Nossa vida é repleta de altos e baixos. Na infância não sabemos distinguir bem isso, mas da adolescência a montanha russa vira rotina.
Há épocas que tudo conspira a favor, já há outras, que tudo conspira contra. Haja coração, discernimento, fôlego e psicológico. Dá vontade de berrar, chorar, matar um, tentar barganhar no grito, mas de nada adianta.
Ou estamos no topo do mundo, alheios a qualquer tipo de contratempo, ou estamos nas profundezas do desespero, correndo como baratas atordoadas para não inalar o veneno, sem uma direção, a procura de um norte que solucione tudo como num passe de mágica.
Sofremos por muito ou por nada.Cantamos de forma desfreada o hino dos descontentes. Queremos sempre mais, sempre. Se o tempo está frio, lamentamos a falta de calor. Se o calor está predominando, resmungamos a falta que o frio faz. Mesmo que se alcance o topo da montanha mais alta, o vazio ainda predominará e deverá ser preenchido. As profundezas do oceano será capaz de preencher esse vazio insaciável? Duvido.
A questão é simples: o jardim do vizinho sempre é mais bem cuidado, enquanto o nosso é cheio de pragas, lagartos, folhas secas. Enquanto esse pensamento predominar, o vazio sempre continuará ali, chamando a atenção que nem uma criança mimada. De longe tudo é belo e perfeito. De perto, os disfarces ficam mais evidentes.
Altos e baixos existem para diversificar a vida. Encontrar a força interna que existe dentro de você para vencer as dificuldades, agradecer todas as oportunidades e conquistas quando a maré estiver calma é uma forma de aceitar a vida como ela é.
Nem só de alegrias vive o homem, assim como, nem toda a tristeza é para sempre. É preciso conhecer o mau para valorizar o bom. Sempre será necessário os dois lados da moeda. O livre arbítrio é pra isso: dar autonomia nas escolhas. Só que para isso é preciso viver o próprio céu e inferno e escolher onde quer permanecer.
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