Fã de Carteirinha de Martha
Medeiros, há meses eu estava na ansiedade de saber se uma nova publicação, de
um novo livro. Em visita a uma livraria, passeando entre as prateleiras, não
localizo – outro livro que procurava. Em outra andança, meu namorado aponta e
diz: “Você viu aquele livro ali?”. Congela. Imagine olhos brilhando, coração
acelerado, tremor por todo o corpo. Descongela. Euforia pura. Marthinha minha
querida, com um exemplar cheirosinho, bonitinho, todo se seduzindo para minha
pessoa, desejando que eu o possua, o leia do inicio ao fim, do fim ao inicio.
Um lugar na janela é um livro que conta
de forma objetiva as experiências das etapas nômades de Martha, de suas
experiências de mochileira, de suas viagens de encantamentos, de tudo.
Martha
é uma escritora estupenda. Tem o verdadeiro dom da palavra escrita: envolve ao
leitor. Uma bruxa? Pode ser. Ela escreve com riqueza de detalhes, induz o
leitor a mergulhar junto e viver cada experiência relatada.
Ela
repete diversas vezes que viajar é pra quem é desbravador. Tem que viajar
porque se gosta, porque se sente necessidade, vontade.
Eu
faço parte do grupo dela: adoro viajar. Minha abstinência por colocar o pezinho
em um avião não pode passar de seis meses – senão surto. Gosto do desconhecido,
de quebrar as regras, não cumprir horários e aproveitar tudo no meu tempo – como
uma boa turista. Adoro ter meu lugar na janela, para observar o novo, apreciar o belo, pensar no nada, fotografar tudo.
E
minha ansiedade não permitiu que eu me alongasse na leitura do livro: o devorei
com toda fome do mundo, digerindo tudo, da melhor forma possível. E assim,
voltarei a reler. Livros bons é que nem viagens boas: a gente sempre faz uma
força para voltar e viver tudo outra vez – por outro ângulo é claro!
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