quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Fora de moda



Moda pra mim é que nem futebol. Não entendo as regras, dou palpites bizarros, e no final, ou vou na opinião alheia, ou morro afirmando o que acho que é certo. Não sei distinguir o azul tiffany com o azul royal. Cardigã e casaquinho de lã pra mim é a mesma coisa. Tudo o que não tem salto e é fechado configura sapatilha. Salto alto é salto alto, sem diferenciar o que é plataforma, meia pata, toda pata e assim por diante. Iluminador? Ou você lâmpada?



Não sei mesclar estampas, ser despojada com salto 20, amanhecer com a cara plastificada de maquiagem. Sou tudo o que as fashionistas odeiam. Peraí, também não sou essa desleixada da era da pedra que muitos pensam. A moda sou eu quem faço. Não ouso, fico no básico, nada de saia amarela, com blusinha azul, sapato verde e bolsa branca. Bandeira nacional só no mastro. No meu corpinho? Todas as cores juntas e misturadas? Jamais.

Não sei viver em função das tendências. Sigo minha própria tendência de gostar do que eu bem entender, e não usar apenas o que está na moda. Posso ser uma brega invicta ou uma despojada alienada. Não sei. Só sei que, ando de forma confortável e que me sinto bem. Independente se estou vestindo uma marca carérrima no corpo, ou um achado em um brechó. 

E pessoas que, julgam as outras pelo o que elas vestem, medem do cabelos aos pés, para depois tomarem partido de atendem ou não bem. Outras que olha a marca do carro, logo o valor que este tem no mercado. Tudo aparência.

Hoje o mundo vive de aparências e felicidades instantâneas. Quanto mais marca você vestir, quanto mais caro for seu carro, quanto mais você ostentar, mais pessoas hipócritas e interesseiras gostaram de estar ao seu redor. E se você quer viver nesse meio, ótimo! A receita está dada.

Mas me cansa toda essa falsidade, todo esse glamour fajuto que sai de forma rápida e eficaz com água e sabão. Me cansa a falsa de autenticidade, dançar sempre conforme a música, e viver prisioneiro das regras absurdas que a sociedade impõe. 

Sou fora da moda se analisar como a moda se impõe hoje. Mas se autenticidade, sensatez e centralização é estar na moda... Meu bem, a brega aqui é você. 

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