Percebo que, ultimamente as pessoas
vêm sofrendo de uma nostalgia altamente forte (Muitas vezes, eu me encontro nesse grupo). Lembrando da infância, das
burradas da juventude, das conquistas de quando entrou na fase adulta.
Absolutamente normal. Temos a tendência a sentir falta de coisas que foram
extremamente importantes e relevantes para nossa formação como pessoa naquela
determinada época.
Todavia,
tem pessoas que param no tempo. Não querem progredir, não querem avançar, e
digo mais, não querem deixar o tempo seguir seu próprio curso.
São
homens malhando para ficarem sarados e pegar ninfetinhas. Mulheres de mutilando
em busca da cintura perfeita, bustos fartos, bumbum invejável. Retardam a
idade, retardam a própria identidade. Desesperam-se com os anos, omitem suas
idades, e sofrem desesperadamente com o amanhã: “Vai que surja uma ruga, a pele
fique flácida, meus cabelos caiam, ou até mesmo, a osteoporose me alcance e me
prive de continuar minha dieta e malhação forte”.
Ontem
já não importa mais. Passou, virou passado, virou lembrança, e, talvez, virou
saudades. Hoje, está acontecendo agora, é uma página em branco com tinta de sobra
para você escrever e registrar o que quiser. Amanhã... O amanhã é incerto
demais, impreciso e realmente, tem mania de cair em meio ao vão.
Não
importa se você engordou, se ficou careca, se os seios caíram, se a barriga
cresceu. Não importa de as rugas apareceram, a pele ficou flácida e os ossos
estão fracos. O importante é que você viveu muita coisa, boa e ruim. Mas viveu
experiências não programadas, experiências regiamente planejadas, passou por
todas as fases, e não quis retardar etapas ou pulá-las.
O
tempo passa para todos. E viver de nostalgia não é muito saudável. Machado de
Assis foi muito feliz na seguinte colocação: “Não importa ao tempo o minuto que
passa, mas o minuto que vem”.
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