segunda-feira, 10 de junho de 2013

O músico




O nó na garganta apertou quando escutei o indiano tocando sua música no violão. Não havia palavras na música, apenas notas e mais notas, e sentimentos misturados. Notas em tons menores. Sentimentos em tons maiores.

Uma vontade de chorar que surgiu do nada, e ficou com absolutamente tudo: meus sentimentos, pensamentos, vontades, sonhos.

Choro engolido com doses de chá, lágrimas que não rolaram por orgulho de demonstrar fraqueza, olhos encharcados disfarçados com bocejos.

O momento permitia tal evasão,  ambiente meia luz, o silêncio quebrado apenas pelas cordas do violão que se transformavam em uma linda melodia, e se duvidar, as lágrimas não seriam descobertas por infringir a lei dos corações de pedra.


Mas enfim, lágrimas não rolaram, a libertação não aconteceu, eu fugi das notas do músico para o silêncio da minha decisão.

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