sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Dia

Nem todo dia é um bom dia. O tempo amanhece nublado, o patrão acorda zangado, o trânsito emperra, o computador trava, há mais choro do que riso, mais problema que solução, mais tédio do que remédio, mais mala do que amigo. Dia que dá vontade de dormir o dia inteiro, não sair da cama nem que o papa toque a campainha ou um tsunami suba a serra. Dá aquela vontade de não fazer nada, não pensar em nada, jogar tudo pro alto e virar cigano de uma vez (Aff, mas até nisso falta coragem). 

Dia que não se acerta nem na discagem do número da própria casa, que a fila do banco é maior que a rodovia mais extensa do mundo, que a bateria do celular acaba na mesma hora que o carro quebra na rodovia, o chuveiro queima bem na hora de enxaguar o xampu, a chave cai no bueiro e uma pomba batiza sua cabeleira. Dia que a mãe implica por tudo e o chocolate não resolve absolutamente nada. 

Tem dias que, o melhor é nem por o nariz fora de casa.

Nem todo dia é um mau dia. É um buquê de flores do nada, um chocolate por uma gentileza, um obrigado de bom grado, um com licença com delicadeza, um abraço que conforta, um sorriso que motiva, um motivo que não se faz necessário.

O trânsito flui, há solução para cada problema, o céu tá aberto, bonito e saudoso, não há pombas com dor de barriga, a fila do banco anda, o chuveiro não queima, o carro não quebra, a bateria não acaba.

Dia que começa mal e termina bem. Que começa bem e termina mal. Começa bem e assim termina. E começa mal e vai até o fim.

O bem e o mal, um complementa o outro, tipo arroz com feijão, café com leite, goiabada com queijo. 

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