segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Uma rede, por favor!



Dizem que a rede é o paraíso do preguiçoso. Pois bem, quero um pouco desse paraíso em meu dia a dia também. Uma rede pra tirar um cochilo após o almoço, uma rede para balançar bem alto, uma rede para deixar permanecer toda a preguicite que predomina em meu ser.

Uma rede para ver o tempo passar, pensar na vida, pensar em nada, apreciar o céu ensolarado ou estrelado. Uma rede para ninar uma criança ou um adulto.

Quando fui para Bonito, no Mato Grosso do Sul, antes de fazer um passeio, todo o grupo almoçou. Daí quando todos acabaram suas refeições, notei que iam sempre à mesma direção, como eu estava sozinha, resolvi seguir a manada, para não me perder. Eis que, quando eu saio pela porta o que vejo? Um enorme redário, que eu perdia de vista. E cada pessoa ia se acomodando, com o auxilio de funcionários específicos para isso. Logo, veio o primeiro bocejo, e fiquei feliz da vida quando uma senhora veio em minha direção, com um sorriso estampado, perguntando se poderia me ajudar.

Retribui o sorriso e disse: “Uma rede, por favor!”. Logo menos, lá estava eu, sendo acomodada em uma rede, fresquinha, pertinho de uma árvore. Comecei a escutar os passarinhos cantando, as águas caindo de cachoeiras que deviam estar bem pertinhas, macaquinhos aprontando. O dia estava lindo, com direito a tucanos voando e araras coloridíssimas também, dando uma pitada de colorido para aquele céu azul limpíssimo, que dava espaço apenas para o sol.
Confesso que tirei um belo cochilo após uma ótima refeição. Era hora do passeio, mas eu estava quase optando por continua ali, escutando o barulho que as folhas faziam quando o vento as atingia, sem tic tac de relógio, carros com motores roncando.

Me despedi da rede com um “Até logo!”, e nunca mais voltei. Mas pretendo voltar em breve para matar as saudades.

Enquanto isso, eu aprecio a brisa da manhã, ou da tarde, u da noite, estirada na rede da minha casa, com meu cachorro do lado, e um livro do outro.

Mas toda vez que viajo, e entro em um restaurante e termino minha refeição, sinto falta de um cominho que me leve para um redário e tenha uma senhora toda sorridente a minha espera para me acomodar em uma rede onde haja uma bela vista.

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