Conheço
uma porção de gente que vive justificando seus atos. Fiz isso porque beltrano
não me explicou, fiz aquilo porque não sabia que era errado. Fiz aquela outra
coisa porque não quis perguntar. E assim, essa porção de pessoas vai seguindo,
sem evolução, explicando-se sem uma argumentação convincente, não assumindo a
responsabilidade das próprias atitudes.
Torna-se
bem mais fácil – e prático -, colocar a culpa em outrem, se eximir de qualquer
sentimento de culpa, mesmo que seja mínimo.
Satisfação
você só deve para sua consciência, mas a partir do momento que, com suas
atitudes impensadas e vis, começa a prejudicar outrem, ai sim, as explicações
devem aparecer de forma clara e objetiva. Sou da seguinte opinião: Se você não
gosta de tal pessoa, tudo bem, é um direito seu gostar não gostar, agora se
essa pessoa é do seu circulo de trabalho, meu amigo, sinto muito dizer que
primeiro é o profissional, depois o pessoal. Nada de fazer uma salada mista e
confundir as coisas. Você é alguém inteligente o suficiente pra saber que, com
tal atitude prejudicará a si mesmo.
Se
você não sabe algo: pergunte. Pergunte quantas vezes forem necessárias para
digerir toda a informação e cessar todas as duvidas. Perguntar é o caminho mais
fácil para aprender. Agora ficar quieto e fazer algo meia boca, é assinar
atestado de burrice e orgulho – ninguém vai a lugar nenhum sozinho.
Trabalho
com uma guria que, uma vez em outra joga a culpa de uma burrada nas costas do
sortudo que estiver por perto. Não assume as próprias responsabilidades, e a
resposta é sempre a mesma: Eu não sabia. Tem dias que essa resposta faz meu
sangue circular numa velocidade mais rápida que da luz. Já expliquei mil e uma
vezes que se tem duvida pergunte, mas entra por um ouvido e sai pelo outro.
Sabe o que eu fiz? Desisti. Aprendi que não devo murrar ponta de faca, que eu
sempre saio machucada.
Mas
quando tenho duvidas, incomodo meio mundo para poder cessar cada uma delas,
pouco me importando se pareço uma burra alienada, ou uma inteligente avoada, o
importante é: evoluir e não prejudicar o colega ao lado.
Assim
como ninguém gosta de ostentar a própria pobreza, ninguém gosta de
ostentar a própria burrice.
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