O nó na garganta apertou quando
escutei o indiano tocando sua música no violão. Não havia palavras na música,
apenas notas e mais notas, e sentimentos misturados. Notas em tons menores.
Sentimentos em tons maiores.
Uma
vontade de chorar que surgiu do nada, e ficou com absolutamente tudo: meus
sentimentos, pensamentos, vontades, sonhos.
Choro
engolido com doses de chá, lágrimas que não rolaram por orgulho de demonstrar
fraqueza, olhos encharcados disfarçados com bocejos.
O
momento permitia tal evasão, ambiente
meia luz, o silêncio quebrado apenas pelas cordas do violão que se
transformavam em uma linda melodia, e se duvidar, as lágrimas não seriam
descobertas por infringir a lei dos corações de pedra.
Mas
enfim, lágrimas não rolaram, a libertação não aconteceu, eu fugi das notas do
músico para o silêncio da minha decisão.
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