quarta-feira, 20 de março de 2013

Bruxas



Bruxas nos causam arrepios desde a infância. Era a bruxa malvada dando uma maça envenenada para a pobre Branca de Neve, jogando feitiço e dando o sono eterno para a Bela Adormecida. Bruxa transformando príncipes em sapos, princesas em gata borralheira e por aí vai. Com um pouco de ira, inveja, cauda de rato, veneno de cascavel, alho, olho de dragão, e puft! Poção mágica mortal realizada a espera de sua primeira presa.

Ainda existem Bruxas, de todos os gêneros. Altas, baixas, com verruga, sem verruga, magras, gordas, boas e más. Bruxas que se camuflam entre nós, seres mortais e desatentos. Bruxas que nos ajudam a melhorar de vida, que nos aconselham de forma indireta, e sabem truques simples para melhorar nossa vida.

Fadas que são bruxas. Bruxas que são fadas. Cada mulher tem um pouco de bruxa dentro de si. Sabe ouvir a intuição, identifica emoções reprimidas, detectam mentiras, simulam desconhecimento, dão um jeito para o jantar ficar pronto na hora certa, e mantém a casa um brinco. Desdobram-se em mil: Enquanto trabalham, programam viagens, agenda o banho do cachorro, finaliza um trabalho da faculdade, faz lista de compras, reserva uma mesa do restaurante amado pelo casal, remaneja o horário da ginástica, atende ao telefone, apresenta relatórios. Bruxas fantásticas que dão conta do recado.

Bruxas modernas que não perdem o tempo fazendo feitiços contra os outros, investem em si própria. Ajudam no que podem e não metem o nariz onde não foram chamadas.

São amigas, conselheiras, amantes, cozinheiras, empresárias, artistas, dançarinas, equilibristas, turistas, idealistas, sonhadoras e trabalhadoras.

Uma bruxa reconhece outra. Uma bruxa ajuda a outra. No fundo cada mulher tem uma bruxinha escondida dentro de si. Algumas reprimem, outras libertam.

E ser bruxa não é uma maldição, conforme nos ensinaram na infância: é abertura de portas e janelas para o mundo.

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