segunda-feira, 2 de junho de 2014

Ô abre alas, que eu quero passar!


Férias é uma coisa danada de boa, mas chega uma hora que cansa. Em abril eu resolvi tirar férias do blog, em maio do trabalho. Mas como junho é mês de festa, resolvi que estava na hora de eu arregaçar as mangas e voltar ao batente. Então, aproveitando a festança que esse mês nos proporciona, com muitas bandeirolas, amendoim, vinho quente, fogueira e quadrilha (É minha gente, a Copa do Mundo e a festa Junina, tornou junho um mês facultativo aqui no Brasil!). A dupla voltou à ação (Eu e a inspiração), e temos um monte de textos saindo do forno, para inspirar um pouco o seu dia, ou apenas, dar um motivo para você abrir esse belo sorriso para a tela do computador. Descobri nessas férias que o ócio faz sim, um bem danado à saúde, além de ativar a criatividade e ajudar no autoconhecimento. 

Eu sei, me dei o direito à preguiça, sem falar como e quando voltaria aqui, para escrever e tagarelar sobre diversas coisas. Abandonei toda aquela teoria de produtividade excessiva que eu carregava (que fez a inspiração sair correndo de mim) e comecei a desperdiçar meu tempo fazendo absolutamente nada de criativo! (Mentira, eu me aventurei em algo inusitado para minha conservada vidinha, que no próximo texto irei relatar em detalhes sórdidos!). A questão era simples e clara: Eu estava no piloto automático, e não havia emoção alguma naquilo. Acredito que muitas pessoas no mundo inteiro já tenham chegado ao mesmo estado que cheguei: Será que é isso que eu quero pra minha vida? Isso realmente faz sentido? Isso me faz feliz? Há tantas oportunidades de aprender coisas novas e eu só tenho que ficar limitada à isso? O problema em si não era o fato de escrever, e sim do que escrever. Eu que sempre coloquei na agenda minha programação do dia, do que eu deveria fazer e na hora que deveria, precisava de um ócio, quebra de rotina, do surpreendente. E o foi o que eu fiz. 

Algumas pessoas se sentem infelizes com o ócio e a falta de produtividade, se sentem inúteis e desnecessárias, sem valor algum, considerando o ócio  uma falta grande e grave para seu desenvolvimento. Então se atarefam demasiadamente como argumento de que são responsáveis e criativas. Mas assim como nosso corpo cansa e precisa de um descanso, nossa mente também precisa. Pois a tendência que temos a querer ser multiuso (tipo o sabão em pó OMO) ou multitarefa, reduz a nossa habilidade de sustentar a atenção e o foco, nos levando à uma exaustidão imensa. Assim como devemos dar atenção aos sinais que nosso corpo nos manda quando está esgotado, devemos dar a mesma devida atenção para nossa mente. 

Não me sinto culpada, muito menos com vergonha de ter vivido um tempo ocioso em minha vida, porque como diz o grande Guimarães Rosa, a felicidade se acha em horinhas de descuido, ou seja, gostei desse descuido todo nesse tempo ausente - a felicidade simplesmente sentiu-se corajosa de dar as caras e se instalar.  

Enfim, chega de blá blá blá, abre alas que eu quero passar com um montão de textos para você ler, compartilhar um pouco das peripécias ocorridas nessas férias da produtividade intelectual escrita e mostrar uma nova temporada  de textos sobre um pouco de tudo e outro pouco de nada.

Portanto, declaro aberta a segunda temporada de textos aqui no Blog! 

2 comentários:

  1. Adorei seu alto astral...isso faz um bem danado pra alma, e se faz contagiante...Concordo que na vida tudo tem que ser vivido com prazer...se não te faz bem, crie...mude!!! No entanto, o passado faz parte de nós...mas o mundo dá voltas...não temos que parar no tempo...as oportunidades chegam...e temos que agarrá-las com força total...para não deslizar em nossas mãos...eu também tenho isso dentro de mim...uma determinação, que até então não existia...um foco, que hoje não perco por nada... uma força, que não me derruba...a fé, que nunca se apaga!!!

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    1. Oiii Sueli! Que bom que curtiu o texto! =)
      Espero que em muitos outros você se encontre e delicie nas palavras!
      Bjuca!

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