Ontem
quando sai do aeroporto de Brasília, o céu estava super fechado, com nuvens
mega carregadas. O avião levantou voo e uma nova imagem surgiu... Um sol meio
alaranjado, se despendido apenas para nós que estávamos a bordo, nuvens
branquíssimas, que nem de longe lembram as nuvens que eu visualizei pouco
antes, e por incrível que pareça, tinha um arco-íris. Fiquei encantada,
hipnotizada com tal espetáculo, de certa forma, particular.
E
fiquei observado, observado, alheia a tudo e a todos que estavam a minha volta.
Apenas apreciando meu momento no céu, naquele lugar que me transmitia paz e me tranquilizava numa viagem única, onde eu acreditava estar a caminho do
paraíso, rumo a um lugar melhor (Embora eu estivesse voltando para São Paulo).
E
eu descobri como eu amo voar, e como sou grata por todas as pessoas que
trabalhou duro para inventar essa máquina, esse lugar único onde por algumas
horas ninguém conseguirá me localizar pelo telefone, onde me encontro segura de
qualquer tecnologia rotineira que suga meu tempo.
Eu
pude observar o sol indo para o outro lado do mundo, enquanto se despedia de
mim, de todos aqueles que estavam apreciando sua presença onipotente,
iluminando nossos rostos e todo feliz por ter cumprido seu dever.
Aquele
foi meu momento de meditação, onde consegui desligar meu corpo e o meu cérebro,
e literalmente ficar no céu, entre as nuvens, pensando em absolutamente nada,
nem nos comissários que logo apareceriam me oferecendo coisas para comprar, nem
no barulho da turbina, enfim, em absolutamente nada.
Não
sei quando será minha próxima meditação aérea, mas posso dizer que cada vez que
meu pezinho toca o chão de qualquer aeronave, algo em mim muda completamente, e
eu só consigo aproveitar aquele momento, seja pensando em nada acordada, ou
pensando em nada dormindo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário