quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Já acabou?


Como assim hoje já é o último dia de setembro? Pois é, hoje é o último dia no nono mês no ano. Voou? Literalmente. Eu ainda não consegui identificar em qual dia do mês me perdi. Foram 04 livros lidos, 10 comprados, 7 filmes assistidos, 53 quilômetros corridos, 01 mergulho no mar, 01 temporada de uma determinada série assistida. O segundo C da minha vida no boletim escolar, depois de 20 anos. Mas que fique claro que eu só tirei C, porque sou mulher. Mas meu amigo disse que tirou C porque é homem. Rimos muito disso tudo. Mas um C a gente nunca esquece. Dois? Perpetua no ser da pessoa que tem complexo de Q.I baixo. Por mais que o bendito C aprove, ele tá lá, destoando com o boletim. Só duas pessoas tiraram A e B, e fiquei feliz por uma delas ser minha amiga. Pelo menos amiga inteligente eu tenho. E isso já aumenta a autoestima - amigos inteligentes nos torna inteligentes.

Mas não sei se me perdi no feriado raivoso que esfriou e boicotou minha ida à praia, ou nas cenas fortes interpretadas pelo Wagner Moura na série Narcos. Pode ter sido também, no meio de alguma crônica do livro Simples Assim da Martha Medeiros, ou nas promoções indecentes de livros que alguns sites lançaram. Pode ter sido na complexidade da situação criminal do último juri que participei, ou nas verdades afiadas que a terapeuta me falou. Há a hipótese de ter sido naquela viagem à Bertioga, naquele bate e volta pra poder descansar a mente e matar a saudades do mar. Ou no bendito C, que não sai da minha cabeça. Ou foi numa dessas corridas meio loucas pra diminuir a raiva que pesava nos ombros e me fizeram ir o mais longe possível e me dificultou a volta para casa, pisar nos próprios dedos é algo que, definitivamente, não recomendo para absolutamente ninguém.

Devo ter tagarelado na orelha de alguém sobre a minha necessidade de viajar e  que o dólar só sobe, dificultando assim meu planejamento. Devo ter reclamado da falta do tempo que eu tenho para dormir, pois 6 horas diárias não dão conta. Devo ter esquecido do aniversário de alguém. Conheci meus futuros-ex-vizinhos, e depois de conhecê-los, resolvi não me mudar mais, pois prefiro uma única vizinha chata do que 298 vizinhos insuportáveis. 

Analisando de outro ângulo, independente do dia que eu me perdi, me perdi bem em qualquer um desses dias agitados, culturais, sedentários, raivosos e reflexivos. Por mais que o tempo corra um pouco mais depressa quando passamos para o segundo semestre e o dia a dia exija um pouco mais de nós, é ótimo saber que fazemos nossa parte - tanto profissional quanto pessoal e investimos na gente, seja dormindo, estudando, assistindo, passeando ou seja lá o que for.

Pelo menos ganhei chocolate e flores. Conhecimento e risadas. Histórias e resistência. Porque ganhamos sempre, inclusive um C no histórico da pós graduação, e não no boletim escolar.





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