segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

E as metas?

Eu poderia te dizer que, cumpri minha meta em 2015, que não foi deixada em aberto e muito menos dobrada, mas estaria mentindo. Esqueci metade das metas que planejei em 2014 e adotei outras que sequer cogitei algum dia adotar. 

O que foi esse ano, hein?

2015. Um ano que tinha tudo pra ser super-mega-hiper-blaster bacana. Na numerologia, quando a soma dos números dá 8 é um ótimo sinal. Equilíbrio, tranquilidade, prosperidade. A soma das letras e os números do meu carro são 8. O numero da minha casa, dá 8. Mas comigo não tem muito dessa de ser 8. Ou sou 8 ou 80. 2015 não ia ser um ano 8, porque primeiro, eu não sou chegada em anos impares, e porque segundo, eu precisaria de um 80 para equilibrar a coisa toda. 

Uma montanha-russa de janeiro à dezembro, ora achava que era uma montanha-russa passando pela casa dos horrores, ora uma montanha-russa que me proporcionaria uma vista panorâmica de tudo, ora uma montanha-russa que tinha tantas curvas que me deixou extremamente enjoada, ora uma montanha-rusa que puta-que-pariu, não terminava nunca.

Janeiro foi aquela euforia tremenda. Vou emagrecer! Vou estudar pra valer! Vou entrar numa MBA! Vou guardar menos rancor! Serei mais organizada! Comprei um cofrinho pra juntar grana pra poder viajar. Comecei super bem, até que....

Fevereiro chegou em ritmo de festa, carnaval, cerveja, Luigi chegando e conquistando meu coração de pedra-peluda. Arthur comemorando seu primeiro aninho e eu comendo mais do que deveria e a balança quase apontando o numero do meu telefone. Mas...

Março o trem começou a descarrilhar. Algumas mascaras começaram a cair e eu comecei a ficar meio estressadinha, ativei o botão da negação interna (negação interna é um termo psicoterapêutico quee traduz, de uma forma bem simples, quando você se nega a aceitar e a fazer algo para mudar uma situação de sua vida). Foi tenso, foi chato e eu queria que o mês acabasse logo e...

Abril chegou trazendo toda a esperança que as águas de março tivessem levado  embora toda aquela uruca maligna lançada pelas inimigas-fingidas-de-amigas. Fui milionária por quatro dias inteiros. Não que isso seja grande coisa, mas no Paraguai todo mundo é milionário, mesmo que por um dia e isso ergue a autoestima que é uma belezura.

Maio veio pra esfregar na minha cara que eu estava ficando velha. Aniversário é uma coisa que a gente até tenta esconder, mas quanto mais você não gosta, mais as pessoas lembram. Dai a gente resolve aceitar que envelhecer faz parte do processo todo de evolução e amadurecimento e que você tem que tomar certas decisões para seguir em frente. E nessa aceitação, tomei certas atitudes que tornaram ...

Junho um mês intenso e extenso. Voltei ao tempo para resolver coisas do passado e encontrei muita merda pelo caminho. Deu a louca, eu sei, comprei uma serra elétrica e cortei pela raiz a arvore genealógica do qual pertencia. Descobri que família é um bicho complexo e intrometido pra burro, que fala mais do que sabe e  ferra a vida de muita gente em nome de um ser superior, pessoas cheias de princípios que não tem meios e muito menos fins. Mas teve festa junina, quentão e amigos pra montar o quebra-cabeça que virei.

Julho foi tempo de equilíbrio e reencontro. Questionamentos e respostas. Descobri que precisamos nos perder vez em outra, para acharmos nosso verdadeiro eu. Mês que mais pensei do que agi. 

Agosto foi o mês mais longo e demorado da minha vida inteira. Eu sei, tem um quê de drama aí. É que o mês passou em passos de tartaruga e eu que estava acelerada demais queria que ele voasse. De tão acelerada entrei num grupo de corrida, pra gastar toda essa energia catalizadora e agregar uma remédio tarja branca na minha vida cheia de ladeiras acima e abaixo. Taí uma coisa que nem de longe estava na minha listinha O que fazer em 2015.

Setembro corri, bebi e comi. Mal vi os amigos. Corri mais um tantão.

Outubro participei da minha primeira corrida. Corri

Novembro - corri, corri e corri.

Dezembro meti o pé na jaca. Agradeci tanto pelo ano finalmente ter acabado, que resolvi fazer da jaca minha pantufa pra comemorar a virada de ano, em busca de um ano mais centrada, mais honesto e mais calmo.

Já tracei minhas metas para 2016. Já estou cumprindo algumas. Continuo correndo, tanto na prática, quanto no sentido figurado da coisa. E essa montanha-russa que desce-e-sobe-e-vira-e-revira vai continuar. 8 ou 80 - é assim que sempre vai ser.

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