quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Hoje vai ter festa na floresta


Hoje o pequeno Arthur completa um aninho. Um ano que se passou muito rápido e com certeza foi bem colorido para todos nós que temos o privilégio de conviver com ele. Se eu estou feliz? Sinceramente? Não muito. Ele está crescendo, o que é uma maravilha; está repleto de saúde, o que é uma benção; não dá um pingo de trabalho, o que é um alívio, mas está crescendo. Mas meu coração anda apertado, principalmente quando eu vejo que aquelas coxas e bochechas gorduchas estão "sumindo", os dentes nascendo, as palavras surgindo e a independência aparecendo.

As perninhas já estão quase firmes e há algum tempo os primeiros passos foram dados rumo à liberdade de não precisar mais do andador. Palavras? Dá diz meia dúzia compreensíveis e  milhares numa língua que só ele entende, mas que é uma delicia de escutar. As mãozinhas ágeis que querem explorar botões, celulares, notebooks, potes e panelas. Olhos astutos que observam pequenos detalhes. Os cabelos loirinhos que nas pontas viram cachos, que ao luz do sol brilham tanto que é a coisa mais bonita de se ver.

Entre todas as crianças que eu já conheci e convivi na minha vida, é o único que ostenta um bom humor energizante. Diplomático, recebe à todos com um sorriso de sete dentes no rosto e gritos de alegria. Audacioso, não se intimida em provar novos alimentos, mesmo que esses sejam azedos (Tive a honra de presenciar sua careta indescritível ao provar uma laranja - o que eu espero que ele não goste). Charmoso, faz caras e bocas e alguns olhares fatais para conseguir um colo ou uma mão que o conduza para ir mais além, explorar o desconhecido, ou simplesmente ver o movimento da rua. 

Daqui um ano, cá estarei eu, falando sobre a personalidade sendo formada, das perolas ditas e de suas brincadeiras prediletas, numa sessão nostálgica de papo furado e bajulação eterna. Pois bem, o pequeno é um primo com essência de sobrinho, que veio na hora certa para preencher a vida desses adultos com carência de uma bagunça na vida.O tic tac do relógio passa devagar quando ele está por perto, nos contagiando com uma alegria genuína e inocente que nos motiva a acreditar que o futuro que está logo ali, vai ser bacana e esperançoso.

Qualquer dia desses ele vai aprontar alguma trakinagem, que fará sua mãe entrar em desespero, assim como tios, primos e avós, mas depois todo mundo cairá na gargalhada, questionando a astúcia do guri. 

Mas por hoje eu fico com a nostalgia desses últimos 12 meses de evolução desse pequeno, e abraça-lo enquanto ele ainda não reclama dos abraços da Tia Felícia. Mas apesar de querer evitar que ele cresça e se torne um belo homenzinho, não vejo a hora dele me confidenciar qual o seu livro favorito e que fica lendo escondido quando perde o sono. 


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