Bruxas
nos causam arrepios desde a infância. Era a bruxa malvada dando uma maça
envenenada para a pobre Branca de Neve, jogando feitiço e dando o sono eterno
para a Bela Adormecida. Bruxa transformando príncipes em sapos, princesas em
gata borralheira e por aí vai. Com um pouco de ira, inveja, cauda de rato, veneno
de cascavel, alho, olho de dragão, e puft! Poção mágica mortal realizada a
espera de sua primeira presa.
Ainda
existem Bruxas, de todos os gêneros. Altas, baixas, com verruga, sem verruga,
magras, gordas, boas e más. Bruxas que se camuflam entre nós, seres mortais e
desatentos. Bruxas que nos ajudam a melhorar de vida, que nos aconselham de
forma indireta, e sabem truques simples para melhorar nossa vida.
Fadas
que são bruxas. Bruxas que são fadas. Cada mulher tem um pouco de bruxa dentro
de si. Sabe ouvir a intuição, identifica emoções reprimidas, detectam mentiras,
simulam desconhecimento, dão um jeito para o jantar ficar pronto na hora certa,
e mantém a casa um brinco. Desdobram-se em mil: Enquanto trabalham, programam
viagens, agenda o banho do cachorro, finaliza um trabalho da faculdade, faz
lista de compras, reserva uma mesa do restaurante amado pelo casal, remaneja o
horário da ginástica, atende ao telefone, apresenta relatórios. Bruxas
fantásticas que dão conta do recado.
Bruxas
modernas que não perdem o tempo fazendo feitiços contra os outros, investem em
si própria. Ajudam no que podem e não metem o nariz onde não foram chamadas.
São
amigas, conselheiras, amantes, cozinheiras, empresárias, artistas, dançarinas,
equilibristas, turistas, idealistas, sonhadoras e trabalhadoras.
Uma
bruxa reconhece outra. Uma bruxa ajuda a outra. No fundo cada mulher tem uma
bruxinha escondida dentro de si. Algumas reprimem, outras libertam.
E
ser bruxa não é uma maldição, conforme nos ensinaram na infância: é abertura de
portas e janelas para o mundo.
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