domingo, 8 de dezembro de 2013

Liberte-se da balança

Assim como eu, muita gente se olha no espelho e pensa: “Como estou gorda!”, “Que toiço é esse na minha barriga?”, “Daqui a pouco vou explodir!”, e muitos outros pensamentos. Nunca estamos satisfeitos com nossos corpos. São as panturrilhas grossas, os peitos caídos, os ombros largos, as bochechas redondas, os braços fortes, e se eu ficar enumerando, isso deixa de ser um texto breve e vira uma bíblia dos descontentes.

Daí começa as dietas loucas, juntamente com os exercícios mais mirabolantes do mundo. A dieta é mais força de vontade do que qualquer outra coisa. Eu, por exemplo, insatisfeita com meus quilinhos a mais resolvi entrar na dieta do Dr. Dukan (famoso médico, que escreveu livros, e sua fiel seguidora é a princesa Kate). Tudo bem, eu amo carne e peixes, vou tirar de letra, pensei.

No inicio, tudo bem. Proteína, proteína e proteína. Nada de um carboidrato pra trazer a felicidade. Eu sentindo o cheirinho do alho fritando para temperar o arroz, e sonhando com um arroz molhadinho com um feijão. Mas lá estava eu, no peixe e na carne, na carne e no peixe. Nem uma frutinha sequer, uma saladinha vistosa, eu poderia desfrutar por uma semana. Martírio. A primeira semana segurei a onda, na segunda o sapato apertou. Frutas, legumes e verduras entraram em ação, mas o que eu desejava mesmo, era o arroz e feijão.

Joguei a dieta pro lado, e cai com tudo no arroz e feijão – em forma de baião. Não adiantaria nada, eu ficar me torturando com o cheirinho deles sendo feitos, e não poder comer.

A questão de viver na dieta, é a privação de comer o que se gosta, mesmo que seja um pedacinho de nada. O sentimento de culpa que acomete a pessoa, é tão intenso, que ela acaba se punindo por sentir prazer em comer. E eu não estava (nem estou) disposta a ser infeliz. Não quero ficar uma bola ambulante, mas também não quero me privar de comer um brigadeiro numa festa de aniversário.  

A reeducação alimentar em conjunto com atividades físicas é a melhor opção para chegar onde se quer chegar, mas se mesmo assim, você tiver dificuldades, opte por ser feliz em vez de ser esbelto. Se sua saúde estiver ok, e a balança em nada interferir, jogue a culpa no ralo!

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