Assim como eu, muita gente se olha no
espelho e pensa: “Como estou gorda!”, “Que toiço é esse na minha barriga?”,
“Daqui a pouco vou explodir!”, e muitos outros pensamentos. Nunca estamos
satisfeitos com nossos corpos. São as panturrilhas grossas, os peitos caídos,
os ombros largos, as bochechas redondas, os braços fortes, e se eu ficar
enumerando, isso deixa de ser um texto breve e vira uma bíblia dos
descontentes.
Daí começa as dietas loucas, juntamente
com os exercícios mais mirabolantes do mundo. A dieta é mais força de vontade
do que qualquer outra coisa. Eu, por exemplo, insatisfeita com meus quilinhos a
mais resolvi entrar na dieta do Dr. Dukan (famoso médico, que escreveu livros,
e sua fiel seguidora é a princesa Kate). Tudo bem, eu amo carne e peixes, vou
tirar de letra, pensei.
No inicio, tudo
bem. Proteína, proteína e proteína. Nada de um carboidrato pra trazer a
felicidade. Eu sentindo o cheirinho do alho fritando para temperar o arroz, e
sonhando com um arroz molhadinho com um feijão. Mas lá estava eu, no peixe e na
carne, na carne e no peixe. Nem uma frutinha sequer, uma saladinha vistosa, eu
poderia desfrutar por uma semana. Martírio. A primeira semana segurei a onda,
na segunda o sapato apertou. Frutas, legumes e verduras entraram em ação, mas o
que eu desejava mesmo, era o arroz e feijão.
Joguei a dieta pro lado, e cai com tudo no
arroz e feijão – em forma de baião. Não adiantaria nada, eu ficar me torturando
com o cheirinho deles sendo feitos, e não poder comer.
A questão de viver na dieta, é a privação
de comer o que se gosta, mesmo que seja um pedacinho de nada. O sentimento de
culpa que acomete a pessoa, é tão intenso, que ela acaba se punindo por sentir
prazer em comer. E
eu não estava (nem estou) disposta a ser infeliz. Não quero ficar uma bola
ambulante, mas também não quero me privar de comer um brigadeiro numa festa de
aniversário.
A reeducação alimentar em conjunto com
atividades físicas é a melhor opção para chegar onde se quer chegar, mas se
mesmo assim, você tiver dificuldades, opte por ser feliz em vez de ser esbelto.
Se sua saúde estiver ok, e a balança em nada interferir, jogue a culpa no ralo!
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