segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Liberdade sem afronta


Conversando um dia desses com pessoas mais velhas, me surpreendi quando uma delas me disse que na juventude foi comunista. Na hora fiquei perplexa com tal descoberta. Pois na minha formação estudantil, não havia me esbarrado com professores comunistas (se eram, omitiram muito bem) e sempre soube do lado negro da história comunista que o Brasil teve.       

Não há comunismo sem ter uma ditadura. Dá pra ver claramente no mundo atual, pois ainda há alguns países comunistas, que estão caindo vagarosamente e mudando as rédeas do próprio destino. Hoje  o capitalismo talvez seja o único que forneça um pouco de liberdade, coisa que comunismo nem o anarquismo fornece.

Os adolescentes de hoje, em países capitalistas, provavelmente fariam uma baderna tremenda caso houvesse uma troca de “posição política”, e tivessem que ser castigados por qualquer coisa que fizessem que desagradasse o ditador.

Pesquisas apontam que os países comunistas são os que mais sofrem desigualdades, os que mais não respeitam a dignidade humana, e abusam da força para impor respeito e conduta.

Hoje, milhares de jovens e adultos abusam do poder de livre expressão em redes sociais e ofendem sem critérios religião, opção sexual, deficiência física de outras pessoas. Arma mais maléfica e perigosa do que as que os militares usaram no Brasil na época da ditadura.

A falta de respeito ao próximo, a ideia de que a lei o protege por falar o que bem entender, só mostra o quanto estamos desenvolvendo pessoas deficientes de educação, respeito, conduta e inteligência – pessoas que acreditam que, sempre serão impunes por seus atos inadequados perante a sociedade.

A culpa não é da lei que está exposta, e nem dos legisladores que tem pouco conhecimento na área para poder fazer algo que seja condescendente com a realidade.  A culpa não é do delegado que não prende os adolescentes bastardos que queimaram um índio vivo por diversão, muito menos do juiz que não decretou que eles morram queimados para sofrer a mesma dor. A culpa não é do advogado que está ganhando mais do que merece para defender os marginais elitizados.

A culpa é de todo mundo, de todos aqueles que vedam os olhos para não entender o que é bem claro e evidente. A culpa é de todos aqueles que se calam, se vendem por um pedaço de papel sujo colorido que tem algum valor para suas conquistas materiais. A culpa é da sociedade toda, que não faz nada para diminuir a corrupção e a violência da mesma.

A culpa é estritamente de cada um que não faz sua parte. Não é exclusivamente de beltrano ou sicrano, é de todo mundo, o tempo inteiro.

Que a liberdade seja usada sem afronta, sem ofensas, sem violação ao próximo, sem exageros. Todo mundo perde a própria liberdade, quando a do outro começa. Tá faltando um pouco de jeito para lidar com tudo, coragem para resolver os próprios problemas, e um pouco de boca fechada para não opinar no que não lhe diz respeito, um pouco de sangue e suor para transformar a própria vida positivamente.

Seja numa sociedade comunista, capitalista, anarquista, o que importa mesmo é ser consciência das próprias atitudes, respeitar as diferenças de raça, religião, ideologia.


Seu dinheiro um dia não valerá absolutamente nada. Sua conduta e seu caráter, é que darão o saldo final sobre sua vida: você escolhe o regime que melhor se adaptar a sua vida, desde que, saiba segui-lo de forma positiva e igualitária.

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