sábado, 15 de junho de 2013

Um lugar na janela


Fã de Carteirinha de Martha Medeiros, há meses eu estava na ansiedade de saber se uma nova publicação, de um novo livro. Em visita a uma livraria, passeando entre as prateleiras, não localizo – outro livro que procurava. Em outra andança, meu namorado aponta e diz: “Você viu aquele livro ali?”. Congela. Imagine olhos brilhando, coração acelerado, tremor por todo o corpo. Descongela. Euforia pura. Marthinha minha querida, com um exemplar cheirosinho, bonitinho, todo se seduzindo para minha pessoa, desejando que eu o possua, o leia do inicio ao fim, do fim ao inicio.

Um lugar na janela é um livro que conta de forma objetiva as experiências das etapas nômades de Martha, de suas experiências de mochileira, de suas viagens de encantamentos, de tudo.

Martha é uma escritora estupenda. Tem o verdadeiro dom da palavra escrita: envolve ao leitor. Uma bruxa? Pode ser. Ela escreve com riqueza de detalhes, induz o leitor a mergulhar junto e viver cada experiência relatada.

Ela repete diversas vezes que viajar é pra quem é desbravador. Tem que viajar porque se gosta, porque se sente necessidade, vontade.

Eu faço parte do grupo dela: adoro viajar. Minha abstinência por colocar o pezinho em um avião não pode passar de seis meses – senão surto. Gosto do desconhecido, de quebrar as regras, não cumprir horários e aproveitar tudo no meu tempo – como uma boa turista. Adoro ter meu lugar na janela, para observar o novo, apreciar o belo, pensar no nada, fotografar tudo.


E minha ansiedade não permitiu que eu me alongasse na leitura do livro: o devorei com toda fome do mundo, digerindo tudo, da melhor forma possível. E assim, voltarei a reler. Livros bons é que nem viagens boas: a gente sempre faz uma força para voltar e viver tudo outra vez – por outro ângulo é claro!

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