E
tem dias que é assim, é como se fossemos granadas ambulantes, prontas para
detonar com tudo e a todos ao nosso redor, com um simples movimento não
calculado. Dias que é impossível conter a diplomacia, a cordialidade, o sorriso
falso do rosto de que está tudo sob controle, quando na verdade nada está.
Para
alguns é o excesso de responsabilidade. Por ter um cargo de alta confiança, por
serem muletas de alguns familiares, de terem que lidar com pessoas
problemáticas, difíceis, carentes e irritantes.
E
talvez seja mais fácil explodir e detonar a tudo ao redor, deixando cacos,
fragmentos espalhados para todos os lados. Deixar vestígios de que ouve uma
guerra naquele ambiente. Ter feridos, mortos e dilacerados.
Palavras
que machucam, atitudes que bombardeiam, cobranças que violam a liberdade de
querer viver bem.
E
enquanto vivermos em função dos outros, nos alunando, nos inferiorizando,
iremos desencadear doenças incuráveis, revoltas incontroláveis, raivas
profundas e tristezas irreversíveis.
Não
precisamos ser pessoas-bombas, nem viver metralhando ofensas a torto e a
direita para os folgados, intransigentes e patéticos que cruzam nossos
caminhos. Também não devemos ter sangue de baratas e sermos sugados pela
hipocrisia alheia.
Nossas
vontades, nossas idéias devem entrar em pauta a cada assembléia/auditoria
realizada em todos os setores de nossas vidas. Seja na vida pessoal,
profissional, acadêmica. Você não é uma marionete, e muito menos um robô ao
qual tenha que seguir todas as regras pré-estabelecidas pelas leis humanas que
é cheinha de falhas, e onde não te respeita como pessoa.
Respeite-se,
assim conseguirá e saberá como é respeitar alguém de verdade. Respeito não é
baixar a cabeça, e sim estar de cabeça erguida falando olho no olho, e
mostrando seu lado. Se a outra pessoa não souber respeitar o seu ponto de
vista, talvez seja melhor você começar a respeitar o meio ambiente. Se não está
agradando – retire-se.
Não
faça mau uso do seu livre arbítrio, não viva infeliz e se lamentando pelas
escolhas não feitas, atitudes não tomadas, e pelos sonhos engavetados.
Não
há idade limite para lutar pelos sonhos, ser feliz, e se impor para o mundo.
Não estou falando que você deva ser um ditador como Hitler, Stalin, Fidel,
entre muitos outros que vivem por ai, soltos ou mortos pelo mundo, mas que você
imponha suas vontades perante o mundo, sem ferir a liberdade de ninguém –
inclusive a sua.
Ser
granada, além de destruir tudo ao redor, vai dilacerar por completo, com você
mesmo.
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