Não
sei se quero me casar, não sei se quero ter filho, não sei se quero ter uma
casa na praia, não sei se quero dar a volta ao mundo, não sei se quero passar
em vários concursos públicos.
Não
sei se amanhã fará sol, não sei para onde irei na próxima férias, não sei se
quero viver até meus 80 e poucos anos. Não sei se quero pular de pára-quedas,
muito menos se quero mergulhar com tubarões. Não sei se tolero muitas mentiras,
não sei se estou preparada para belas verdades.
Não
sei se gosto de pizza tanto assim, não sei se viajar realmente me renova o
espírito e a mente. Não sei se saberei viver de rotina, não sei se amanhã tudo
irá mudar, não sei se ganharei na mega-sena, não sei se haverá uma nova
ditadura militar no Brasil.
Não
sei nem sempre é indecisão e dúvida. Talvez seja a resposta mais sensata e
sincera para quando não temos justificativas sobre determinada coisa.
Não
saber não quer dizer que você seja um confuso, um desinformado, um sem cultura;
mostra apenas que você, acima de tudo, é humano e tem a tendência a mudar de ideia ter dúvidas, viver em um eterno dilema de aprender e desaprender e
modificar-se conforme as necessidades surjam. Ser humano é não saber de muita
coisa, errar o caminho e voltar atrás quantas vezes forem necessárias, e nem
por isso se frustrar e se condenar brutalmente por erros corrigíveis e
passiveis de reparos.
Não
sei sempre foi a minha melhor resposta, mesmo quando eu sabia. Talvez seja a
resposta mais apta para quando queremos viver mais dentro de si, sem opiniões,
sem violação de privacidade, sem o mundo atrás de nossas idéias e percepções.
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