estrelas, um romance completamente diferente de qualquer romance que eu já tinha lido (Indico o livro). Gus é um dos protagonistas da história. Ele tinha um medo absurdo de ser esquecido depois que morresse, e queria porque queria deixar sua marca no mundo. E de certa forma deixou.

Milhares de pessoas querem deixar a sua marca no mundo, seja escrevendo um livro, tornando-se um artista, buscando cura de doenças, desbravando o mundo, ou simplesmente vivendo.

Diariamente deixamos nossa marca, com nossas atitudes, sejam elas boas ou ruins. Quando agradecemos, fazemos e aplicamos o respeito e a consideração em todas nossas ações.

Dizem que, só seremos esquecidos quando a ultima pessoa que conhecemos deixar de pensar em nós. Pode ser verdade isso. Nada é imortal, nem Michael Jackson, nem Juscelino Kubitschek, nem Hitler. Lógico que, eles entraram pra história, com suas virtudes ou defeitos. Uma ressalta para história e não imortalidade. Eles hoje fazem parte da história, e isso não os imortaliza.

Faça sua história, empenhe-se em viver o hoje, e não trame planos mirabolantes para impretar na memória das pessoas sua fisionomia. É completamente normal ser esquecido de vez em quando – e até que é bom, dependendo da ocasião.

Ontem, naquele dia pra chamar de meu, todos os que eu queria que lembrasse, lembraram (talvez a força do meu pensamento tenha sido estupidamente forte), e quem não lembrou, eu simplesmente não lembro e não importo.

Não quero ser esquecida quando eu morrer, também quero deixar minha marca no mundo. Mas por hoje me satisfaço em fazer minha parte, não carrego nada além do que eu aguento. Vivo esquecendo as pessoas, e sempre recebo uns descontos por isso. Uma mão lava a outra, também dou uns descontos. Hoje esqueço e amanhã eu serei esquecida. Antes uma ausência respeitada do que uma presença desaforada.

Deixe sua marca do mundo, mas não viva em função disso. Apenas VIVA. Veja o exemplo do bolo gelado, ele não foi esquecido.

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