segunda-feira, 4 de novembro de 2013

1945


Não é novidade para ninguém que, 1945 foi um ano marcante para a história mundial. Foi dado um fim para a Segunda Guerra Mundial, assim como, liberdade para todos os judeus que sofreram atrocidades nesse período, graças a falta de escrúpulos dos nazistas. 

Bom, vários livros foram publicados, com relatos de sobreviventes. Um deles, que a autora não sobreviveu, foi Anne Frank, uma jovem que morava em Amsterdã, e conseguiu se esconder por um longo período em um anexo secreto, com sua família e amigos, até serem descobertos. Ela relatou no seu diário, sua vida na guerra, assim como, os momentos difíceis por qual passou. 

Ela faleceu em 1945. Há exatamente 68 anos atrás. Em umas das passagens de seu diário, o que me chamou muito a atenção, era a vontade que ela tinha de ser escritora e viver após a morte.

Segue trecho do Diário de Anne Frank:

" Sou minha crítica melhor e mais feroz. Sei o que é bom e o que não é. A não ser que você escreva, não saberá como é maravilhoso, eu sempre reclamava de não conseguir desenhar, mas agora me sinto felicíssima por saber escrever. E se não tiver talento para escrever livros ou jornais, sempre posso escrever para mim mesma.

Não quero que a minha vida tenha sido em vão, como a da maioria das pessoas. Quero ser útil e trazer alegria a todas as pessoas, mesmo aquelas que jamais conheci. Quero continuar vivendo após a morte! E é por isso que agradeço tanto a Deus por ter me dado esse dom, que posso usar para me desenvolver e para exprimir tudo que existe dentro de mim!"

Vejamos, 68 anos após sua morte física, ela está mais viva do que nunca, através dos livros que estão sendo lidos em cada canto do mundo. Sua história é mundialmente conhecida. 

Uma pessoa muito sábia me disse certa vez, que morremos quando ninguém mais lembra de nosso nome, nossa história, nossa fisionomia. Anne não morreu, ela é um grito de esperança que brotou em meio às trevas, e conseguiu ecoar através de décadas. Dando voz há uma época nevoenta, que poucos sabemos sobre detalhes - apenas um apanhado geral.

Ela teve talento para escrever o diário, que logo virou um livro. Tornou-se uma escritora, conforme sonhou, embora seu sonho tenha se realizado apenas após sua morte. Outro sonho realizado: Sua vida não foi em vão. Foi bastante útil em cada palavra usada no diário, trouxe alegria para as pessoas - que nem conhecia -, assim como, verdades que talvez nem viessem a ser conhecidas caso esse diário tivesse caído nas mãos dos nazistas. 

História contada sob um olhar diferente, vale pela leitura, reflexão, e pela riqueza de detalhes, onde retrata o ser humano, como de fato ele é, com sonhos, ódios, medos, imperfeições, fraternidade e esperança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário