sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Imprevistos


Uma grande amiga, hoje encontra-se numa situação delicadíssima no quesito saúde. Dói de ver, de sentir. Imprevistos da vida que mal batem na porta e chegam chegando fazendo uma bagunça na nossa vida, adiando planos, recalculando rotas.

E o que eu acho dessa situação toda? No fundo algo me diz que tudo vai dar certo. Que apesar de certas bifurcações no caminho e este ficar torto, a chegada ao final feliz e tranquilo é certo, que há coisa bonitas nos esperando lá na frente se assim acreditarmos. Sim! Eu acredito na recuperação a curto prazo. E acredito também que, as pedras que encontramos no caminho não são relevantes, o que vale mesmo são as flores que encontramos no caminho e carregamos conosco, principalmente no coração. E essa minha amiga carrega muitas flores no coração, flores coloridas, cheias de vida e cheiro.

Dói ter a vida revirada do avesso? Dói. Dói ver sonhos fugindo entre os dedos? Dói. Dói não ter uma varinha mágica para reverter toda a situação? Dói. Mas nessas dores que aparecem de supetão em nossas vidas, aprendemos a valorizar nossa garra e determinação e começamos a trabalhar para reverter o que dá para ser revertido.

O que eu posso fazer por ela hoje? Rezar e arrancar sorrisos. Aliviar um pouco da dor dela com gargalhadas de histórias que fazem parte de capítulos de nossas vidas. Vai ter recuperação? Lógico que vai. Vai ser breve? Eu não sei, mas tenho fé que tudo isso fortalecerá laços familiares e de amizade, e que o amor e carinho que ela vem recebendo de todos vai ser a melhor e maior injeção de ânimo que ela precisará nesse momento.

Nas risadarias de hoje (que gerou uma bronca da enfermeira de plantão), eu virei pra ela e disse:

- Quando a tristeza entrar sem bater, vira pra ela e diz: "Tristeza, volta outro dia, eu tô muito ocupada pra você hoje!". Ela caiu na risada e só teve forças pra dizer: "Ai Bru". 

Pelo menos eu sei que, o imprevisto que deu para eu aparecer lá, ajudou que os minutinhos da minha permanência naquele ambiente fossem preenchidos com um pouco de esperança de que um dia as coisas não voltarão a ser como antes, mas bem melhor do que ela possa imaginar. 


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