sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Banho


Quando crianças, amamos ou odiamos o banho. Nos imaginamos piratas ou mergulhadores em seus barcos ou submarinos indestrutíveis. Nos imaginamos cantores de qualquer estilo musical, inclusive de ópera; ou simplesmente dançarinos, com passos incopiáveis. Na piscina somos peixinhos desenvoltos ou tubarões assustadores. Com nossas bóias ficamos lá, ora a deriva, ora lutando contra a correnteza.   

Um banho tem o dom de renovar as energias, de nos fazer sentir limpinhos e puros. Seja de mar, de rio ou de chuveiro, um banho sempre faz um bem danado. O banho gelado que refresca do calor exorbitante que faz lá fora.  Ou aquele banho quentinho que aquece até nossas tristezas e as faz adormecer. Banho de gato, banho demorado, banho forçado, banho espontâneo, banho de caneca, banho de banheira, banho de mangueira, banho de chuva. Banho sempre é banho.

Um banho de chuva para quebrar toda a rotina que se tornava massante gradativamente. Um banho de banheira pra ter aquele dia de princesa intocável e poderosa. Um banho de gato para não perde o ônibus. Um banho forçado, porque mesmo que esteja um frio de arrebentar e você jure de pés juntinhos que não suou uma gotinha sequer, o banho precisa ser consumado. Banho de mangueira para lembrar as peripécias da infância. Um banho de caneca para reforçar a quentura que tanto agrada. Um banho demorado para sentir cada gotícula bater no corpo.

Ultimamente no banho, penso mais do que canto.



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