Admiro muito Amir Klink, sua história, seu
modo de velejar, seu respeito pela natureza. Um olhar atento ao fluxo das águas
e dos ventos. Mexer-se sem pressa, esperando sempre uma maré favorável e não
lutando contra a correnteza. Nunca encalhando, apenas esperando o momento
oportuno.
Tomamos decisões por impulso, no calor de
uma discussão. Não respeitamos o semelhante, a natureza, a si mesmo. Perdemos o
foco, o fluxo de nossas atitudes e pensamentos, nos jogando contra a maré,
brigando com o que não conseguimos vencer, baseados apenas no orgulho ferido, pisoteando a poeira que já está levantada, querendo resolver tudo em
apenas um piscar de olhos, não tomando o fôlego entre uma maratona de palavras
e outra.
Falta aprender com os próprios erros e com
os erros alheios. Falta percepção e avaliar o terreno. A questão nem é levar
desaforo pra casa, e sim resolver o problema com os ânimos sob controle e a
cabeça fresca. No calor da situação as palavras são mais pontiagudas – e ferem
com maior profundidade.
Amyr aprendeu na marra a se mexer sem
pressa, a respeitar a vontade dos ventos e das águas. Assim como, eu, você e
toda torcida mundial também aprenderemos na marra a dominar os sentimentos e
saber respeitá-los.
A vida é uma grande professora, que ensina
exatamente o que o aluno precisa aprender. São defeitos que deverão ser
transformados em
virtudes. As virtudes que deverão ser realçadas ou
diminuídas.
Desacelere mas não encalhe. Siga em
frente, mas sempre olhando ao redor, pois oportunidades se escondem entre
árvores, nuvens, ondas. Não tenha medo do imprevisto, mas também não queira
dominar aquilo que é mais forte que você. Sabedoria supera a força.
Você irá se deparar, em toda a sua
jornada, com um mundo que nunca imaginou, tanto fora, quanto dentro de você. Seja
resiliente, a maré estará ao seu favor, se souber lidar com as adversidades e
sair da zona de conforto.
Bons ventos!
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