quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Garimpando


A gente sonha com um canto bacana para morar. Pode ser perto da praia ou da montanha, próximo ao centro da cidade ou não, uma casa com escadas ou toda plana. Piscina e jardim? Pode optar também. Um apartamento ultra moderno, uma casa toda histórica. Nosso sonho pode se torna realidade, podemos construir ou não a casa de nossos sonhos, e decorá-la ao nosso bom ou mau gosto.

Garimpando daqui, garimpando de lá, com as novas tendências, de arquitetura moderna, decoração retrô, clima ameno, trânsito local, tudo isso vai entrando na lista de requisitos. Pode ter um pouco do calor do nordeste, e da neve que cai no sul. Nada dos chuviscos paulistas, e dos 40 graus carioca. Tem que ser o lugar perfeito pra se viver.

Mas mudando de pato pra ganso, em determinado momento da vida, corrigindo, da morte, não poderemos escolher nossa nova morada, pois, nossas atitudes já terão escolhido. Pra quem acredita em céu e inferno, o calvário começa. Todo mundo almeja ir para o céu, e todos temem as chamas do inferno.

Garimpando daqui, garimpando de lá, eu não quero ir para o inferno. E não porque lá seja quente demais, maldoso demais - o mundo o qual vivo já é assim -, não quero ir por um motivo simples: vou encontrar muita gente conhecida por lá. E quando viajo, a última coisa que quero é encontrar alguém conhecido.

Mas eu sei que, quando eu tiver que trocar de casa, não irei nem para o céu, e muito menos para o inferno. Purgatório? Já estou nele. O céu ou inferno será a última morada. Talvez eu vá pra China ou pra Africa, continue aqui no Brasil, só que em um estado diferente. Tudo dependerá do que eu darei ao mundo, se será mais positividade ou negatividade. Tudo depende só de mim.

Garimpando daqui, garimpando de lá. Pegando o que é útil e agrega, dispensando o que não vale a pena. Certo e errado, depende do ângulo. Não tema o céu e nem o inferno, tema apenas nunca encontrar seu próprio caminho, a morada dentro de você.


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