segunda-feira, 3 de junho de 2013

O tempo passa para todos


Percebo que, ultimamente as pessoas vêm sofrendo de uma nostalgia altamente forte (Muitas vezes, eu me encontro nesse grupo). Lembrando da infância, das burradas da juventude, das conquistas de quando entrou na fase adulta. Absolutamente normal. Temos a tendência a sentir falta de coisas que foram extremamente importantes e relevantes para nossa formação como pessoa naquela determinada época.

Todavia, tem pessoas que param no tempo. Não querem progredir, não querem avançar, e digo mais, não querem deixar o tempo seguir seu próprio curso.

São homens malhando para ficarem sarados e pegar ninfetinhas. Mulheres de mutilando em busca da cintura perfeita, bustos fartos, bumbum invejável. Retardam a idade, retardam a própria identidade. Desesperam-se com os anos, omitem suas idades, e sofrem desesperadamente com o amanhã: “Vai que surja uma ruga, a pele fique flácida, meus cabelos caiam, ou até mesmo, a osteoporose me alcance e me prive de continuar minha dieta e malhação forte”.

Ontem já não importa mais. Passou, virou passado, virou lembrança, e, talvez, virou saudades. Hoje, está acontecendo agora, é uma página em branco com tinta de sobra para você escrever e registrar o que quiser. Amanhã... O amanhã é incerto demais, impreciso e realmente, tem mania de cair em meio ao vão.

Não importa se você engordou, se ficou careca, se os seios caíram, se a barriga cresceu. Não importa de as rugas apareceram, a pele ficou flácida e os ossos estão fracos. O importante é que você viveu muita coisa, boa e ruim. Mas viveu experiências não programadas, experiências regiamente planejadas, passou por todas as fases, e não quis retardar etapas ou pulá-las.


O tempo passa para todos. E viver de nostalgia não é muito saudável. Machado de Assis foi muito feliz na seguinte colocação: “Não importa ao tempo o minuto que passa, mas o minuto que vem”. 

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